Brasil: carta abierta del PSTU al PSOL [Documento - portugués]

Ernesto Herrera germain en chasque.net
Vie Abr 7 11:27:17 UYT 2006


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Boletín informativo - Red solidaria de la izquierda radical

Año III - 7 de abril 2006 - Redacción: germain en chasque.net

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Brasil

Carta aberta ao PSOL

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU)
http://www.pstu.org.br/

 
Como todos sabem, o PSTU aprovou em sua Conferência Nacional, realizada recentemente, a proposta de constituição de uma Frente de Esquerda, Classista e Socialista, envolvendo além do próprio PSTU, o PSOL, o PCB e também movimentos sociais que são expressão da luta dos trabalhadores deste país.
 
A atual crise política só comprova, mais uma vez, esta necessidade. A falsa polarização entre PT e PSDB-PFL esconde uma profunda identidade entre eles na manutenção do neoliberalismo e da corrupção.
 
Ao aprovarmos esta proposta, entendemos que Heloísa Helena poderia encabeçar a Frente, numa candidatura à Presidência da República. Para isso, seria necessário que essa não fosse uma candidatura apenas do PSOL, e sim desta frente partidária e dos movimentos sociais, expressando os processos de luta e de organização dos trabalhadores e da juventude em curso no país. Propusemos que fosse discutido um programa antiimperialista e anticapitalista, e que a frente tivesse um caráter classista, sem a presença de partidos burgueses, como o PDT.
 
No entanto, ao iniciarmos a discussão sobre os passos para a constituição desta frente com uma comissão designada pela direção do PSOL, fomos surpreendidos negativamente com vários acontecimentos nos últimos dias: o anúncio dos atos de lançamento das candidaturas do PSOL no Rio de Janeiro, depois em São Paulo e Rio Grande do Sul, sem que houvesse sequer um contato anterior conosco.
 
Perante a marcação do ato do Rio, levamos à comissão PSTU-PSOL nosso questionamento e houve um acordo que teria sido um erro. Porém, logo depois foram marcados atos em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
 
 Como podem ser lançados candidatos que deveriam ser de uma frente, sem qualquer discussão conosco, sem procurar integrar a base, os ativistas que compõem ou querem compor a frente? É preciso discutir com todos, ter amplitude para integrar o pluralismo das forças que se dispõem a participar da frente. Não atuar assim indica uma postura hegemonista por parte do PSOL, de buscar simplesmente a adesão dos demais partidos e dos ativistas independentes às suas candidaturas.
 
Obviamente, em nossa opinião, não há como constituir uma frente de esquerda nestas condições. Não haverá a simples adesão do PSTU a nenhuma candidatura. 
 
Uma Frente pressupõe a discussão em comum entre os partidos, movimentos e ativistas que a compõem, do programa que vai adotar, do caráter da campanha que vamos fazer, e também sobre quem serão os candidatos. 
 
O PSTU acredita que a melhor candidatura a Presidência é a da companheira Heloisa Helena. Mas reivindicamos a candidatura a vice, porque acreditamos que é justo pela implantação e representação social e política que temos no país.
 
 Já apresentamos esta opinião aos companheiros do PSOL e não obtivemos resposta. Da mesma forma queremos discutir (entre os três partidos e com os ativistas independentes) as candidaturas nos estados. A resposta que tivemos foi o anúncio unilateral das candidaturas do PSOL.
 
Entramos em contato com a Executiva do PSOL para expressarmos essas críticas. Os companheiros consideraram "adequadas as críticas e protestos feitos por nós" em relação a estes fatos, e se desculparam pelos mesmos. Uma atitude positiva, mas que não resolve o impasse no qual estamos.
 
Queremos saber com clareza se o lançamento e a definição dos candidatos já feitos serão mantidos. Gostaríamos de saber se atos como estes e lançamentos unilaterais de candidaturas se repetirão nas outras capitais do país, com a mesma metodologia equivocada. Acreditamos que as nossas propostas de programa e candidaturas devem ser discutidas.
 
Queremos que se estabeleçam, de imediato, as condições para que, na comissão existente, se possa discutir este conjunto de questões, com uma outra metodologia. 
 
Acreditamos, por outro lado, que é fundamental estabelecer espaços amplos de discussão sobre todos estes temas de modo a que os movimentos sociais e os ativistas das lutas possam também participar da discussão. A campanha da Frente que queremos construir deve se transformar num grande movimento que empolgue a classe trabalhadora e a juventude na luta contra Lula e contra a oposição burguesa.
 
Existe um sentimento em defesa da frente e da unidade por parte dos ativistas que estão à frente das lutas e já romperam com o PT. Existe uma grande necessidade política de concretização da frente. Mas para isso é necessário ter uma cultura distinta, também frentista. Esperamos que se reverta essa metodologia e que consigamos avançar para a construção de nossa unidade. 
 
Saudações Socialistas
Direção Nacional do PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado.

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