Chile: con Bachelet, una victoria del centro [Mauro Santayana - portugués]

Ernesto Herrera germain en chasque.net
Mar Ene 17 10:13:31 UYT 2006


--------------------------------------------------------------------------------

Boletín informativo - Red solidaria de la izquierda radical

Año III - Nº 9248 - Enero 17 - 2006 - Redacción: germain en chasque.net

--------------------------------------------------------------------------------


Chile

Com Bachelet, Chile assista a uma vitória do centro 

A vitória de Michelle Bachelet não é uma guinada significativa para a esquerda, como muitos analistas estão vendo. É possível que a política social avance um pouco, mas improvável que haja uma revolução nesse setor. 

Mauro Santayana
Carta Maior, 16-1-06 


A vitória de Michelle Bachelet é mais um passo à frente no pacto que vem governando o Chile desde a queda de Pinochet, mas não guinada significativa para a esquerda, como muitos analistas estão vendo. É possível que a política social avance um pouco, desde que é das mais conservadoras da América Latina, mas improvável que haja uma revolução nesse setor.

Espera-se que a Sra. Bachelet, que revelou grande bom senso nos cargos ministeriais que ocupou, e na segunda fase da campanha eleitoral, prossiga no avanço gradual e seguro de seus antecessores de la Concertación, do acordo que tem como os dois ângulos básicos a Democracia Cristã e o Partido Socialista. O cuidado maior deve ser com os Estados Unidos. Quem acredita que o governo norte-americano está resignado a aceitar passivamente a vitória eleitoral da esquerda no continente, dentro dos ritos democráticos universais, está enganado.

Washington talvez ainda não tenha encontrado a forma mais eficaz de reagir a essa maré nacionalista ao sul do Panamá, mas não significa que podemos soltar foguetes. Alguma coisa eles irão fazer. O Chile lhes oferece boas oportunidades. O país tem problemas históricos que podem ser habilmente explorados pelos interesses norte-americanos.

Há problemas territoriais com a Argentina, na fronteira com a Patagônia e no extremo-sul; e há os rescaldos da Guerra contra o Peru e a Bolívia, entre 1879 e 1883. O Chile ganhou a guerra, anexou as províncias de Antofagasta (da Bolívia) e Arica (do Peru), mas os dois países - embora tenham assinado com o Chile um tratado de paz e de fronteiras, sob o patrocínio norte-americano, em 1929 - não aceitaram historicamente a perda de seus territórios. 

Os bolivianos falam em recuperar "nuestra mar", e os peruanos aguardam o momento histórico da revanche. Espera-se que, na hipótese de que o Peru avance um pouco em direção à esquerda, os três países encontrem o entendimento possível, mas é muito difícil reconstruir fronteiras destruídas pela guerra. 

Essa delicada situação internacional deverá exigir do governo Bachelet grande habilidade política e arguta vigilância, a fim de evitar provocações fronteiriças que sirvam de pretexto a um conflito em benefício de terceiros países. 
--------------------------------------------------------------------------------
La información contenida en el boletín es de fuentes propias, sitios web, medios periodísticos, redes alternativas, movimientos sociales y organizaciones políticas de izquierda. Los artículos firmados no comprometen la posición editorial de Correspondencia de Prensa. Suscripciones, Ernesto Herrera: germain en chasque.net 
--------------------------------------------------------------------------------

------------ próxima parte ------------
Se ha borrado un adjunto en formato HTML...
URL: http://listas.chasque.net/pipermail/boletin-prensa/attachments/20060117/f624b477/attachment.html


Más información sobre la lista de distribución Boletin-prensa