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<DIV align=center><STRONG><EM><FONT color=#800000 size=4>Boletín informativo -
Red solidaria de la izquierda radical</FONT></EM></STRONG></DIV>
<DIV align=center><STRONG><EM><FONT size=4><IMG alt="" hspace=0
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline
border=0><BR><FONT color=#000080>Año III - Nº 9302 - Enero 31 - 2006 -
Redacción: </FONT></FONT></EM></STRONG><A
href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080
size=4>germain@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A></DIV>
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<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>A grande farsa
<BR><BR>Independentemente das declarações de Lula, País continua submisso ao FMI
e pagando juros da dívida externa<BR><BR>Diego Cruz</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><BR><STRONG>Redação do Opinião
Socialista </STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG>http://www.pstu.org.br/</STRONG></A><BR><BR></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Lula começou o novo ano assim como
terminou 2005: mentindo. Com a diferença de que agora o foco não é mais o
argumento de que nada sabia sobre o mensalão, mas as eleições de 2006, onde a
crise política deve desembocar. No último dia 16, o presidente levou sua
campanha à rede nacional de televisão, num discurso oficial cuja tônica foi o
suposto rompimento pacífico com o FMI, que teria sido sacralizado através da
antecipação de uma dívida de U$ 15,57 bilhões.<BR><BR>Segundo Lula, “não vamos
mais ter de prestar contas ao FMI”. O discurso mostra qual deve ser o norte da
campanha petista. Com o descumprimento de todas as promessas e o aprofundamento
da política neoliberal de FHC, o governo insiste na tática de semear ilusões na
busca de um segundo mandato. <BR><BR><STRONG>FMI
agradece</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>Em dezembro, o governo anunciou a antecipação do
pagamento da dívida junto ao FMI, cujo prazo se estendia para mais dois anos. Em
nota oficial do Ministério da Fazenda, o governo assegura que “o pagamento
antecipado ao FMI não altera o bom relacionamento entre o Brasil e a
instituição. Além das relações normais previstas no Artigo IV do Estatuto do
Fundo, o Brasil continuará desenvolvendo projetos conjuntos que deverão ter
impacto importante em muitos países membros, notadamente no que concerne ao
Projeto Piloto de Investimento e à implementação do Manual de Contas
Públicas”.<BR><BR>Ou seja, a antecipação do pagamento não passa de um gesto aos
especuladores internacionais e ao próprio FMI mostrando que o governo continuará
pagando em dia a dívida externa. O artigo IV a que a nota se refere submete a
política cambial do Brasil ao Fundo. O Projeto Piloto de Investimento permite ao
governo descontar investimento em infra-estrutura no cálculo do superávit
primário, sendo que infra-estrutra aqui não tem nada a ver com saneamento básico
ou moradia, mas investimentos em áreas como estradas e portos, beneficiando
principalmente a agroindústria exportadora. O manual de Contas Públicas, por sua
vez, assegura a continuidade da atual política fiscal de arrocho. Não é por
menos que o chamado “risco Brasil”, que mede o perigo de um determinado país não
pagar sua dívida, nunca esteve tão baixo.<BR><BR>A fim de celebrar a antecipação
do pagamento, o diretor-gerente do FMI, Rodrigo Rato, visitou o país no dia 10
para uma cerimônia da quitação da dívida. Rato derramou elogios à atual política
econômica e aproveitou a ocasião para “sugerir” ao governo medidas para
“consolidar a política macroeconômica”, tais como reforma Trabalhista, Banco
Central autônomo e uma maior abertura comercial. Na cerimônia, Lula reafirmou a
boa relação do governo com o FMI: “a sua visita, assim como suas palavras,
expressam o fato de que as relações entre o Brasil e o Fundo não se encerram com
a quitação de nossa dívida. Muito pelo contrário: nosso relacionamento muda de
patamar e de qualidade”.<BR><BR><STRONG>Dívida impagável</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>O que Lula não diz em discursos é que o governo
continuará pagando religiosamente a dívida, impondo um brutal arrocho na forma
de superávit primário (economia que o governo faz deixando de investir em áreas
como saúde e educação para quitar juros). <BR>Depois de forçar um superávit
primário de quase 5% do PIB ano passado, a relação entre dívida pública e PIB
baixou de 51,80% em 2004 para 51,61% (conforme previsão do Banespa). Ou seja, a
despeito de todo o arrocho e do superávit recorde, a dívida não abaixou
praticamente nada. <BR><BR>Em 2005 a dívida externa chegou a U$ 170 bilhões.
Somente de juros, Lula pagou nada menos que U$ 13,49 bilhões. O setor público em
geral, contando municípios, estados e a União, gastou em 2005 quase R$ 160
bilhões na dívida, numa conta que só cresce a cada ano.<BR><BR>Em 2006, contando
a dívida externa e interna o governo pagará 272 bilhões de reais. Trata-se de
uma soma fabulosa, com a qual se poderia elevar o salário mínimo para 1000 reais
(custo de 80 bilhões), resolver o déficit habitacional do país, construindo 6
milhões de casas populares (custo de 72 bilhões), e assentar as 4,5 milhões de
famílias sem terras do país (custo de 78,5 bilhões). E ainda sobraria
dinheiro.<BR><BR><STRONG>País continua submisso</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>O próprio fato de o Brasil ser país membro do FMI já
impõe um monitoramento permanente da política econômica, submissa aos maiores
investidores do fundo: EUA e os países imperialistas europeus. O poder de voto
nas instâncias deliberativas do FMI é proporcional à quota que cada país dedica
ao fundo. Desta forma, os EUA têm supremacia incontestável na orientação do FMI.
Só pra se ter uma idéia, o Brasil possui cerca de 1,4% dos votos entre os 184
países membros do fundo. Só os EUA detêm 17,08%, bem à frente do segundo
colocado, a Alemanha, com 5,99%. <BR><BR>Ao contrário do que diz Lula, a relação
entre Brasil e FMI segue sendo de total submissão. A única forma de pôr fim ao
ciclo de pobreza e miséria do país é rompendo de fato com o FMI, parando de
pagar a dívida para investir de forma maciça em saúde, educação e na geração de
empregos. O que o governo Lula ou o PSDB nunca farão, não importa quantas vezes
se “rompa” com o FMI.
<HR>
<STRONG><FONT color=#000080>La información contenida en el boletín es de fuentes
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Ernesto Herrera: </FONT></STRONG><A
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<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>