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<DIV align=center><STRONG><EM><FONT color=#800000 size=4>Boletín informativo -
Red solidaria de la izquierda radical</FONT></EM></STRONG></DIV>
<DIV align=center><STRONG><EM><FONT size=4><IMG alt="" hspace=0
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline
border=0><BR><FONT color=#000080>Año III - 25 de marzo 2006 - Redacción:
</FONT></FONT></EM></STRONG><A
href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080
size=4>germain@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A></DIV>
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<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>America Latina</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3></FONT></STRONG> </DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Hegemonia e jogo
sujo da Petrobras na América Latina<BR><BR>Denúncias de danos a comunidades e ao
ambiente revelam práticas da estatal brasileira em cinco
países</FONT></STRONG><BR><BR><STRONG>Igor Ojeda, da
Redação</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Brasil de
Fato</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A
href="http://www.brasildefato.com.br/"><STRONG>http://www.brasildefato.com.br/</STRONG></A></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2> </DIV>
<DIV align=justify><BR>Danos ao meio ambiente, desrespeito a comunidades
indígenas e camponesas e violação dos direitos dos trabalhadores. Uma folha
corrida como essa poderia ser facilmente atribuída a qualquer transnacional
atuante em países em desenvolvimento. Mas tal histórico de abusos agora deve,
também, ser contabilizado na conta da Petrobras.</DIV>
<DIV align=justify><BR>A Federação de Órgãos para Assistência Social e
Educacional (Fase), por meio do Projeto Brasil Sustentável e Democrático, lançou
recentemente o livro-denúncia Petrobras: integración o explotación? (Petrobras:
integração ou exploração?), obra em cujas 130 páginas estão descritos os
impactos decorrentes da atuação da estatal brasileira de petróleo em cinco
países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.</DIV>
<DIV align=justify><BR>A idéia do livro surgiu com as denúncias recebidas pela
Rede Brasileira de Justiça Ambiental, da qual a Fase faz parte. Movimentos
sociais equatorianos revelaram que a Petrobras vinha causando danos ao ambiente
e às populações locais com atividades de exploração de petróleo. As organizações
temiam também a pretensão da empresa em atuar no Parque Nacional Yasuni, onde há
uma reserva do povo indígena Huaorani. A partir daí, Rede quis saber das demais
organizações sul-americanas com as quais tinha contato de que maneira viam a
atuação da Petrobras em seus respectivos países.<BR><BR><STRONG>DUAS
CARAS</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Julianna Malerba, técnica da Fase e uma das organizadoras
do livro, diz que a estatal brasileira utiliza, nos países sul-americanos, um
padrão diferente do adotado no Brasil, terceirizando, aproveitando-se de brechas
na legislação. “E o mais importante, não dando atenção necessária aos conflitos
com as populações afetadas e não se importando com conflitos potenciais que
podem acontecer em áreas frágeis, como territórios indígenas”, aponta Julianna.
A explicação? Na opinião de Julianna, a política de integração equivocada do
governo brasileiro.</DIV>
<DIV align=justify><BR>“A integração energética e a de transportes têm sido
prioridade, mas com o objetivo de exportar recursos naturais. Por exemplo:
abrem-se hidrovias para exportação de soja”, diz. Segundo a técnica da Fase, o
papel da sociedade civil organizada é o de reivindicar outro tipo de política,
que privilegie “não uma integração de mercado, mas uma integração de projetos
socioculturais, que não desconsidere grupos que tenham uma outra percepção, uma
outra relação com o ambiente”.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Elizabeth Bravo, pesquisadora da Oilwatch, do Equador, e
uma das autoras do livro, disse ao Brasil de Fato que o início da atividade da
Petrobras no bloco 31 - onde se encontram o Parque Nacional Yasuni e o
território indígena Huaorani - irá afetar algumas comunidades da região, já que
será preciso construir algum tipo de infra-estrutura. “A operação petroleira
nunca pode ser compatível com a conservação de uma área protegida, muito menos
com os direitos coletivos e a sustentabilidade das comunidades indígenas,
sobretudo de povos da selva, que há 50 anos não tinham contato com o mundo
exterior”, diz.<BR><BR><STRONG>FLEXIBILIZAÇÃO</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Em julho de 2005, o Ministério do Meio Ambiente
equatoriano suspendeu a licença ambiental para a exploração da área, concedida à
Petrobras no governo anterior, de Lucio Gutiérrez. De acordo com Elizabeth,
existe um documento de agosto do mesmo ano dizendo que o governo do Brasil
estava pressionando o do Equador para que este liberasse a licença ambiental.
</DIV>
<DIV align=justify><BR>Na Argentina, a atuação vai além dos danos ao ambiente.
Os movimentos sociais daquele país acusam a estatal brasileira de também violar
os direitos de seus funcionários. Trabalhadores de uma refinaria da empresa em
Bahía Blanca denunciam, por exemplo, a flexibilização das relações trabalhistas
e a terceirização de algumas operações. Além disso, há relatos de acidentes de
trabalho e de fadigas causadas pela exigência de turnos rotativos.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Laura Calderón, estudante de filosofia da Universidade de
Buenos Aires, e Hernán Scandizzo, jornalista do Colectivo Pueblos Originarios de
Indymedia Argentina, também autores do livro, afi rmaram ao Brasil de Fato que a
forma de atuação da Petrobras na Argentina se explica pelos lucros que a empresa
brasileira alcança no país. Ou seja, persegue os mesmos objetivos de qualquer
transnacional: “Aumentar permanentemente sua rentabilidade a qualquer preço,
seja este flexibilizar seus trabalhadores, terceirizar a produção ou não tomar
os cuidados ambientais necessários na exploração, refino e transporte de seus
produtos”, relatam.<BR><BR><STRONG>HEGEMONIA BRASILEIRA</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Além disso, para eles, o controle de boa parte do
petróleo argentino pela Petrobras traz também um grave problema geopolítico, uma
vez que se “acentua a relação assimétrica entre ambos países e demonstra uma vez
mais que a integração regional não se dará em termos de paridade, mas
consolidará a hegemonia brasileira sobre o restante dos integrantes do
Mercosul”.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Na Colômbia, a Petrobras é acusada de perfurar poços
próximos a nascentes de rios e superexplorar as águas do Rio Sumapaz, na região
de Melgar. Na Bolívia, uma planta de produção de gás da empresa vem causando
impactos devido às aberturas de poços e à contaminação do Rio San Alberto por
resíduos da operação de processamento. No Peru, a estatal brasileira pretende
explorar o gás em áreas próximas à reserva indígena Nahua Kugapaori, pondo em
risco o espaço usado por povos que vivem isolados.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Em nota enviada à Agência Brasil, a Petrobras negou todas
as acusações feitas no livro. Afirma que suas atividades não causam danos ao
ambiente e que mantém bom relacionamento com as comunidades adjacentes às áreas
de exploração, inclusive com investimentos em projetos sociais.</DIV>
<DIV align=justify><BR>O livro custa R$ 5 e pode ser adquirido, por enquanto,
somente em espanhol, pela página da Fase na internet: <A
href="http://www.fase.org.br/loja">www.fase.org.br/loja</A>. Uma versão em pdf
pode ser baixada pelo endereço <A
href="http://www.fase.org.br/acervo_fase_rits/petrobras.pdf">http://www.fase.org.br/acervo_fase_rits/petrobras.pdf</A>.
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080>La información contenida en el boletín es de
fuentes propias, sitios web, medios periodísticos, redes alternativas,
movimientos sociales y organizaciones políticas de izquierda. Los artículos
firmados no comprometen la posición editorial de Correspondencia de Prensa.
Suscripciones, Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A
href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><EM><FONT
color=#000080>germain@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A>
<HR>
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