<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<HTML><HEAD>
<META http-equiv=Content-Type content="text/html; charset=iso-8859-1">
<META content="MSHTML 6.00.2600.0" name=GENERATOR>
<STYLE></STYLE>
</HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><EM><STRONG><FONT color=#800000 size=4>Boletín informativo - 
Red solidaria de la izquierda radical</FONT></STRONG></EM></DIV>
<DIV align=center><EM><STRONG><FONT size=4><IMG alt="" hspace=0 
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline 
border=0><BR><FONT color=#000080>Año III - 29 de marzo 2006 - Redacción: 
</FONT></FONT></STRONG></EM><A 
href="mailto:germain@chasque.net"><EM><STRONG><FONT color=#000080 
size=4>germain@chasque.net</FONT></STRONG></EM></A></DIV>
<DIV align=center>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Balanço das 
medidas do governo Lula (2002-2006) em relação à agricultura camponesa e reforma 
agrária no Brasil</FONT></STRONG><BR><BR></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>O Correio da Cidadania publica abaixo 
o balanço das medidas que foram tomadas ao longo do mandato de Lula , organizado 
pelas seguintes entidades: Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, Movimento 
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, Movimento dos Atingidos por Barragens 
– MAB, Movimento das Mulheres camponesas – MMC, Comissão Pastoral da Terra – 
CPT, Associação Brasileira de Reforma Agrária – ABRA.</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><A 
href="http://www.correiocidadania.com.br/"><STRONG>http://www.correiocidadania.com.br/</STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify><BR><BR></DIV><STRONG></STRONG></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>A - Medidas que representaram 
avanço e acúmulo para a agricultura camponesa no Brasil</STRONG><BR><BR>1. 
Implantação do seguro rural. O seguro agora cobre também o trabalho e garante a 
renda do agricultor em caso de prejuízos pela natureza. Mas ainda não é 
universal. O agricultor precisa ter empréstimos no banco para poder acessar o 
seguro. E, portanto, dos 5 milhões de famílias camponesas, ao redor de 1,2 
milhão pode acessar o seguro. </FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>2. Aumentou o volume de crédito rural 
disponibilizado aos pequenos agricultores através do programa PRONAF. Aumentou 
de 3 para 8 bilhões de reais por ano. (atualmente, seria equivalente a 4 bilhões 
de dólares);<BR>3. Programa luz para todos, que está levando energia elétrica de 
forma subsidiada para quase todas as famílias que moram no meio rural. Devem 
ficar de fora apenas famílias que moram muito longe, no norte do país. Todas as 
demais serão beneficiadas.<BR>4. Ampliação do programa de construção e melhoria 
de casas para os agricultores.<BR>5. Não reprimiu os movimentos sociais, ainda 
que a repressão seja realizada pelas policias militares que estão afetas aos 
governos estaduais. E, no caso da Polícia Federal, essa sim reprimiu os 
movimentos indígenas em diversos estados.<BR>6. Ampliação dos recursos para 
programas de educação no campo (PRONERA).<BR>7. Demarcação da área indígena 
histórica que é a Raposa do Sol, em Roraima.<BR>8. Programa do Biodiesel, que 
prevê adicionar 2% de óleo de origem vegetal no óleo diesel e abre portas para a 
agricultura camponesa produzir o óleo vegetal.<BR>9. Ampliação dos recursos para 
assistência técnica nos assentamentos, mas o atendimento ainda não é universal e 
nem público, pois prioriza convênios com entidades, em vez de democratizar a 
terra pública.<BR>10. Apoio, embora ainda tímido, e aquém das necessidades, para 
o programa de instalação de cisternas (captação familiar de água) no nordeste 
semi-árido.<BR><BR><STRONG>B - Medidas que representaram derrotas para a 
agricultura camponesa e os movimentos sociais no campo no 
Brasil</STRONG><BR><BR>1. A liberação do plantio e comercialização da soja 
transgênica por medida provisória, atravessando todo processo de estudos 
ambientais. E atual omissão diante da repetição de contrabando de sementes 
transgênicas proibidas, de algodão e milho.<BR>2. Elaboração da lei de 
biosegurança, que não tomou em conta as demandas dos camponeses e 
ambientalistas.<BR>3. Não fiscalização da aplicação da lei que obriga todas as 
indústrias a colocarem no rótulo se o produto contém mais de um por cento de 
transgênico. Foram comercializadas mais de 8 milhões toneladas de soja 
transgênica no mercado interno e não apareceu nenhum rótulo com a 
informação.<BR>4. Manutenção da lei Kandir, que isenta de impostos (ICMS, 
variando de 17 a 25% do valor do produto) todas as exportações de produtos 
agrícolas. O que representa um subsídio e estímulo ao agronegócio exportador. 
<BR>5. Manutenção do apoio dos bancos oficiais ao crédito rural do agronegócio, 
que passou de 20 para 42 bilhões de reais por ano (ou seja, 21 bilhões de 
dólares na última safra), e também para as dez maiores empresas transnacionais 
que atuam na agroindústria e que, sozinhas, obtiveram ao redor de 8 bilhões de 
reais de crédito dos bancos oficiais (ou seja, 4 bilhões de dólares).<BR>6. 
Apoio de crédito do BNDES para instalação de fábricas de celulose e matas 
homogêneas de eucaliptos.<BR>7. Não atendimento ao compromisso de assentar 
prioritariamente as famílias acampadas.<BR>8. Não implementação de um amplo 
programa de reforma agrária, que, de fato, representasse atacar a concentração 
da propriedade da terra e o atendimento às milhares de famílias sem terra.<BR>9. 
Não atualização dos índices que medem a produtividade das fazendas para efeito 
de desapropriação, que ainda são de 1975. O governo havia se comprometido a 
fazê-lo em semanas. E basta apenas uma portaria administrativa.<BR>10. Aprovação 
de lei que transfere para as prefeituras municipais a arrecadação do imposto 
sobre a propriedade da terra, desvinculando-o, assim, de todo o processo de 
reforma agrária.<BR>11. Manutenção da política orientada pelo Banco Mundial de 
programas do Banco da Terra ou crédito fundiário, em que o camponês compra a 
terra à vista e fica devendo no banco.<BR>12. Não mobilizou sua base parlamentar 
para aprovar a lei que expropria as fazendas que têm trabalho escravo.<BR>13. 
Não mobilizou a base parlamentar majoritária para impedir a CPMI da Terra e para 
impedir a aprovação de relatório final que considera a ocupação de terras um 
crime hediondo! <BR>14. Não tomou nenhuma iniciativa para pressionar e articular 
o poder judiciário para julgar e punir os responsáveis pelos diversos massacres 
do campo, como Corumbiara (1995), Carajás (1996) e Felisburgo (2004).<BR>15. 
Diante da inoperância do governo para dar uma demonstração clara de combate à 
violência no campo e aos seus responsáveis, o latifúndio, a Polícia Militar de 
alguns estados e o agronegócio, o resultado, infelizmente, foi o aumento da 
violência no campo.<BR>16. Não tomou nenhuma iniciativa parlamentar e 
administrativa para remover leis e medidas de governos anteriores que emperram e 
prejudicam o processo de reforma agrária.<BR>17. Não demarcação de diversas 
áreas indígenas históricas, de diversas etnias, em especial Xavantes (MT), 
Guaranis (MS) e Pataxós (BA).<BR>18. O estímulo e prioridade ao agronegócio 
“moderno” aumentaram o desemprego no campo. Estima-se que mais de 300 mil 
famílias perderam emprego no meio rural nas últimas safras.<BR>19. O governo não 
teve nenhum controle sobre o avanço da lavoura de soja e algodão para áreas da 
Amazônia e do Cerrado, que podem trazer graves conseqüências ambientais para o 
futuro.<BR>20. O governo tomou a iniciativa de criar uma lei que arrenda 
florestas nacionais em áreas públicas para empresas explorarem a madeira.<BR>21. 
Não cumprimento da promessa de dobrar o poder de compra do salário mínimo nos 
quatro anos, que seria elevado para 566 reais por mês (e não apenas 350 reais), 
o que representaria uma ampla política de distribuição de renda para as 
populações que vivem no meio rural e dependem do salário mínimo como 
assalariados rurais ou como aposentados.<BR>22. A manutenção da política de 
parceria com empresas estrangeiras na construção de hidrelétricas, que não 
respeitam os direitos das populações que vivem nas margens dos rios atingidos e 
que exigem terra por terra.<BR>23. Não teve coragem de intervir no mercado do 
leite, que é controlado por algumas empresas transnacionais (como Nestlé, 
Danone, Parmalat), abastecidas por milhares de pequenos agricultores. O preço do 
leite caiu em 50% em alguns meses.<BR>24. Não implementou, conforme prometido, 
um amplo programa de instalação de agroindústrias cooperativadas para os 
camponeses.<BR>25. A posição defendida pelo governo brasileiro na última reunião 
da OMC, em Hong Kong, representou apenas os interesses do agronegócio, e não o 
dos camponeses. <BR>26. A posição defendida pelo governo brasileiro na rodada de 
Montreal, Canadá, impediu que a comercialização internacional de produtos 
transgênicos constasse obrigatoriamente no rótulo, somando-se, assim, aos 
interesses das empresas transnacionais que atuam no setor.<BR>27. Repressão a 
rádios comunitárias, que beneficiavam comunidades rurais.<BR>28. A política 
oficial de pesquisa desenvolvida pela Embrapa continua priorizando os interesses 
das grandes propriedades e do agronegócio.<BR>29. A manutenção da política 
econômica neoliberal inviabiliza a melhoria de renda para os pequenos 
agricultores, não estimula o mercado interno, não distribui renda para o povo 
brasileiro e, com isso, diminui o consumo de alimentos e a disponibilidade de 
recursos públicos para a reforma agrária e agricultura camponesa. <BR><BR>Porto 
Alegre, 6 de março de 2006. 
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080>La información contenida en el boletín es de 
fuentes propias, sitios web, medios periodísticos, redes alternativas, 
movimientos sociales y organizaciones políticas de izquierda. Los artículos 
firmados no comprometen la posición editorial de Correspondencia de Prensa. 
Suscripciones, Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A 
href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><EM><FONT 
color=#000080>germain@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A> 
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>