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<DIV align=center><STRONG><EM><FONT color=#800000 size=4>Boletín informativo -
Red solidaria de la izquierda radical</FONT></EM></STRONG></DIV>
<DIV align=center><STRONG><EM><FONT size=4><IMG alt="" hspace=0
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline
border=0><BR><FONT color=#000080>Año III - 4 de abril 2006 - Redacción:
</FONT></FONT></EM></STRONG><A
href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080
size=4>germain@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A></DIV>
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<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>CONLUTAS</STRONG></FONT></DIV>
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<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Uma experiência inconclusa ou a
opção pelo caminho mais medíocre!!</STRONG></FONT></DIV>
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<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG>Paulo Diniz Dávila<BR>Diretor de Relações
Intersindicais da Fenafisp</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR> <BR>Aproxima-se o momento em que será realizado o
Congresso da CONLUTAS, quando então será constituída a mais nova Central
Sindical/Popular e certamente à esquerda das demais.<BR><BR>A CONLUTAS surgiu em
meio ao vácuo criado com o início da administração Lula, quando a CUT e um
conjunto de movimentos sociais dirigidos pelo PT e outros partidos da aliança
governista, endossam as políticas neoliberais do Governo.<BR><BR>Diante do
vazio, da perplexidade e da dispersão, a CONLUTAS era um primeiro passo para
começarmos a re- as forças que se opunham às políticas neoliberais.<BR><BR>O
grau de definições político-programático assim como a definição organizacional
foi determinada pelo ritmo e a truculência com que a nova administração passou a
implementar as reformas, com destaque para a reforma da Previdência. Nestas
circunstâncias criou-se uma coordenação para as lutas e o programa e as
definições que aglutinariam as mais variadas forças sociais foi única e
exclusivamente a unidade na luta, independente de todas as divergências
possíveis e imagináveis que pudesse haver entre seus
componentes.<BR><BR>Como uma ironia, foram exatamente as fragilidades
conjunturais que potencializaram uma proposta extremamente rica e criativa.
Iniciávamos desde o primeiro momento superando a estreiteza e os vícios do
movimento sindical e suas centrais. Sendo o denominador comum a unidade na luta,
qualquer forma de movimento poderia agregar-se e estes poderiam ter qualquer
definição política, ideológica ou religiosa, assim como poderia não ter
nenhuma.<BR><BR>Como um corolário dessas premissas, necessariamente teríamos que
nos organizar com base na autonomia de cada movimento ou entidade
participante e esta só seria viável com coordenações locais, regionais e
nacionais. Outra estrutura, hierarquizada, centralizada, com direções orientadas
por um conjunto de definições programáticas seria completamente incompatível com
esta proposta. <BR><BR>Se esta proposta era rica e criativa, como afirmávamos,
ela também não era uma invenção nossa. Os avanços que ocorrem nos mais variados
países da América Latina estão sendo potencializados por articulações deste
tipo. Isto é o novo. As práticas políticas decorrentes da visão de
autoconstrução, onde a partir de uma organização política com seus quadros e
suas definições programáticas busca-se instrumentalizar os movimentos sociais,
já demonstraram o seu fracasso. <BR><BR>Estas duas visões estiveram presentes na
CONLUTAS desde os primeiros momentos. A visão que se orienta pela autoconstrução
não podia explicitar sua proposta contrária a uma articulação aberta e com
autonomia dos vários setores. Sinalizava apenas o paradigma de uma Central
Sindical, uma alternativa a CUT, uma Central que agregaria outros movimentos
sociais etc...<BR><BR>O artifício para respaldar este encaminhamento foram os
encontros “democráticos” onde todos são iguais. Não importa que um represente
uma entidade com trinta mil filiados e que deve ater-se estritamente as decisões
tiradas em congresso da categoria enquanto outros, sejam eles dez, cem ou
quinhentos, representam apenas eles mesmos!<BR><BR>Vitorioso este encaminhamento
há uma mudança qualitativa na coordenação e esta passa a deliberar e estabelecer
definições políticas para o conjunto. Dois exemplos são
significativos.<BR><BR>Diante da proposta do governo de criação da Super
Receita, duas entidades da CONLUTAS – Unafisco e Fenafisp – diretamente
implicadas na proposta, por decisões tomadas em plenárias nacionais de suas
categorias tomaram decisões opostas. A CONLUTAS estava plenamente ciente deste
impasse, mas, com o argumento de defesa da Previdência, definiu sua posição
contrária a Super Receita e passou a assinar manifestos juntamente com outra
entidades.<BR><BR>Se o exemplo da Super Receita poderia ser minimizado pela
inexperiência para resolver um impasse deste tipo, o caso do plebiscito sobre o
desarmamento chegou as raias do ridículo. Em nossa categoria ocorreu um debate
informal com artigos e e-mails onde havia três propostas – Sim, Não e uma
terceira contra o plebiscito. Nossa entidade nacional e os sindicatos regionais
não tomaram nenhuma definição, por entender que não temos delegação para tanto.
Contrária a esta prática a CONLUTAS definiu-se contra o desarmamento, redigindo
um manifesto. <BR><BR>O manifesto era tão pobre em argumentos que ao final foi
necessário fazer a ressalva de que a posição da CONLUTAS era diferente da
posição do Bolssonaro!<BR><BR>Podemos até concordar com a proposta de uma
organização política que defende o armamento do povo – embora seja um tanto
surrealista imaginar um povo armado com revólveres 38, 22 ou mesmo um calibre 12
– todavia daí a utilizar a CONLUTAS para defender o Não foi um
despropósito.<BR><BR>Se antes de sua constituição no Congresso já vemos estas
práticas, não é difícil imaginar o que virá depois. Até o Congresso teremos a
famosa e bem conhecida corrida para tirar o máximo de delegados. Todos os
esforços, inclusive financeiros, são justificados para levar o máximo de
delegados, pois temos que aprovar as “nossas” teses e conseguir o maior número
de membros na “coordenação”.<BR><BR>Quanto às propostas que estão sendo
encaminhadas, agora seria um despropósito discuti-las. Todavia é possível
explicitar alguns formalismos e malabarismos. Assim, ao mesmo tempo em que é
feito o discurso contra a burocratização, implementa-se um conjunto de normas e
regras – sobre tirada de delegados, representação, apresentação de teses etc...
– para que se tenha o controle do processo, sem perceber que a burocratização é
exatamente o instrumento para efetivar os controles. Defende-se a participação
de todos os movimentos, mas a coluna vertebral tem que ser sindical,
estabelecendo-se cotas diferenciadas para os demais movimentos.<BR><BR>Exclui-se
a participação de partidos e organizações políticas, defende-se a autonomia, mas
é perfeitamente aceitável que se instrumentalize uma entidade ou movimento para
“passar” propostas. <BR> <BR><STRONG>CONCLUSÃO</STRONG><BR><BR>A
proposta da CONLUTAS de criar uma articulação aberta, abarcando a mais ampla
gama de movimentos, organizações, partidos, entidades e setores, convivendo com
um leque de visões e apostando que será nesta caminhada, que tem como
denominador comum a unidade na luta, que superaremos muitas de nossas
divergências e potencializaremos nossa resistência, não foi testada. Talvez por
medo do desconhecido, talvez por uma preocupação em ter o controle sobre o que
estava nascendo, ou simplesmente por vícios arraigados nos comportamentos de
seitas, optou-se pela mesmice, pelo caminho mais medíocre.
<HR>
<EM><FONT color=#000080><STRONG>La información contenida en el boletín es de
fuentes propias, sitios web, medios periodísticos, redes alternativas,
movimientos sociales y organizaciones políticas de izquierda. Los artículos
firmados no comprometen la posición editorial de Correspondencia de Prensa.
Suscripciones, Ernesto Herrera: </STRONG></FONT></EM><A
href="mailto:germain@chasque.net"><EM><FONT
color=#000080><STRONG>germain@chasque.net</STRONG></FONT></EM></A>
<HR>
<BR> <BR></FONT></DIV></BODY></HTML>