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<HR>
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<DIV align=center><STRONG><EM><FONT color=#800000 size=4>Boletín informativo - 
Red solidaria de la izquierda radical</FONT></EM></STRONG></DIV>
<DIV align=center><STRONG><EM><FONT color=#800000 size=4><IMG alt="" hspace=0 
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline 
border=0><BR><FONT color=#000080>Año III - 16 de abril 2006 - Redacción: 
</FONT></FONT></EM></STRONG><A 
href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080 
size=4>germain@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A></DIV>
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<HR>
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<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Os 40 ladrões foram indiciados, mas 
faltou o Ali Babá...<BR><BR>Procurador da República acusa 40 por mensalão, mas 
poupa Lula</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><BR></FONT><FONT face=Arial><STRONG>Denúncia 
reafirma a existência do mensalão e aponta a atuação de uma verdadeira 
“organização criminosa” comandada pelo PT</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Redação<BR></STRONG><A 
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG>http://www.pstu.org.br/</STRONG></A></FONT></DIV><FONT 
face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>&nbsp;<BR>No dia 11 de abril, o Procurador Geral da 
República, Antonio Fernando de Souza, apresentou o resultado de suas 
investigações sobre o escândalo do mensalão que estremeceu o governo Lula em 
2005. O trabalho resultou numa denúncia, apresentada no dia 30 de março ao 
Supremo Tribunal Federal, em que o procurador comprova a existência do mensalão 
e a atuação de uma verdadeira “organização criminosa” comandada pelo PT. 
<BR><BR>Segundo Souza, o esquema do mensalão seria utilizado para perpetuar o 
partido no poder e teria sido alimentado através do desvio de recursos de 
estatais. O texto diz que o mensalão serviria para garantir a “continuidade do 
projeto de poder do Partido dos Trabalhadores, mediante a compra de suporte 
político de outros partidos e do financiamento futuro e pretérito das suas 
próprias campanhas”. Tal tarefa seria efetivada pelo núcleo 
“político-partidário”, comandado por José Dirceu, Delúbio Soares e Sílvio 
Pereira. Outros dois núcleos interagiam para o funcionamento do esquema: o 
“publicitário-financeiro”, comandado por Marcos Valério e o “núcleo financeiro”, 
composto pela diretoria dos bancos Rural e BMG. <BR><BR>Para o procurador, o 
esquema do mensalão surgiu em 1998, durante a campanha de reeleição do hoje 
senador Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas. Azeredo foi recentemente 
inocentado das acusações pelo Conselho de Ética do Senado. A denúncia pede o 
indiciamento de 40 pessoas ao todo, entre elas as principais figuras que 
desfilaram por meses nas câmeras de TV e que estão agora desfrutando a vida 
simples do anonimato, como José Dirceu, Genoíno, Marcos Valério, Delúbio Soares 
e Silvinho “Land Rover” Pereira.<BR><BR><STRONG>E Lula?</STRONG><BR><BR>Apesar 
da denúncia do procurador ser menos hipócrita que o relatório final da CPI dos 
Correios, utilizando termos como “organização criminosa”, ele poupa Lula das 
acusações do mensalão. Desta forma, se já era incoerente o relatório da CPI 
comprovar o mensalão e o Plenário da Câmara absolver indistintamente os 
mensaleiros do PT, PFL e PP, agora a grande contradição se explicita dentro das 
mesmas 136 páginas que compõem a acusação de Souza. <BR><BR>Os diferentes 
núcleos criminosos agiriam, pela versão do procurador, de forma independente e 
sem nenhum tipo de coordenação. Na verdade, a grande lacuna deixada pela peça de 
acusação é a omissão da responsabilidade de Lula no esquema do mensalão. Segundo 
Souza, não existiam elementos que justificassem a citação do presidente na 
acusação. <BR><BR><STRONG>Pizza intacta</STRONG><BR><BR>No entanto, apesar da 
“contundência” da acusação, dificilmente ela mudará os rumos da grande pizza que 
está acabando de sair do forno do Congresso. Pra começar, só em 2007 o STF deve 
decidir se aceitará ou não a acusação. Além disso, o relator do processo é o 
ministro Joaquim Barbosa, indicado por Lula ao cargo em 2005. Apesar de revogar 
o caráter sigiloso da denúncia, Barbosa manteve em segredo dados referentes à 
abertura do sigilo fiscal e telefônico dos denunciados.<BR><BR><STRONG>Anulação 
das reformas</STRONG><BR><BR>A denúncia aparece no bojo do recente 
recrudescimento da crise política. A oposição de direita tenta se aproveitar 
eleitoralmente da situação mas já anunciou, através do ex-presidente Fernando 
Henrique, que não quer o impeachment. O próprio fato de a acusação constatar que 
o “valerioduto” se originou no governo do PSDB já indica que os tucanos não se 
interessam pelo aprofundamento das investigações e punição dos 
culpados.<BR><BR>No entanto, a peça de acusação do procurador, apesar de não 
avançar em nada em relação à CPI, representa uma grande oportunidade para 
reforçar o pedido de anulação das reformas neoliberais de Lula, principalmente a 
reforma da Previdência. No final de fevereiro, a Conlutas reapresentou à mesma 
Procuradoria Geral da República um pedido de anulação da reforma utilizando como 
mote a cassação de José Dirceu (PT), Roberto Jefferson (PL) e Pedro Corra (PP), 
que comprovaria a existência do mensalão, ou seja, a compra de deputados para a 
aprovação de projetos do interesse do governo.<BR><BR>Agora, a própria 
Procuradoria reconhece que de fato existiu o mensalão, o que reforça o pedido 
apresentado pela Conlutas e diversas entidades sindicais. Apesar disso, não se 
deve ter qualquer ilusão nas instituições burguesas. O processo judicial é 
importante, mas apenas se estiver aliado à ação direta que deve nortear a 
Campanha pela Anulação da reforma da Previdência, impulsionada pela Conlutas. 
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080>La información contenida en el boletín es de 
fuentes propias, sitios web, medios periodísticos, redes alternativas, 
movimientos sociales y organizaciones políticas de izquierda. Los artículos 
firmados no comprometen la posición editorial de Correspondencia de Prensa. 
Suscripciones, Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A 
href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><EM><FONT 
color=#000080>germain@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A> 
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>