<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<HTML><HEAD>
<META http-equiv=Content-Type content="text/html; charset=iso-8859-1">
<META content="MSHTML 6.00.2600.0" name=GENERATOR>
<STYLE></STYLE>
</HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><EM><STRONG><FONT color=#800000 size=4>Boletín informativo - 
Red solidaria de la izquierda radical</FONT></STRONG></EM></DIV>
<DIV align=center><EM><STRONG><FONT size=4><IMG alt="" hspace=0 
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline 
border=0><BR><FONT color=#000080>Año III - 13 de mayo 2006 - Redacción: 
</FONT></FONT></STRONG></EM><A 
href="mailto:germain@chasque.net"><EM><STRONG><FONT color=#000080 
size=4>germain@chasque.net</FONT></STRONG></EM></A></DIV>
<DIV align=center>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>A Bolívia tem direito à soberania 
sobre suas riquezas</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial></FONT>
<DIV align=justify><BR><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Manifesto de 
Redes, Campanhas, Movimentos Sociais e Organizações Brasileiras em Apoio ao Povo 
Boliviano</FONT></STRONG><BR><BR></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Os Movimentos Sociais, organizações, 
redes e demais entidades, reconhecem o direito do povo boliviano de controlar 
suas riquezas naturais e de iniciar, com o governo Evo Morales, a reconstrução 
da sua identidade nacional e popular! A soberania não se discute, se 
respeita!</FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>Durante cinco séculos os bolivianos sofreram a sangria de 
seus recursos naturais não renováveis pelas potências coloniais e imperiais. Os 
minerais preciosos foram levados pela Europa para enriquecer suas nações e 
financiar suas guerras fratricidas. O estanho foi levado como matéria-prima para 
produtos industriais da Europa e dos EUA. Ficaram os buracos, a pobreza e o 
esquecimento. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O Presidente Evo Morales, com o apoio maciço da 
população, decretou a nacionalização dos campos e das refinarias estrangeiras na 
Bolívia. O que havia prometido, e já havia anunciado ao mundo inteiro, ele 
cumpriu. Meio século depois do Brasil, a Bolívia nacionaliza suas riquezas 
energéticas. Por que não reconhecer para a nação irmã o direito que 
reivindicamos como legítimo para nós e que deu origem à nossa maior estatal, a 
Petrobrás? Hoje a riqueza natural boliviana está praticamente reduzida ao 
petróleo e ao gás natural. E, por obra e graça da atividade predatória dos 
países ricos, a Bolívia é hoje o país mais empobrecido da América do Sul.</DIV>
<DIV align=justify><BR>No afã de atacar esta decisão, a mídia brasileira finge 
ignorar a diferença entre nacionalização e expropriação. A vitória eleitoral de 
Morales foi significativa e ele se sente comprometido com a emancipação do povo 
que o elegeu. Seu gesto precisa ser entendido como um cumprimento de promessa, 
uma ação simbólica que visa mostrar ao povo e ao mundo que a Bolívia vai 
recuperar o controle sobre seu próprio destino e vai ter seu próprio projeto de 
desenvolvimento! </DIV>
<DIV align=justify><BR>No Brasil, a mídia e a ampla gama de políticos de direita 
vai ao ataque. Há alguns anos, a sociedade organizada fez campanha contra o 
gasoduto Brasil-Bolívia. Eram anos de Itamar presidente. Um argumento vigoroso 
era a ameaça ambiental que o duto representava. Mas havia outro argumento. As 
grandes transnacionais dos combustíveis – Amoco-Chevron, Total, Repsol, BP, 
queriam garantir ganhos transferindo despesas da construção do duto para a 
Petrobrás. Apesar das evidências de mau negócio que o gasoduto representaria 
para o Brasil, foram impostos à Petrobrás o custo da construção, o risco 
cambial, a cláusula take-or-pay e a obrigação de compra de gás por US$ 60 por 
kwh para a venda por apenas US$ 4. A imprensa, na época, aplaudiu. E o prejuízo 
de então foi muito maior do que o que a mesma imprensa acena agora em 
consequência da decisão do governo Morales. Por que é que a imprensa foi 
conivente, então, e hoje vocifera contra a Bolívia – seria por um subito acesso 
de nacionalismo? </DIV>
<DIV align=justify><BR>Ao contrário. Trata-se de defender os ganhos de uma 
empresa estatal – a Petrobrás – cujas ações são hoje controladas por acionistas 
privados dos EUA na proporção de 60%, sendo 49% de estadunidenses e 11% de 
testas-de-ferro no Brasil. Fruto do criminoso gesto do então-presidente Fernando 
Henrique Cardoso, ao assinar a Lei n. 9478/1997, que emenda a Constituição de 
1988, quebrando o monopólio estatal e concedendo a empresas vencedoras de 
licitação de exploração de jazidas a propriedade do produto bruto e o direito de 
exportá-lo. Esta Lei também permite a venda de ações da Petrobrás a 
estrangeiros. Em tempos de crescente demanda internacional e escassez sempre 
maior deste produto, é irracional do ponto de vista estratégico que o Brasil 
esteja renunciando ao controle sobre seu petróleo e sobre sua comercialização. O 
mesmo podemos dizer da Companhia Vale do Rio Doce, privatizada pelo mesmo 
presidente Cardoso, em meio a ruidoso escândalo, por um valor cerca de 10 vezes 
inferior ao seu valor corrente de mercado, e muitas vezes mais em relação ao 
valor das suas reservas minerais. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O presidente Evo Morales mostra firmeza ao cumprir sua 
promessa de campanha: reaver o controle sobre os recursos naturais do seu país. 
Ele dá seguimento às lutas dos movimentos sociais pela reconquista do controle 
sobre suas águas, e ao seu compromisso de convocar uma Assembléia Constituinte e 
de nacionalizar os combustíveis fósseis bolivianos. A negociação com as empresas 
afetadas está certamente na sua agenda. Morales insiste que não houve nem haverá 
confisco, mas sim sociedade com parceiros de outros países tendo em vista o 
projeto de uma Bolívia das bolivianas e dos bolivianos. A parte minoritária do 
controle acionário dessas empresas permanecerá em mãos dos parceiros 
estrangeiros, a começar pela Petrobrás. Mas essa negociação se fará a partir de 
uma clara posição soberana por parte da Bolívia. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Está criado o contexto para acordos que, talvez pela 
primeira vez na história recente daquele país, virão beneficiar as duas partes 
sem prejuízo da que é economicamente mais fraca. Gesto do passado, como dizem os 
jornais? Antes, gesto do futuro, um futuro cuja aurora se anuncia em vários 
rincões desta América do Sul historicamente sangrada. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Que o Brasil, e os outros países da região, compreendam o 
significado emancipador do gesto do governo Morales! Que aproveitem a ocasião 
para aprofundar seus laços de integração, construindo com firmeza uma integração 
solidária do Cone Sul, criando e ampliando gradualmente a integração energética 
do continente, e levando adiante, com firmeza e coragem, a construção solidária 
de uma comunidade sul-americana baseada no respeito à diversidade cultural, na 
cooperação e na solidariedade.<BR></DIV>
<DIV align=justify>3 de maio de 2006. <BR><BR>4ª Semana Social Brasileira - 
CNBB<BR>ABONG - Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais<BR>AMAR 
- Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária/Paraná<BR>APROMAC - 
Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte/Paraná <BR>Campanha 
Brasileira contra a ALCA/OMC<BR>Ceci Juruá/Rio de Janeiro<BR>CESE- Coordenadoria 
Ecumênica de Serviço<BR>CEFURIA - Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo - 
Curitiba/PR/Brasil<BR>CENTRAC - Centro de Ação Cultural<BR>CENTRO DE ESTUDOS 
AMBIENTAIS - CEA<BR>CEPIS - Centro de Educação Popular do Instituto Sedes 
Sapientiae/São Paulo/Brasil<BR>CIMI - Conselho Indigenista 
Missionário<BR>Coordenação da Auditoria Cidadã da Dívida - 
Brasil<BR>Convergencia de los Movimientos de los Pueblos de las Américas 
(COMPA)<BR>Centro memorial Dr.Martin Luther King, Habana, Cuba<BR>CPT - Comissão 
Pastoral da Terra<BR>Dom Demétrio Valentini - Bispo de Jales/SP<BR>Dom José 
Mauro Pereira Bastos - Bispo de Guaxupé e Vice-presidente da CPT<BR>Dom Thomas 
Baldoino - Conselheiros da CPT<BR>Dom Xavier Gieles - Presidente da CPT<BR>Eber 
&amp; Claudine Ferrer/ Lucerna/Suiça<BR>FAOR-Forum da Amazônia Oriental<BR>FASE 
- Solidariedade e Educação<BR>FASE-Programa Amazônia<BR>UNIPOP - Universidade 
Popular<BR>FNPP - Fórum Nacional de Participação Popular<BR>Fundação Danielle 
Mitterrand - France Libertes/França<BR>Grito dos Excluídos Continental<BR>Grito 
dos/as Excluídos/as do Brasil<BR>IBRADES - Instituto Brasileiro de 
Desenvolvimento<BR>INESC - Instituto de Estudos Socioeconômicos<BR>Instituto São 
Paulo de Cidadania e Política<BR>Jubileu Sul/Brasil<BR>Jubileu 
Sur/Américas<BR>Marcha Mundial de Mulheres<BR>Maria Amália M. V. B. de Oliveira 
- Associação dos Engenheiros da Petrobrás/RJ<BR>MEP - Movimento Evangélico 
Progressista<BR>Movimento Nova Inconfidencia-MNI<BR>MST - Movimento dos 
Trabalhadores Rurais Sem Terra<BR>PACS - Instituto de Políticas Alternativas 
para o Cone Sul<BR>PAD-Amazônia<BR>Pastora Nanci Cardoso - Igreja 
Metodista<BR>Rede Brasileira de Justiça Ambiental<BR>Rede Social de Justiça e 
Direitos Humanos<BR>Sindicato dos Advogados do Estado de São 
Paulo/SP<BR>Sindicato dos Economistas do Rio de Janeiro<BR>Associação Americana 
de Juristas AAJ - Rama Rio de Janeiro <BR>PRAXIS - DIREITOS HUMANOS EM 
AÇÃO<BR>REBRIP - Rede Brasileira Pela Integração dos Povos<BR>Centro de Defesa 
da Criança e do Adolescente de Itaitinga <BR>CECA - Centro Ecumênico de 
Evangelização, Capacitação e Assessoria<BR>CAPINA<BR>SOS Corpo Instituto 
Feminista para a Democracia/Pernambuco<BR>Coletivo Leila Diniz/RN<BR>Fórum 
Cearense de Mulheres<BR>Advocaci - Advocacia Cidadã pelos Direitos 
Humanos<BR>ENESSO - Executiva Nacional de Estudantes de Serviço 
Social<BR>Koinonia Presença Ecumênica e Serviço<BR>Rede Brasil sobre 
Instituições Financeiras Multilaterais<BR>Conselho de Leigos do Regional Sul - 
São Paulo<BR>Cáritas Brasileira<BR>John Dillon - Center for Economic 
Justice/Toronto<BR>Esplar-Centro de Pesquisa e Assessoria<BR>MOPASSOL - 
Argentina<BR>Fórum de Mulheres de Chapecó/SC<BR>Fórum de Mulheres de Belo 
Horizonte/MG<BR>Articulação de Mulheres Brasileiras</DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify></FONT><FONT face=Arial size=2><STRONG><EM><FONT 
color=#000080>La información contenida en el boletín es de fuentes propias, 
sitios web, medios periodísticos, redes alternativas, movimientos sociales y 
organizaciones políticas de izquierda. Los artículos firmados no comprometen la 
posición editorial de Correspondencia de Prensa. Suscripciones, Ernesto Herrera: 
</FONT></EM></STRONG><A href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><EM><FONT 
color=#000080>germain@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A></DIV>
<HR>
</FONT></BODY></HTML>