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<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT color=#800000 size=4><EM>Boletín informativo - 
Red solidaria de la izquierda radical</EM></FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT color=#000080 size=4><EM><IMG alt="" hspace=0 
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline 
border=0><BR>Año III - 25 de mayo 2006 - Redacción: </EM></FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><FONT color=#000080 
size=4><EM>germain@chasque.net</EM></FONT></STRONG></A></DIV>
<DIV align=center>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Último chamado à 
Frente Classista e Socialista</FONT></STRONG><BR>&nbsp;<BR><STRONG>Após meses de 
discussões entre as direções do PSOL, PCB e PSTU, aproxima-se a definição sobre 
a concretização ou não de uma frente para as eleições de 
outubro<BR>&nbsp;<BR></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Eduardo Almeida 
Neto</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A 
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG>http://www.pstu.org.br/</STRONG></A></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><BR>&nbsp;<BR></FONT><FONT face=Arial 
size=2>As eleições devem ocorrer em uma conjuntura marcada por uma falsa 
polarização entre os dois blocos majoritários, PT e PSDB-PFL. A formação de uma 
frente eleitoral, classista e socialista teria grande importância para apontar 
um terceiro campo, dos trabalhadores, contrário aos dois blocos burgueses. 
</FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>Infelizmente, apesar de todos os esforços unitários do 
PSTU, a direção do PSOL está impondo obstáculos que ameaçam a construção da 
frente. A Conferência do PSOL será entre os dias 26 e 28 de maio. Esperamos que 
se faça uma correção destes problemas. Logo depois, o PSTU definirá sua 
posição.<BR>&nbsp;<BR><STRONG>Não podemos repetir o programa do PT</STRONG> 
</DIV>
<DIV align=justify><BR>Dois temas de programa foram debatidos. Felizmente, em um 
deles chegamos a um acordo, mas em outro não. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O primeiro diz respeito ao imperialismo. Depois de uma 
discussão, chegamos a um acordo ao redor da ruptura com o imperialismo e por uma 
campanha contra o pagamento das dívidas externa e interna, a partir da 
iniciativa da campanha do Jubileu Sul sobre a dívida externa.</DIV>
<DIV align=justify><BR>No segundo tema não houve acordo, ao menos até agora. O 
eixo do programa apresentado pelo Diretório Nacional do PSOL é o mesmo definido 
pelo PT em seu XII Encontro Nacional, em 2001, que preparou a campanha de Lula 
em 2002. Ambos defendem uma “revolução democrática”. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O PT dizia: “O modelo de desenvolvimento comandado pelo 
governo democrático e popular estará sustentado num novo contrato social, 
fundado num compromisso estratégico com os direitos humanos, na defesa de uma 
revolução democrática no país.” (resolução XII Encontro, p. 30).</DIV>
<DIV align=justify><BR>A direção do PSOL defende: “É por isso que, nas condições 
atuais, em oposição ao poder vigente apodrecido, o P-SOL deve apresentar através 
da candidatura de Heloísa Helena, uma saída para a crise; ela deve ser 
apresentada com toda energia, como instrumento de uma verdadeira revolução 
democrática”.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Não estamos de acordo em ter como estratégia a 
democracia, precisamente a democracia burguesa. Isto já levou o PT ao desastre, 
e não concordamos em seguir o mesmo caminho. Seguimos defendendo a revolução 
socialista.&nbsp; </DIV>
<DIV align=justify><BR>Hoje existe uma enorme desconfiança na democracia 
burguesa que governa o país. Trabalhadores e jovens repudiam os “políticos” em 
função da corrupção. Irão votar pela ausência de grandes mobilizações de massa, 
que pudessem apontar para uma nova alternativa. Mas votarão desconfiados de tudo 
e de todos. </DIV>
<DIV align=justify><BR>No entanto, depois dos acontecimentos do leste europeu, o 
PT deixou de lado a defesa do socialismo para ter no seu horizonte essa mesma 
democracia burguesa. No Encontro de 2001, foi Zé Dirceu que defendeu a 
“revolução democrática”, a “democratização da democracia”, que se tornou a 
bandeira maior do reformismo, deixando de lado a revolução socialista. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Nós seguimos defendendo a revolução socialista. Não 
existe nenhuma maneira de humanizar o capitalismo, nem de “democratizar a 
democracia”, como defendia o PT e, agora, a direção do PSOL. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O Estado burguês e sua “democracia” funcionam a serviço 
das grandes empresas. Elas dirigem as TVs, rádios e jornais que têm enorme 
influência sobre as massas. Controlam os grandes partidos, financiando suas 
campanhas, como os bancos, que são os maiores financiadores do PT e do PSDB-PFL. 
Corrompem diretamente governos e parlamentares. Cobram seus serviços com os 
“favores” do Estado em relação aos seus negócios. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Não é por acaso que o programa econômico do próximo 
governo já está definido, vença PT ou PSDB. Não existe uma democracia real, mas 
uma ditadura disfarçada de democracia. Só as grandes empresas mandam de fato, 
apesar de haver eleições a cada dois anos.</DIV>
<DIV align=justify><BR>O próprio PT é um exemplo disso. Ao chegar ao poder, não 
conseguiu fazer nenhuma “democratização”. Ao contrário, foi o PT que se 
transformou no partido completamente corrupto de hoje.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Estamos a favor de lutar por uma série de reformas 
democratizantes, como a redução dos salários dos parlamentares, a revogabilidade 
dos mandatos, etc. Também defendemos a elevação dos salários dos trabalhadores e 
a reforma agrária, dentro de uma estratégia de ruptura com capitalismo. 
Defendemos a ruptura com o Estado burguês e a construção de um outro poder dos 
trabalhadores, apoiado na democracia operária. Nossa estratégia não é a reforma 
da democracia burguesa, mas o socialismo.</DIV>
<DIV align=justify><BR>É verdade que hoje não temos uma situação revolucionária 
no país. Mas isso não deve nos levar a embelezar a democracia burguesa. Se hoje 
não podemos ganhar de um inimigo, não podemos enganar os trabalhadores e a nós 
mesmos, dizendo que se trata de um amigo. Não podemos fazer a revolução 
socialista hoje, mas temos que trabalhar por ela desde já. Podemos denunciar 
este regime corrupto, essa democracia que só serve aos ricos, às grandes 
empresas.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Por isso, não concordamos com a direção do PSOL de 
colocar no centro do programa da frente a “revolução democrática”, repetição da 
estratégia petista.<BR><STRONG>&nbsp;<BR>Priorizar as lutas e não o 
parlamento</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Nós entendemos as eleições como algo muito importante. 
Acreditamos que é possível afirmar um pólo de esquerda, e também eleger 
parlamentares, o que tem sua importância neste momento.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Entretanto, participamos das eleições para reforçar as 
lutas diretas dos trabalhadores e não apenas para eleger parlamentares. Através 
do parlamento, das eleições, não se pode mudar de verdade o país. Não se pode 
romper com o imperialismo, fazer a reforma agrária e acabar com o desemprego 
porque a burguesia tem e terá maioria no Congresso. Não se pode chegar ao 
socialismo através do parlamento, como se demonstrou em todo o século XX e neste 
começo do XXI.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Só através de uma revolução será possível mudar o país. 
Não podemos fazer a revolução hoje, mas para chegar lá um dia, vamos priorizar 
as ações diretas das massas, e não as eleições. A compreensão dos socialistas 
revolucionários sempre foi de que o parlamento pode ser um ponto de apoio 
importante (mas apenas um) para as lutas das massas que poderão levar um dia à 
revolução. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Quando discutimos isso com os companheiros da direção do 
PSOL, nos responderam que não é bem assim, dizendo que os exemplos da Bolívia e 
Venezuela demonstravam que as eleições foram o centro da luta política. Os 
companheiros confundem situações completamente diferentes. Na Bolívia e na 
Venezuela existem lutas muito mais avançadas. Como as insurreições que 
derrubaram dois governos na Bolívia ou a que derrotou o golpe&nbsp; venezuelano. 
</DIV>
<DIV align=justify><BR>Essas condições forçam estes governos a ter um atrito 
limitado com o imperialismo, o que é completamente diferente do Brasil. Ou seja, 
a grande diferença entre o Brasil e estes dois países é a situação 
revolucionária ali vivida, e não as eleições. As próximas eleições no Brasil não 
vão mudar nada, nem o programa econômico, nem a corrupção. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Por outro lado, nem no Brasil, nem na Bolívia e na 
Venezuela, se poderá ir ao socialismo pelo parlamento. Se os companheiros da 
direção do PSOL têm dúvidas disso, o tempo dirá quem tem razão.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Por isso, defendemos que o programa eleitoral da frente 
diga que, embora sejam importantes as eleições, o fundamental é impulsionar as 
lutas diretas dos trabalhadores e estudantes. Os movimentos sociais estão 
cansados de serem apenas usados como máquinas eleitorais. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Alguns companheiros do PSOL dizem que a demonstração do 
equívoco de nossa posição são os resultados eleitorais do PSTU. Assim, ignoram 
os problemas enfrentados por quem lutou contra o aparato petista, quando ele 
estava ainda no auge.&nbsp; Os companheiros vão ter uma pequena mostra das 
dificuldades agora, ao ter o tempo eleitoral de poucos minutos, bem menor do que 
tinham antes no PT.&nbsp; </DIV>
<DIV align=justify><BR>De uma forma ou de outra, não mudaremos nossa estratégia 
e nosso programa para conseguir mais votos.<BR>&nbsp;<BR><STRONG>Frente com os 
trabalhadores e não com setores burgueses</STRONG><BR>&nbsp;<BR>Defendemos uma 
frente classista, dos trabalhadores. Não é possível refazer o caminho do PT, de 
alianças com partidos ou setores de partidos burgueses. </DIV>
<DIV align=justify><BR>A direção do PSOL felizmente recuou da proposta de 
aliança nacional com o PDT. Entretanto, seu diretório nacional definiu que 
buscaria incluir na frente “segmentos de outros partidos que se colocam na 
oposição, com um discurso de esquerda, que possam se deslocar das alternativas 
apresentadas por suas próprias legendas”.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Nas discussões com a direção do PSOL foram citados Pedro 
Simon (PMDB), Luiza Erundina (PSB), Fernando Gabeira (PV), João Fontes (PDT), 
entre outros. A idéia seria buscar o apoio dos setores “éticos”destes partidos 
burgueses.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Não vemos nenhuma ética dos trabalhadores nesses setores 
que permanecem dentro de partidos burgueses e corruptos. O PMDB dispensa 
explicações; PV e PSB estão no governo Lula; o PDT está no governo do PSDB/PFL 
em São Paulo. Todos estes partidos têm parcelas da burguesia em suas 
direções.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Os companheiros da direção do PSOL dizem que se trataria 
de “apoios desinteressados” destas figuras à Heloísa Helena. No entanto, estes 
políticos da burguesia não funcionam assim. O que eles querem, em geral, são 
alianças eleitorais regionais explícitas ou por baixo do pano. Isso apontaria 
para mais uma frente de colaboração de classes.<BR>&nbsp;<BR><STRONG>A polêmica 
das candidaturas<BR>&nbsp;<BR></STRONG>A direção do PSOL definiu-se por uma 
chapa pura, com a presidência (Heloísa Helena) e a vice (César Benjamin). A 
“frente” eleitoral se transformaria assim no apoio do PSTU e PCB aos candidatos 
do PSOL. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O PSTU propõe para vice o companheiro Zé Maria, 
metalúrgico e dirigente sindical, com longa trajetória de lutas. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Desde o início dessa discussão, nós polemizamos com essa 
postura arrogante e burocrática da direção do PSOL. Não pode ser que a “cara” da 
frente, suas candidaturas, seja única e exclusivamente do PSOL. Isso é tão 
evidente, que todas as frentes eleitorais em formação incluem candidatos a 
presidente e vice de partidos diferentes. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Na última reunião com a direção do PSOL levantamos outras 
possibilidades, que a frente tivesse também a “cara” do PSTU, com a modificação 
das candidaturas nos estados, mesmo sem ter a vice. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Como se sabe, o PSOL também se definiu por chapas puras 
para o governo e o Senado nos principais estados, com a mesma postura 
burocrática da chapa nacional. As hipóteses levantadas por nós modificariam essa 
situação: o PSTU passaria a ter as candidaturas ao Senado pela frente em São 
Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, além da candidatura ao governo por 
Minas Gerais. Outra possibilidade seria a candidatura do PSTU ao governo de São 
Paulo pela frente, passando Plínio de Arruda Sampaio para a vice-presidência. 
</DIV>
<DIV align=justify><BR>Esta é uma demonstração de que, se a frente não se 
concretizar, não terá sido sequer “porque o PSTU quer a vice de todas as 
formas”, apesar de termos todo o direito desta exigência. Será porque a direção 
do PSOL, além de reeditar partes centrais do programa do PT, repete também sua 
metodologia burocrática.<BR>&nbsp;<BR><STRONG>É preciso respeito ao peso social 
dos partidos</STRONG><BR>&nbsp;<BR>A direção do PSOL está se apoiando no peso 
eleitoral de Heloísa para tentar impor condições inaceitáveis à frente. Pensam, 
no limite que, se a frente não ocorrer, terá pouca importância para eles, pela 
popularidade da senadora. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Estão equivocados. Heloísa pode expressar eleitoralmente 
a maior parte das lutas do movimento social contra o governo e as rupturas pela 
esquerda com o PT, caso seja a candidata de uma frente eleitoral, e não apenas 
do PSOL. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Defendemos uma frente de esquerda, classista e 
socialista. Mas não estamos de acordo nem com um programa democrático, nem com a 
adesão às candidaturas do PSOL. Isso não seria uma frente, ao menos a frente 
pela qual batalhamos. Nunca nos curvamos à direção do PT no passado, e não vamos 
fazê-lo com o PSOL. </DIV>
<DIV align=justify><BR>A não existência da frente seria um erro muito grave, que 
a direção do PSOL deve evitar. Sem grandes lutas, e com poucos minutos na TV, 
seria muito importante que conseguíssemos unificar os ativistas que estão à 
esquerda do governo Lula em uma mesma campanha eleitoral. Sem a unidade desta 
vanguarda, da oposição de esquerda ao governo, a campanha ficará muito mais 
difícil. O PSTU tem uma inserção na vanguarda dos movimentos sociais muito 
importante, como se demonstrou no Conat. Voltamos a chamar a direção do PSOL a 
rever esta postura para viabilizar esta frente.<BR>&nbsp;<BR><STRONG>Que as 
bases decidam</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Não concordamos com a exclusão Defendemos que um Encontro 
Nacional, aberto a todos os ativistas, discuta e delibere sobre a melhor 
proposta de programa, concepção de campanha e a candidatura a vice. Nos estados, 
encontros também devem decidir sobre o programa e as candidaturas. 
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080>La información contenida en el boletín es de 
fuentes propias, sitios web, medios periodísticos, redes alternativas, 
movimientos sociales y organizaciones políticas de izquierda. Los artículos 
firmados no comprometen la posición editorial de Correspondencia de Prensa. 
Suscripciones, Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A 
href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><EM><FONT 
color=#000080>germain@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A> 
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>