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<DIV align=center><FONT color=#800000 size=4><EM><STRONG>Boletín informativo -
Red solidaria de la izquierda radical</STRONG></EM></FONT></DIV>
<DIV align=center><FONT size=4><EM><STRONG><IMG alt="" hspace=0
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline
border=0><BR><FONT color=#000080>Año III - 7 de junio 2006 - Redacción:
</FONT></STRONG></EM></FONT><A href="mailto:germain@chasque.net"><FONT
color=#000080
size=4><EM><STRONG>germain@chasque.net</STRONG></EM></FONT></A></DIV>
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<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG>Brasil</STRONG></FONT></FONT></DIV>
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<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Aldo Rebelo manda prender 500
sem-terras do MLST<BR><BR>Criminalização dos movimentos sociais agora conta com
a conivência do PCdoB</STRONG></FONT></DIV>
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<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><FONT size=3><STRONG>Líderes serão
processados por tentativa de homícidio</STRONG></FONT><BR><BR></DIV></FONT>
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<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Diego
Cruz</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Redação do Opinião
Socialista</STRONG> </FONT></DIV>
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href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG>http://www.pstu.org.br/</STRONG></A><BR></DIV></FONT>
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<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Uma manifestação de cerca de 500
trabalhadores sem-terra do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra) acabou
em tumulto durante a tarde do dia 6 de junho em Brasília. Os sem-terra
aguardavam uma audiência com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) na
entrada do prédio quando, segundo relatos dos manifestantes, foram agredidos
pela segurança do Congresso.<BR><BR>O coordenador do MLST, Marcos Praxedes,
informou que a violência partiu dos guardas, que ``partiram para cima da gente.
E aí a gente se defendeu``. Segundo ele, o Congresso ouve reivindicações de
banqueiros, usineiros e empresários, mas não querem ouvir os trabalhadores.
``Essa é uma casa do povo, construída com dinheiro público, onde todos tem o
direito de ir. Mas aqui os trabalhadores não são recebidos``, disse.<BR><BR>Os
sem-terras reivindicavam a reforma agrária e o fim da lei que impede a
desapropriação de áreas ocupadas. Com a agressão dos seguranças, os
manifestantes ocuparam a Câmara, dirigindo-se ao salão verde. O tumulto deixou
cerca de 20 feridos, entre seguranças e manifestantes. A sessão da Câmara estava
sendo dirigida interinamente pelo deputado do PFL, Inocêncio Oliveira, que não
permitiu a entrada da Polícia Militar na casa, a fim de reprimir os
manifestantes. No entanto, o deputado chegou a cogitar a mobilização de tropas
especiais do Exército.<BR><BR>Tão logo chegou à sessão, Aldo Rebelo mandou
prender todo mundo. Segundo o próprio relatou: “A ordem de prisão foi dada por
mim tão logo tomei conhecimento do ocorrido. Foi a minha primeira reação. A
minha primeira atitude”. Ou seja, o deputado não teve nem mesmo a preocupação de
saber a origem do conflito. Fazendo coro com o presidente do senado, Renan
Calheiros (PMDB), que chamou os sem-terras de “arruaceiros”, Rebelo deu ordem de
prisão para todos os manifestantes, ou seja, homens, mulheres e crianças que
ocupavam a Câmara.<BR><BR>O presidente da Câmara ainda não quis receber em seu
gabinete o dirigente do movimento, Bruno Maranhão. “- Não o receberei. Vocês
serão presos e autuados pelo que fizeram”, chegou a afirmar, demonstrando uma
“coragem” que não demonstrou quando impediu a investigação dos deputados
sanguessugas no Congresso. Os manifestantes então se retiraram da Câmara e
permaneceram do lado de fora.<BR><BR>Além de sofrerem com a miséria no campo, um
governo que apenas beneficia latifundiários e não faz reforma agrária, os
sem-terra ainda são recebidos a porrete na Câmara e, como se tudo não bastasse,
taxados de vândalos pelos deputados corruptos do Congresso e pela imprensa
burguesa. Maranhão, além de não ter sido recebido por Aldo, foi violentamente
preso pelos policiais da Câmara já na saída do Congresso. O dirigente do MLST,
em meio a oitos policiais, recebeu uma gravata e chegou a desmaiar, sendo levado
em uma ambulância. <BR><BR>Como se isso não bastasse, devido à insistência de
Aldo Rebelo, a polícia interceptou os ônibus que levavam os manifestantes
embora, prendendo todos os sem-terras. Alguns parlamentares intercederam para
que apenas os líderes fossem detidos, mas Aldo não permitiu. No fim da noite,
todos estavam sendo interrogados por policiais em grupos em um ginásio de
Brasília. Todos serão processados e os líderes responderão até por tentativa de
homicídio.<BR><BR>Seria cômico se não fosse trágico. Após mais de um ano de
intensa crise política que jogou na lama todas as intituições do Congresso, os
únicos presos são os sem-terras, vítimas desse mesmo Congresso. O PT teve ainda
a cara de pau de lançar uma nota pública à imprensa “repudiando os atos de
violência na Câmara” e se solidarizando “com o Poder Legislativo e com o
presidente da Câmara dos Deputados”.<BR><BR><STRONG>Cai a
máscara</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><BR>O portal Vermelho, do PCdoB,
estampava uma notícia cujo título exaltava a atitude fascistóide de seu líder:
“Aldo Rebelo manda polícia legislativa prender vândalos do MLST”. A deputada
federal do mesmo partido, Jandira Feghali, defendeu a repressão. “Baderna,
vandalismo, tem que prender mesmo”, afirmou, utilizando termos típicos da
direita mais reacionária para classificar os movimentos sociais. A Presidência
do Planalto e Ministério da Justiça também lançaram nota repudiando os
sem-terras.<BR><BR>Não se trata de um `escorregão` dos deputados do partido,
mais próximos da instituição e dos corredores palacianos. Ao contrário, a
condenação do MLST foi respaldada pela direção nacional do partido, em nota
divulgada no fim do dia. Além de apoiar as decisões de Aldo Rebelo ``por suas
ações em defesa do Poder Legislativo``, o partido chega a afirmar que os
movimentos sociais são ``respeitados pelo atual governo e pelo Congresso
Nacional``. É importante dizer que estamos falando do Congresso de picaretas e
de um governo que corta verbas da reforma agrária para manter os compromissos
com o mercado. São esses que a direção do PCdoB defende hoje.<BR><BR>O episódio
demonstrou não só o caráter fascista e autoritário do Estado brasileiro, mas
sobretudo o papel que cumprem hoje o PT e o PCdoB na manutenção desse Estado. Se
o PT deu uma guinada à direita desde a posse de Lula, seu satélite “comunista”,
após a posse de Aldo Rebelo na Presidência da Câmara, degenera-se
rapidamente.<BR><BR>Expõe também a hipocrisia e cinismo desse Congresso onde
predomina a delinqüência, onde vítimas são transformadas em bandidos e os
próprios, protegidos com imunidade parlamentar, permanecem impunes.
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080>La información contenida en el boletín es de
fuentes propias, sitios web, medios periodísticos, redes alternativas,
movimientos sociales y organizaciones políticas de izquierda. Los artículos
firmados no comprometen la posición editorial de Correspondencia de Prensa.
Suscripciones, Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A
href="mailto:germain@chasque.net"><STRONG><EM><FONT
color=#000080>germain@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A>
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>