<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<HTML><HEAD>
<META http-equiv=Content-Type content="text/html; charset=iso-8859-1">
<META content="MSHTML 6.00.2600.0" name=GENERATOR>
<STYLE></STYLE>
</HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><EM><FONT color=#800000 size=5>Boletín informativo -
Red solidaria de la izquierda radical</FONT></EM></STRONG></DIV>
<DIV align=center><STRONG><EM><FONT size=4><IMG alt="" hspace=0
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline
border=0><BR>Año III - 26 de agosto 2006 - Redacción: </FONT></EM></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT
size=4>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify> </DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Criminalização e violência em
Pernambuco</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Assassinato de dois trabalhadores e
prisão de dirigente do MST ilustram a crimalização da luta pela reforma
agrária<BR></STRONG></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Mariana
Martins,do Recife</FONT></STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Brasil de
Fato</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A
href="http://www.brasildefato.com.br/"><STRONG>http://www.brasildefato.com.br/</STRONG></A></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2> </DIV>
<DIV align=justify><BR>Um dia após o assassinato de duas lideranças do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Jaime Amorim, coordenador nacional do
MST, foi preso pela Polícia Militar quando voltava do velório de uma das
vítimas, no município de Itaquitinga (PE), a 82 quilômetros do Recife. Amorim é
acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de "mau comportamento" em um
protesto de repúdio à visita do presidente estadunidense George W. Bush ao
Brasil, dia 5 de novembro de 2005.</DIV>
<DIV align=justify><BR><FONT size=3><STRONG>Assassinato</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><BR>No dia 20, Josias de Barros Ferreira, de 28 anos, e
Samuel Matias Barbosa, de 33, foram covardemente assassinados no acampamento
Balança, às margens da BR-232, no município de Moreno (PE), a 28 quilômetros do
Recife. Cícero Soares de Melo, Luiz Nanai e um adolescente de 16 anos, que não
fez disparos e foi identificado como filho de Cícero, são os principais
suspeitos. Eles moravam no acampamento, mas eram vistos pelas famílias do
Balança como infiltrados, a serviço de um político da região, com o objetivo de
convencer as famílias a receber indenização pela desocupação da área.</DIV>
<DIV align=justify><BR>No acampamento Balança vivem, desde 2000, 59 famílias
ligadas ao MST. Em janeiro, a empresa Copergás iniciou as negociações para a
desocupação, com o intuito de construir um gasoduto. O MST colocou como condição
para a saída a acomodação das famílias em outro lugar, até a criação de um
assentamento. "Entendemos que a obra é importante para o Estado de Pernambuco e
estamos dispostos a desocupar, mas não podemos aceitar dinheiro. É contra os
princípios do movimento", explica Joba Alves, da coordenação estadual do
MST-PE.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Ferreira e Barbosa, que eram integrantes da direção
estadual do MST, foram ao acampamento fazer uma assembléia com as famílias. Um
pequeno grupo liderados por Cícero estava pressionando para que as pessoas
recebessem as indenizações sem as garantias da reforma agrária. Na assembléia,
realizada na noite do dia 19, foi deliberado pela maioria que não se aceitaria a
indenização proposta e que continuaria a luta pelo assentamento.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Na manhã do dia 20, de acordo com testemunhas, Josias e
Samuel estavam no acampamento quando Cícero Soares, Luiz Nani e o adolescente
chegaram ao acampamento. Cícero mandou que fosse retirada a bandeira do MST do
local para ele colocar uma dos sem-teto no lugar. Josias disse que a bandeira só
seria retirada por cima do seu cadáver. Ao dar as costas, o agricultor foi
alvejado. Samuel tentou socorrer o amigo e também foi baleado nas costas. Josias
morreu na hora. Samuel foi socorrido com vida e levado ao Hospital da
Restauração, mas não resistiu. Mesmo depois de alvejar os dois com tiros, os
assassinos ainda deram chutes, machadadas e mutilaram parte do corpo de Samuel,
enquanto ele ainda estava vivo. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Para o Reverendo Marcos Cosmo do MTST, que foi citado
pela imprensa local como sendo o movimento ao qual o Cícero estaria ligado, essa
não é uma briga entre sem-terra ou entre sem-terra e sem-teto: "Essas pessoas
não pertenciam ao MTST. Não existe nem nunca existiu conflito entre nós e o
MST".</DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG><FONT size=3>O fato descontextualizado
criminaliza a luta pela terra<BR><BR>Luís Brasilino, da
Redação</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR> </DIV>
<DIV align=justify>"Líder do MST é preso". Escrita em letras garrafais, essa foi
a principal notícia do Jornal do Commercio do dia 22. Também na capa, o jornal O
Estado de S. Paulo disparou: "Líder do MST é preso por 'incitação ao crime'". As
bandeiras e reivindicações do movimento social são tiradas do contexto e o que
fica é apenas a contravenção, o crime. Ao não investigar as causas da violência,
a grande imprensa termina por incitá-la.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Para Dom Tomás Balduíno, presidente de honra da Comissão
Pastoral da Terra (CPT), a violência contra os trabalhadores sem-terra é
conseqüência de um longo processo de transformação do movimento social em caso
de polícia: "Isso atinge diretamente o pessoal mais organizado e, de forma
seletiva, suas lideranças".</DIV>
<DIV align=justify><BR>A Justiça também tem sua parcela de culpa. Balduíno
acredita que a criminalização do movimento social contamina o Poder Judiciário,
sempre conivente com o poder econômico ligado ao latifúndio. "Temos visto a
impunidade dos verdadeiros criminosos, os mandantes e autores dos assassinatos,
ao passo que a mínima suspeita contra algum sem-terra resulta nisso que estamos
vendo", lamenta Dom Tomás.</DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG><FONT size=3>Reforma
agrária</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Por trás desses conflitos, está a alta concentração
fundiária do Brasil. Para Dom Tomás, a reforma agrária criaria uma nova
estrutura no campo, incorporando o povo da terra na condição de cidadãos plenos.
"Infelizmente, dentro do governo (Luiz Inácio) Lula (da Silva) sentimos ter
perdido a batalha para o agronegócio", constata. Para ele, o país está
retrocedendo aos tempos de colônia e se tornando uma província exportadora de
produtos da monocultura. "No grão, mandamos para fora nosso humus, nossa água,
nossa soberania e nossa dignidade. É a entrega do nosso patrimônio a título de
garantir superávit, lucro concentrado nas mãos de poucos. Enquanto isso o povo
empobrece, o pessoal vai morrendo no corte da cana, de cãibras, de trabalho
forçado, competindo com máquinas cada vez mais fortes", descreve o
religioso.</DIV>
<DIV align=justify><BR>O geógrafo Ariovaldo Umbelino, professor aposentado da
Universidade São Paulo, explica que a reforma agrária não avança por
determinação política do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Prova disso está no
cadastro de propriedades rurais do Incra, onde Umbelino identificou 120 milhões
de hectares de terra em grandes imóveis improdutivos. Numa área como essa, seria
possível assentar cerca de três milhões de famílias.
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080 size=3>La información contenida en el boletín es
de fuentes propias, sitios web, medios periodísticos, redes alternativas,
movimientos sociales y organizaciones políticas de izquierda. Los artículos
firmados no comprometen la posición editorial de Correspondencia de Prensa.
Suscripciones, Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080
size=3>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A>
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>