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<HR>
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<DIV align=center><STRONG><EM><FONT color=#800000 size=5>Boletín informativo - 
Red solidaria de la izquierda radical</FONT></EM></STRONG></DIV>
<DIV align=center><STRONG><EM><FONT size=4><IMG alt="" hspace=0 
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline 
border=0><BR>Año III - 5 de septiembre 2006 - Redacción: </FONT></EM></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A></DIV>
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<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG>Brasil</STRONG></FONT></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><FONT size=3><STRONG> <BR>Greve 
obriga Volks a recuar nas demissões</STRONG></FONT><BR><BR></FONT><FONT 
face=Arial size=2><STRONG>No dia 4, os trabalhadores da Volkswagen tiveram uma 
vitória parcial. Graças à luta, os metalúrgicos obrigaram a empresa a suspender 
as 1.800 demissões. Mas nada está garantido. Novas negociações serão feitas, e a 
Volks tentará manter as demissões<BR><BR></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Emmanuel de Oliveira, de São 
Bernardo do Campo</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><A href="http://www.pstu.org.br/"><FONT face=Arial 
size=2><STRONG>http://www.pstu.org.br/</STRONG></FONT></A><BR><FONT face=Arial 
size=2>&nbsp;<BR><BR>Depois de seis dias de greve, os operários da Volkswagen 
conseguiram reverter parcialmente as demissões anunciadas pela empresa. A greve 
começou no dia 27, quando a Volks rompeu as negociações e demitiu através de 
cartas 1.300 trabalhadores da produção e 500 CFE (Centro de Formação e Estudo). 
Ao receber as cartas, os trabalhadores imediatamente foram parando as linhas de 
produção. Com isso, a direção do sindicato foi obrigada a defender greve já no 
turno da tarde daquele dia.<BR><BR>Muitos ficaram desconsolados. Foram demitidos 
trabalhadores com 20 anos de casa, com doença profissional e trabalhadores 
novos, deixando todos com ódio <BR>da empresa.<BR><BR>O trabalhador da ala 14 
Angelito Carlos de Almeida, que recebeu a carta de demissão, contou sua angústia 
ao Opinião Socialista. “Senti que o trabalhador não vale nada, um desrespeito. 
Tenho 16 anos de casa e estava completando naquele dia. Como presente recebi a 
carta dizendo que estava demitido”, disse. <BR><BR>A Volks alegava estar em 
crise e, portanto, precisaria fazer as demissões. “Isso é mentira. A empresa 
mesma diz que teve lucro no segundo trimestre e vive mostrando seu balancete. O 
que ela quer é ter mais lucro nas costas dos trabalhadores”, disse 
Angelito.<BR><BR><STRONG>Sindicato queria parar a 
greve</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>A direção do sindicato queria acabar com a greve desde o 
início. Na quinta-feira, dia 31, foi realizada uma assembléia dos metalúrgicos 
que aprovou a continuidade do movimento. Dessa forma, os trabalhadores 
derrotaram a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que apresentou uma 
proposta de retomar a produção da empresa por área. Ou seja, a greve seria 
transformada em paralisações por setores da fábrica e a realização de algumas 
manifestações públicas contra as demissões. A direção do sindicato alegava que 
era necessário “mudar a tática”.Isso significaria, na prática, o fim da 
greve.<BR><BR>Já no dia anterior à assembléia, a direção do sindicato divulgou 
para todos os órgãos de imprensa que os metalúrgicos do ABC “mudariam de 
tática”. <BR><BR>A direção percebeu que a greve tinha virado um fato nacional e, 
conseqüentemente, estava prejudicando a candidatura de Lula, apoiado por eles. 
Durante a reunião da Comissão e do CSE, tentou recuar, mas recebeu um não da 
oposição e a sua própria corrente, a Articulação Sindical, ficou dividida. Mesmo 
assim José Lopez Feijóo, presidente do sindicato, apresentou a proposta de 
mudança de tática na assembléia. No entanto, cerca de 65% dos metalúrgicos 
votaram pela manutenção da greve total. <BR><BR>O boletim “Ferramenta”, 
distribuído antes da assembléia, defendia que os trabalhadores deveriam manter a 
greve total. Como já havia uma grande disposição de lutas dos metalúrgicos, o 
boletim apenas consolidou a proposta que derrotou a direção do 
sindicato.<BR><BR>Com a greve em São Bernardo, as unidades da Volks em Taubaté 
(SP) e em São José dos Pinhais (PR) enfrentaram problemas de fornecimento. 
Nessas fábricas, os operários tiveram que ficar parados por dois dias em função 
da falta de fornecimento. Tudo o que Volks queria era que os operários voltassem 
a trabalhar. <BR><BR><STRONG>Enfrentamento dentro da fábrica</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Na noite do dia 31, a empresa tentou fazer com que as 
máquinas da ala 1 (setor de prensa que faz peça para Taubaté e São José dos 
Pinhais) voltassem a funcionar.<BR><BR>Mas os trabalhadores soldaram as portas 
que davam acesso ao setor e fizeram uma barricada com caçambas e pneus. Os 
chefes do setor não puderam entrar. <BR><BR><STRONG>Os operários já têm a 
experiência da greve do ano</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>passado, quando a empresa contratou seguranças 
particulares. Agora, mesmo com 500 seguranças, os operários conseguiram impedir 
suas ações. Em outras alas, houve enfrentamentos físicos entre o comando de 
greve e os seguranças.<BR><BR><STRONG>Lavando as mãos</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>A primeira vitória do movimento foi a suspensão do 
empréstimo de R$ 497,1 milhões do BNDES à Volks. O governo foi obrigado a adotar 
a medida diante da mobilização dos trabalhadores. Mas a falta de comprometimento 
político do governo Lula na&nbsp; defesa dos empregos dos metalúrgicos foi uma 
constante nessa greve.<BR><BR>O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, empregado 
licenciado da Volks do ABC, declarou à imprensa que o “governo não tem muito o 
que fazer” para impedir as demissões na empresa, lavando as mãos diante da 
ameaça de demissão de milhares de trabalhadores. Numa entrevista ao Jornal da 
Globo do dia 29, Lula foi colocado numa saia justa quando perguntado se não 
choraria caso os funcionários da Volks fossem demitidos. O presidente 
simplesmente não respondeu. Depois considerou as demissões algo “normal”: “Não 
se deve fazer cavalo de batalha sobre as demissões na Volks. No mundo do 
trabalho é assim. Quando uma empresa está produzindo mais, ela contrata mais, 
quando está produzindo menos, descontrata”, disse.<BR><BR><STRONG>Movimento 
ganha solidariedade em todo o país</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>A greve dos trabalhadores da Volks provocou a 
solidariedade dos trabalhadores de todo o país. Muitos sindicatos ligados à 
Conlutas enviaram manifestações de solidariedade. A Conlutas teve um papel 
importante: fez adesivos, produziu um cartaz e distribuiu carta de apoio à 
greve. Um grupo de sindicatos da Baixada Santista parou a rodovia no sentido do 
Guarujá, provocando um congestionamento de 20 km. Várias entidades enviaram 
e-mails para o sindicato.<BR><BR>Em São José dos Campos (SP), os metalúrgicos 
fizeram assembléias em solidariedade aos trabalhadores e contra as demissões na 
Volks.<BR><BR>Também foi construído um comitê na faculdade da Fundação Santo 
André, e está sendo formado um comitê de todo o ABC em solidariedade aos 
trabalhadores da Volks. <BR><BR><STRONG>Vitória do movimento</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>No dia 4, numa tarde fria e nublada, os trabalhadores da 
Volks ouviram a proposta de suspensão das demissões e retomada das negociações. 
Os trabalhadores estão muitos desconfiados da direção do sindicato. Mesmo com a 
suspensão, cerca de 15% dos metalúrgicos votaram contra a proposta de retomar o 
trabalho.<BR><BR>A empresa ainda tem como objetivo demitir os trabalhadores. Uma 
nota do diretor-executivo de Relações Trabalhistas da Volks do Brasil confirma 
essa intenção: “A Volkswagen reafirma a necessidade de adequação do seu quadro 
de pessoal em 3.600 pessoas nos próximos anos, porém está aberta para discutir 
as condições para sua realização”. Quer dizer, vão procurar “melhores condições” 
para seguir demitindo.<BR><BR>A vitória do movimento é importante, mas não 
podemos confiar nessa direção do sindicato, parceira da empresa e do governo. A 
assembléia autorizou a direção a negociar, mas isso não significa que eles estão 
autorizados a negociar as demissões com a Volks. <BR><BR>No dia 12, haverá uma 
nova assembléia dos trabalhadores. Os metalúrgicos devem estar preparados, pois 
se a empresa voltar a propor as demissões os trabalhadores devem retomar a 
greve. 
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080 size=3>La información contenida en el boletín es 
de fuentes propias, sitios web, medios periodísticos, redes alternativas, 
movimientos sociales y organizaciones políticas de izquierda. Los artículos 
firmados no comprometen la posición editorial de Correspondencia de Prensa. 
Suscripciones, Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A> 
<HR>
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