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<HR>
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<DIV align=center><STRONG><EM><FONT color=#800000 size=5>Boletín informativo - 
Red solidaria de la izquierda radical</FONT></EM></STRONG></DIV>
<DIV align=center><STRONG><EM><FONT size=4><IMG alt="" hspace=0 
src="C:\Documents and Settings\EH\Mis documentos\germain 1.JPG" align=baseline 
border=0><BR>Año III - 16 de septiembre 2006 - Redacción: 
</FONT></EM></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A></DIV>
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<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG>Brasil</STRONG></FONT></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT face=Arial>Um sindicato associado a 
patronal...</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Em assembléia 
dividida, com manobra e vaias, sindicato aprova acordo na 
Volks</FONT></STRONG><BR><BR><STRONG></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Jeferson 
Choma<BR></STRONG></FONT><FONT face=Arial size=2><STRONG>Opinião 
Socialista</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A 
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG>http://www.pstu.org.br/</STRONG></A><BR><BR><BR>Depois 
de muito tumulto, terminou por volta das 16h, desta quinta-feira, a assembléia 
dos trabalhadores da Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP). A assembléia 
contou com a participação de 10 mil pessoas. Muitas manobras garantiram que o 
sindicato do ABC conseguisse aprovar um plano firmado com a direção da fábrica. 
<BR><BR>A votação foi repleta de polêmicas. O presidente do sindicato dos 
metalúrgicos, José Lopez Feijóo, declarou a imprensa que 70% dos metalúrgicos 
votaram pela proposta. Mas o número é contestado pelos próprios operários da 
Volks, que afirmam que 55% votaram a favor do plano e 45% contra. 
<BR><BR><STRONG>Manobras</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>A assembléia foi marcada por diversas atitudes inéditas 
que auxiliaram na aprovação da proposta do sindicato e da direção da Volks. 
Utilizando-se de chantagens sobre os operários, a direção da Volks distribuiu 
uma carta um dia antes da assembléia. A carta dizia: “No caso de não haver 
acordo, a fábrica Anchieta não receberá investimentos (...), colocando em risco 
o emprego de todos”. Tais ameaças pretendiam colocar uma espada sobre a cabeça 
dos trabalhadores. Muitos ficaram com medo de a fábrica fechar, caso o acordo 
não fosse aprovado.<BR><BR>Outra manobra da Volks foi a colaboração dos 
trabalhadores mensalistas, que foram liberados do serviço para votar a favor do 
acordo. Segundo metalúrgicos da Volks, estavam presentes de 1.500 a 2 mil 
mensalistas. <BR><BR>Também foi evidente a presença de várias pessoas que não 
eram ligadas aos metalúrgicos da Volks. Muitos eram de Comissões de Fábricas de 
outras empresas e militantes com camisas onde estava escrito “100% PT”. 
“Trouxeram gente de fora. Tem gente que trabalha na Ford aí. Eles colocaram em 
postos estratégicos esse pessoal para influenciar na votação da assembléia”, 
disse à reportagem um metalúrgico do setor de engenharia e desenvolvimento, que 
não se identificou por medo de represálias. <BR><BR>Além disso, ônibus foram 
colocados ao lado das grades que separam a fábrica da Via Anchieta, impedindo 
que faixas contra o acordo – entre elas as da Conlutas - fossem vistas pelos 
operários na assembléia. <BR><BR>Na assembléia se destacou a atuação da 
oposição, que distribuiu panfletos e o boletim “Ferramenta” contra o acordo, 
chamando a continuidade da luta dos operários. Mas infelizmente, a oposição não 
conseguiu ter acesso à palavra na assembléia devido a mais completa falta de 
democracia imposta pela direção do sindicato. <BR><BR><STRONG>O 
acordo</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>O acordo aprovado prevê a implementação de um Plano de 
Demissão Voluntária (PDV) para 3.600 funcionários até 2008. Na primeira fase do 
programa, a meta é atingir entre 1.300 e 1.500 adesões. Para aqueles que 
aderirem ao plano até 25 de novembro, a fábrica vai pagar 1,4 salário extra por 
ano trabalhado. Além disso, cerca de 500 metalúrgicos que estão no CFE (Centro 
de Formação e Estudo) serão demitidos, mas para eles a fábrica vai pagar 
salários de apenas 0,6 por ano trabalhado.<BR><BR>Um metalúrgico que não quis se 
identificar, com 27 anos de casa e há dois anos do CFE, disse que não vê 
perspectivas diante de sua eminente demissão: “Minha perspectiva é péssima 
porque se você tem 51 anos de idade e vai para a rua, tem poucas condições de 
arrumar outro emprego”. <BR><BR>Também será criado um PDV especial para os 
metalúrgicos que enfrentam problemas de saúde decorrentes do trabalho. Algo que, 
perante a lei, é totalmente ilegal.<BR><BR>Até o final de 2008, outras 1.600 
demissões serão feitas em mais quatro etapas do PDV, com salários que variam de 
0,8 a 0,3 por ano trabalhado. Entre os diversos setores da fábrica serão 
distribuídas cotas de adesão ao PDV.<BR><BR><STRONG>Revolta</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>Muitos trabalhadores deixaram a assembléia revoltados com 
o sindicato. Acusavam a direção de ter explicado mal a proposta em uma 
assembléia anterior, realizada na segunda-feira, dia 11. <BR><BR>“Não foi 
explicado direito pra nós. A primeira coisa que eles colocaram pra nós é que 
eles não negociariam demissões, mas acabaram de negociar. O sindicato 
simplesmente traiu a categoria. Depois desse acordo ninguém tem mais garantia de 
emprego”, disse um operário que está há três anos no CFE. <BR><BR>Desde o início 
da assembléia, José Lopez Feijóo recebeu vaias dos metalúrgicos. Ele respondeu: 
“Muitos estão tumultuando aí dentro”. Depois da votação, um grupo de 
metalúrgicos cercou Feijóo e o chamou de traidor. Outros operários, claramente 
descontentes, também chamaram a direção do sindicato de “mentirosos” e 
“traidores”. <BR><BR><STRONG>Um sindicato associado a patronal</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Após a assembléia, Feijóo deu uma entrevista coletiva na 
sede do sindicato do ABC. Ele disse, sem disfarçar seu orgulho, que o acordo foi 
importante, pois garantiu “um processo de reestruturação que dura há mais de 20 
anos. É o mais lento do país”. Para Feijóo, o papel de qualquer sindicato é 
negociar demissões, mesmo graduais, dos trabalhadores. <BR><BR>O presidente 
também disse que o acordo prevê a fabricação de dois novos modelos de automóveis 
na fábrica do ABC, e que não poderia revelá-los, pois se tratava de uma questão 
de “segredo industrial”. “Não queremos que a concorrência saiba quais são esses 
novos modelos. É uma questão de segredo industrial”. <BR><BR><STRONG>Taubaté e 
ABC</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>O modelo imposto pela empresa em conjunto com a direção 
do sindicato é muito semelhante ao acordo realizado na unidade da Volkswagem em 
Taubaté (SP), finalizado em 1º de agosto entre a empresa e o sindicato, dirigido 
pela Articulação, mesmo grupo que dirige o sindicato do ABC. Nele, a primeira 
etapa da reestruturação cortou 160 funcionários. Outros 140 serão demitidos até 
dezembro e mais 400 nos próximos dois anos. <BR><BR>Diante da revolta dos 
operários do ABC, Feijóo se viu obrigado a rejeitar o acordo feito em Taubaté: 
“Não vale para a fábrica da Anchieta e não será aceito como exemplo”, disse na 
ocasião. Entretanto, o pacote fechado na Anchieta é praticamente o mesmo ao de 
Taubaté. <BR><BR><STRONG>Pedra no sapato</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>As mobilizações dos operários da Volks, iniciadas em 
maio, estavam se transformando em uma pedra nos sapatos da direção do sindicato 
do ABC. Desde o início, esta tentou, por diferente meios, terminar o mais rápido 
possível com as mobilizações. A preocupação era de que o recrudescimento das 
mobilizações pudesse prejudicar a reeleição do presidente Lula, apoiado 
amplamente pelo sindicato. <BR><BR>O acordo aprovado na assembléia do ABC não 
acaba com o fantasma das demissões na Volks. E está sendo visto como uma traição 
do sindicato a toda luta dos metalúrgicos da Volks. <BR><BR>Mesmo com a 
aprovação do acordo, o sindicato acumulou um grande desgaste perante os 
metalúrgicos da Volks. Para os trabalhadores, fica cada vez mais clara a 
parceria entre a direção da empresa e o sindicato. As demissões são o único 
resultado do dito “sindicalismo de resultados”. 
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080 size=3>La información contenida en el boletín es 
de fuentes propias, sitios web, medios periodísticos, redes alternativas, 
movimientos sociales y organizaciones políticas de izquierda. Los artículos 
firmados no comprometen la posición editorial de Correspondencia de Prensa. 
Suscripciones, Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A> 
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>