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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><FONT size=5><U>boletín informativo - red
solidaria de revistas</U></FONT><BR><FONT color=#800000
size=6><EM>Correspondencia de Prensa</EM></FONT><BR>Año IV - 4 de noviembre 2006
- Redacción: </FONT></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A></DIV>
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<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
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<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Declaração do PSTU sobre a vitória
de Lula </STRONG></FONT></DIV>
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<DIV><FONT face=Arial size=2><A href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG><FONT
size=3>http://www.pstu.org.br/</FONT></STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify><BR><BR></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Os resultados desse segundo turno das
eleições mostram que Lula foi reeleito presidente da República. O candidato
petista obteve 60,83% dos votos válidos, contra 39,17% de Geraldo Alckmin.
Diante disso, o PSTU, que no segundo turno defendeu o voto nulo, declara
que:<BR><BR>1. As eleições mostraram o repúdio à oposição de direita. O PSDB e
PFL são os partidos da direita tradicional do país e desejavam voltar ao governo
para roubar e aplicar a mesma política econômica que favorece os ricos e
prejudica os trabalhadores. Alckmin é expressão desse setor e sua imagem está
associada a de Fernando Henrique Cardoso, odiado pelos trabalhadores e pelo
povo. <BR><BR>2. Em 2002, Lula foi eleito sob um forte sentimento de “mudança”.
Dessa vez, a história é bem diferente. Os trabalhadores não têm a mesma
expectativa de antes, pois fizeram uma experiência parcial com o governo do PT.
Durante seu primeiro mandato, o governo Lula manteve a mesma política econômica
neoliberal de FHC. Por meio do superávit primário, retirou bilhões da saúde,
educação, reforma agrária para garantir o pagamento das dívidas interna e
externa e levou a cabo medidas exigidas pela burguesia brasileira e pelo capital
financeiro internacional, como a reforma da Previdência. <BR><BR>3. O resultado
das eleições é explicado em parte pelo fato de muitos trabalhadores terem votado
em Lula contra “a volta da direita” ao poder. A associação dos tucanos com os
processos de privatização dos anos 90 calou fundo na população e foi amplamente
explorada por Lula em sua campanha. Os trabalhadores fizeram a experiência com
as privatizações e sabem que elas apenas trouxeram prejuízos para o povo e
beneficiaram apenas um punhado de empresários, que compraram as estatais a preço
de banana. Lula se apoiou no rechaço do povo contra as privatizações para
ampliar sua vantagem eleitoral sobre Alckmin. <BR><BR>Contudo, o presidente
nunca se posicionou verdadeiramente contra as privatizações. Até hoje, nenhuma
reestatização foi feita, nem sequer uma auditoria. Pior ainda, o governo do PT
prosseguiu com a privatização velada das estatais. Diferentemente de FHC, Lula
não faz leilões nas bolsas de valores. A entrega das estatais se dá de forma
silenciosa, com a abertura do capital das empresas ao investimento privado,
leilões das nossas reservas de petróleo e a ampliação da terceirização de
serviços. Os trabalhadores que votaram em Lula devem exigir dele a reestatização
das empresas e o fim da gradual privatização das estatais que restaram.
<BR><BR>4. Lula não governa e nunca governou para os trabalhadores. O fato de
Lula ter sido um líder operário confunde a consciência de milhares de
trabalhadores. Seu governo é de direita, mas com rosto de operário. Lula governa
para a burguesia e aplica um plano econômico a serviço das grandes empresas e do
imperialismo. Como o próprio presidente reconheceu, no seu governo foram “os
ricos, as empresas e os bancos que ganharam mais dinheiro do que nunca” (Lula,
em declaração ao jornal ‘Folha de S. Paulo’, em 18/9/2006). Por outro lado,
episódios como o do mensalão, da máfia das sanguessugas e da compra do dossiê
mostram que o governo Lula também copiou a corrupção de governos de direita,
como os de Collor e FHC. <BR><BR>5. No seu segundo mandato, o presidente vai
tentar implementar ataques que não conseguiu fazer em decorrência da crise
política do ano passado. Pelo seu prestígio perante a classe trabalhadora e o
povo, Lula é a personalidade política que tem as “melhores condições”, de acordo
com as palavras de Delfim Neto, para aplicar medidas centrais exigidas pelo
imperialismo e pela burguesia, como a nova reforma de Previdência e a reforma
sindical e trabalhista. Para isso, o governo vai tentar se recuperar das crises,
seguindo um curso mais à direita, fazendo alianças com partidos burgueses e com
o empresariado.<BR><BR>6. A reforma trabalhista pretende eliminar conquistas
históricas dos trabalhadores, como o décimo-terceiro salário e o FGTS, reduzir
as férias e flexibilizar mecanismos de contratações. A reforma sindical será
destinada a dar plenos poderes às burocracias das centrais sindicais (CUT e
Força Sindical) em prejuízo dos sindicatos de base. A nova reforma da
Previdência pretende, entre outras coisas, elevar o tempo mínimo de
aposentadoria para 65 anos. <BR><BR>7. Diante desse ataque histórico aos
direitos trabalhistas, o PSTU declara que continuará numa luta sem tréguas
contra o governo petista. No primeiro turno das eleições fomos parte da Frente
de Esquerda e apoiamos a candidatura de Heloisa Helena à Presidência. Nos
orgulhamos muito disso, pois ajudamos a construir uma alternativa de oposição de
esquerda à Lula e Alckmin. Desde já, estaremos chamando a resistência a esses
ataques e a necessidade de se avançar na construção em um campo de oposição de
esquerda ao governo Lula. <BR><BR>Os primeiros passos dessa luta estão sendo
dados pela Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), que está realizando uma
campanha contras as reformas trabalhista e da Previdência. É importante unir
forças para impulsionar um processo nacional de mobilização em defesa dos
direitos dos trabalhadores. Vamos à luta!
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080 size=3>La información difundida por
Correspondencia de Prensa es de fuentes propias y de otros medios, redes
alternativas, movimientos sociales y organizaciones de izquierda. Suscripciones,
Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080
size=3>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A>
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>