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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><U><FONT size=5>boletín informativo - red
solidaria de revistas</FONT></U><BR><EM><FONT color=#800000
size=6>Correspondencia de Prensa</FONT></EM><BR>Año IV - 14 de enero 2007 -
Redacción: </FONT></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A></DIV>
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<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Cine denuncia</FONT></STRONG></DIV>
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<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Guantánamo:
c</FONT></STRONG></FONT><FONT face=Arial><STRONG>aminhos de uma
prisão<BR><BR>Filme denúncia prisões ilegais na prisão criada pelos EUA há cinco
anos *<BR><BR>Rogério Castro</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG><FONT
size=3>http://www.pstu.org.br/</FONT></STRONG></A><BR><BR><BR>Para invadir
outros países e manter a sua economia crescendo, os Estados Unidos necessitam,
permanentemente, de atribuir a alguns o papel de grandes inimigos de toda a
humanidade. Foi assim nos investimentos bélicos para a Guerra Fria e na criação
de uma peculiar verborragia anti-comunista. Nos dias de hoje, os que se recusam
a curvar diante do seu domínio são tidos como “terroristas”.<BR><BR>Em 2006,
esta busca de inimigos externos que mantenham o país unido foi retratada nas
telas de cinema. Primeiro, com “Boa Noite e Boa sorte” (Good Night, and Good
Lock), de George Clooney, e mais recentemente em “Caminhos para Guantánamo” (The
Road to Guantanamo), dos ingleses Michael Winterbottom e Whitecross.
<BR><BR>“Caminhos para Guantánamo” é uma espécie de documentário-ficcional,
baseado nos relatos de quatro jovens paquistaneses que resolvem ir até sua terra
de origem para celebrar o matrimônio de um de seus amigos, Asif Iqbal (Afran
Usman). No caminho, resolvem cruzar a fronteira do Afeganistão e terminam indo
parar em Kandahar. <BR><BR>O período e a região em que se desenrola a história
aparentemente casual falam por si só: setembro de 2001. O que era para ser um
passeio eventual, logo se transforma num infortúnio. No décimo-primeiro dia do
mês de setembro, depois de ver as torres gêmeas ruírem, o porta-voz do império,
colérico, declarou guerra ao mundo, em especial aos países tidos por ele como de
um “Eixo do Mal”. <BR><BR>O Afeganistão, onde supostamente estariam escondidos
os autores do atentado, foi o primeiro alvo. Os três amigos Asif, Ruhel (Farhad
Harun), Shafiq (Riz Ahmed) e Monir (Waqar Siddiqui), na ocasião em estada no
Afeganistão, ao tentarem regressar ao Paquistão, esbarram em um cenário de
guerra assustador, com bombas, mísseis e explosões provocadas pelo exército
norte-americano. Numa das confusões, Monir se perde dos demais, que não
conseguem escapar e são capturados pelas tropas americanas.<BR><BR>O filme, que
não deixa de ser uma crítica frontal a política internacional do presidente
norte-americano George W. Bush, chega a interpor numa de suas cenas uma
declaração do então presidente, de conteúdo: “Eles não tem os mesmos valores do
que nós”. Bush demonstra um viés tipicamente etnocêntrico, que enxerga a
população do Oriente Médio como hordas e o ocidente como sinônimo de
civilização.<BR><BR>A intenção dos diretores é mostrar como no limiar do século
XXI, prisões que se for buscar paralelo na história encontrará no degrau debaixo
Auschwitz, continuam a existir, sob os olhos da ONU. Controladas pela Forças
Armadas norte-americanas, apesar de estar fora de seu território, Guantánamo,
fora instalada na ilha de Cuba, país condicionado a embargos econômicos pelo
próprio EUA.<BR><BR>A atuação dos personagens, que nada mais fazem do que tentar
representar o que disseram ter vivido os jovens que lá passaram mais de dois
anos, não deixam dúvidas quanto aos métodos desumanos de investigação
norte-americana. Apanhados sem prova alguma, os três jovens são aprisionados em
um caminhão, cuja entrada de ar só é possível quando soldados resolvem atirar em
suas laterais, viajam com os rostos cobertos até Cuba. São submetidos a
constrangimentos ao ingressar na prisão de Guantánamo, onde o silêncio é
incondicional, o isolamento é total e as celas solitárias são sob um som
ensurdecedor de heavy metal. <BR><BR>“Caminho para Guantánamo” é, antes de mais
nada, uma produção que aflora o sentimento contrário à injustiça, à desfaçatez,
à prepotência, e em igual dosagem, revigora a consciência anti-imperialista de
quem assiste.<BR><BR><STRONG><FONT size=3>* Ficha
Técnica</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><U><BR></U></STRONG>Título
Original: ``The Road to Guantanamo`` <BR>Duração: 95 minutos <BR>Ano de
Lançamento (Inglaterra): 2006<BR>Site Oficial: <A
href="http://www.roadtoguantanamomovie.com">www.roadtoguantanamomovie.com</A></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Estúdio: Revolution Films / FilmFour
/ Screen West Midlands <BR>Direção: Michael Winterbottom<BR>Música: Harry Escott
e Molly Nyman <BR>Fotografia: Marcel Zyskind
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080 size=3>La información difundida por
Correspondencia de Prensa es de fuentes propias y de otros medios, redes
alternativas, movimientos sociales y organizaciones de izquierda. Suscripciones,
Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080
size=3>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A>
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>