<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<HTML><HEAD>
<META http-equiv=Content-Type content="text/html; charset=iso-8859-1">
<META content="MSHTML 6.00.2900.2523" name=GENERATOR>
<STYLE></STYLE>
</HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><U><FONT size=5>boletín informativo - red 
solidaria de revistas</FONT></U><BR><FONT color=#800000 
size=6><EM>Correspondencia de Prensa</EM></FONT><BR>Año IV - 27 de&nbsp;enero 
2007 - Redacción: </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG></STRONG>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>O mito do fim da era 
Palocci</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>PAC: Pacote econômico de Lula isenta 
ricos e aprofunda arrocho aos pobres <BR><BR>Medida é o primeiro passo para 
reformas e privatização<BR><BR>Diego Cruz</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A 
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG><FONT 
size=3>http://www.pstu.org.br/</FONT></STRONG></A><BR><BR><BR>O governo Lula 
divulgou oficialmente, no início da tarde do dia 22 de janeiro em Brasília, o 
tão anunciado PAC (Plano de Aceleração Econômico). Alardeado como um milagroso 
pacote capaz de impulsionar o crescimento econômico do país, o PAC traz mais do 
mesmo do que foi a tônica do primeiro mandato de Lula: benefícios aos 
empresários e arrocho aos trabalhadores. Isenções de impostos para as grandes 
empresas, arrocho no salário mínimo e para o funcionalismo federal. Aproveitando 
o disfarce do “estímulo ao crescimento”, o pacote traz a ponta para a reforma da 
previdência e para a privatização das estatais.<BR><BR><STRONG>Os de cima 
sobem</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>O governo anuncia um investimento de R$503,9 bilhões, 
principalmente em obras de infra-estrutura nos próximos quatro anos. Desse 
montante, 86% viriam das estatais e da iniciativa privada. O plano trata 
principalmente da infra-estrutura, especificamente do setor ligado aos 
transportes, como portos, rodovias e hidrovias.<BR><BR>A idéia é garantir 
isenção aos setores ligados à área, como os responsáveis por maquinário, 
equipamentos, matéria-prima e construção civil, fomentando o investimento 
privado. O objetivo seria solucionar os “gargalos” da produção, facilitando o 
transporte de produtos e diminuindo os custos aos empresários, sobretudo aos 
ligados à exportação. Desta forma, o que a União arrecadaria em impostos (a 
empresa que investir em infra-estrutura terá isenção no PIS/Cofins), será 
revertido em prol do aumento dos lucros dos próprios empresários.<BR><BR>Além 
disso, o plano criaria um fundo destinado a investimentos no setor utilizando 
para isso R$5 bilhões do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Hoje, os 
recursos do FGTS só podem ser utilizado em obras de saneamento e 
habitação.<BR><BR>O governo Lula age exatamente com a mesma lógica de todos os 
governos burgueses no marco da globalização: para investir na economia, é 
preciso “estimular as empresas, aumentando seus lucros”. Essa é apenas uma 
ideologia a serviço do grande capital, imposta nos últimos anos como “pensamento 
único”. <BR><BR>E não passa disso: uma ideologia, uma falsa consciência a 
serviço da dominação dos poderosos, desmentida pela própria história do país. Os 
grandes planos de investimento na infra-estrutura do país, como em energia 
elétrica, siderurgia ou petróleo, foram através das estatais. O que tem se visto 
como “investimentos privados” em geral tem se traduzido em aumentos dos lucros 
das grandes empresas e fracassos, como o apagão elétrico de FHC. <BR><BR>Os de 
baixo descem<BR>Já para os trabalhadores, é o inverso: arrocho salarial, também 
para garantir o “aumento dos investimentos”. O PAC prevê, a partir de 2008 e até 
2023, uma regra para o reajuste do salário mínimo que leve em conta a inflação 
do ano mais o crescimento do PIB de dois anos antes. Ou seja, em 2008 o mínimo 
teria um reajuste real de menos de 3%. Desta forma, o governo pretende 
institucionalizar o mínimo de fome para os próximos 15 anos. <BR><BR>Já os 
servidores públicos continuarão amargando uma brutal defasagem salarial. Pelo 
Plano, o governo impõe um teto ridículo para o reajuste salarial de, descontando 
a inflação, 1,5% ao ano. <BR><BR>Mais uma vez, essa ideologia só serve aos 
lucros do grande capital. Caso fosse verdadeira, as décadas de 1980 e 1990 não 
teriam sido as verdadeiras “décadas perdidas” para o crescimento nacional. Foram 
anos de um brutal arrocho salarial que não se traduziram em forte crescimento do 
país, mas num fantástico aumento dos lucros das grandes empresas. 
<BR><BR><STRONG>Reforma e privatização</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>O PAC propõe, ainda, a formação de um fórum de debates 
para elaborar e sistematizar a reforma da Previdência. O fórum funcionaria nos 
moldes do Fórum Nacional do Trabalho (FNT), constituído por representantes do 
governo, empresários e a cúpula das centrais sindicais, que elaborou a proposta 
de Reforma Sindical que está no Congresso. Uma vez constituído, o grupo teria 
seis meses para finalizar a proposta.<BR><BR>Para “estimular o crescimento”, o 
governo diz ser necessário acabar com o déficit da previdência. Mais uma 
ideologia, mais uma mentira. Como a Auditoria da Dívida vem denunciando já há 
muitos anos, não existe déficit no sistema de Seguridade Social e sim superávit. 
O governo desvia, conscientemente, parte das receitas da previdência para pagar 
a dívida externa e justificar a necessidade desta reforma. <BR><BR>O governo, 
agora, quer aumentar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos. Porém, 
consciente de que essas medidas são impopulares, está montando um Fórum de 
burgueses e pelegos para legitimar este assalto aos bolsos dos 
trabalhadores.<BR><BR>Como se isso não bastasse, o governo estuda a venda de 
ações de estatais para levantar recursos para o PAC. Segundo o jornal Folha de 
S. Paulo, Lula encomendou um levantamento das ações de estatais que despertam 
interesse no mercado. Apesar do governo negar tal intenção, o Plano de 
Aceleração cria o CGPar (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e 
de Administração de Participações Societárias da União), cujo objetivo é 
justamente estudar a venda de ativos da União. Aqui se desmente, mais uma vez , 
a farsa da campanha eleitoral, quando Lula atacou Alckmin pelo passado do PSDB 
de privatizar as estatais. Agora Lula quer fazer o mesmo. <BR><BR><STRONG>O mito 
do fim da era Palocci</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Ao contrário do suposto fim da “era Palocci”, alardeado 
pela imprensa e por setores do próprio governo, as medidas revelam a perpetuação 
do modelo econômico neoliberal aprofundado por Lula em seu primeiro mandato. 
“Esse pacote é fruto do que foi plantado na era Palocci” , explica o ex-ministro 
da Fazenda Carlos Langoni, atual diretor do Centro Econômico Mundial da Fundação 
Getúlio Vargas, em entrevista à Globo News.<BR><BR>Mais do que isso, o PAC não 
pretende encerrar toda a política econômica do governo nos próximos quatros 
anos, constituindo apenas o primeiro passo para as reformas neoliberais. “Esse é 
só o primeiro passo. Todos estamos esperando os passos seguintes”, afirma 
Langoni, referindo-se a medidas “estruturais”, como a desindexação do reajuste 
das aposentadorias e pensões ao salário mínimo. <BR><BR>A Conlutas vem, 
corretamente, ajudando a concretizar uma ampla frente contra as reformas 
neoliberais. É necessário envolver todos os setores dispostos a enfrentar estes 
planos do governo Lula. 
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080 size=3>La información difundida por 
Correspondencia de Prensa es de fuentes propias y de otros medios, redes 
alternativas, movimientos sociales y organizaciones de izquierda. Suscripciones, 
Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A> 
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>