<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<HTML xmlns:o = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" xmlns:st1 =
"urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags"><HEAD>
<META http-equiv=Content-Type content="text/html; charset=iso-8859-1">
<META content="MSHTML 6.00.2900.2523" name=GENERATOR>
<STYLE></STYLE>
</HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><FONT size=5><U>boletín informativo - red
solidaria de revistas</U></FONT><BR><FONT color=#800000
size=6><EM>Correspondencia de Prensa</EM></FONT><BR>Año IV - 16 de mayo 2007 -
Redacción: </FONT></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify> </DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra realiza maior congresso de sua história</FONT>
</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT
size=3></FONT><BR></STRONG></FONT><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT
size=3>Entre 11 e 15 de junho, mais de 15 mil militantes do MST se reunirão em
Brasília em defesa da reforma agrária com justiça social e soberania
popular</FONT><BR> <BR>Jonas Valente *</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Agência Carta Maior,
14-5-2007</STRONG><BR> <BR> <BR>De cinco em cinco anos, o Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) realiza seu congresso nacional. O
primeiro evento da organização foi em 1985, na década marcada por uma onda de
mobilizações populares que incluíram das greves do ABC paulista à luta pela
redemocratização, passando pela criação de entidades importantes como a Central
Única dos Trabalhadores, o Partido dos Trabalhadores e o próprio MST. Em evento
realizado na última semana em Brasília para marcar o lançamento de 5o congresso
nacional, João Pedro Stedile, da coordenação nacional do movimento, relembrou
histórias da formação deste que é um dos principais movimentos sociais do país.
<BR><BR>Segundo Stedile, o MST foi resultado do crescimento cada vez maior de
lutas por terra no País, que começaram de maneira isolada para resolver
problemas de pequenos agricultores que muitas vezes eram apartados de suas
terras. No combate a esta situação, três vertentes formaram o então nascente
movimento: os integrantes da Comissão Pastoral da Terra, pessoas ligadas ao
sindicalismo combativo de trabalhadores rurais e militantes partidários de
esquerda. “O nome MST quem deu foi a sociedade, se fosse por nós a gente se
chamaria ‘movimento de pessoas que lutam pela reforma agrária’, mas começaram a
nos chamar a assim aí não tinha quem mudasse”, lembrou o dirigente.
<BR><BR>Destas tradições surgiu a proposta de um Congresso voltado para a
“celebração” e para a “construção da unidade”, e não para a disputa política
interna ao movimento. A segunda edição foi em 1990, em uma época dura para o
movimento. Então iniciando o primeiro governo eleito por voto direto após a
ditadura, o presidente Fernando Collor de Mello aprofundou a repressão ao MST
chegando a criar uma delegacia especializada para o movimento na Polícia
Federal. A derrubada do hoje senador da república pelo estado de Alagoas
representou um momento de respiro para o movimento. <BR><BR>Os outros dois
congressos se deram na era de Fernando Henrique Cardoso, na qual o MST se
destacou por ser uma das principais resistências organizadas na sociedade na sua
luta pela reforma agrária durante os oito anos marcados pelo desmonte do Estado
e pela promoção do projeto neoliberal no Brasil. <BR><BR>Se respeitada a ritmo
usual, o 5o congresso deveria ter sido realizado em 2005, mas a crise política
que eclodiu em junho daquele ano por conta das denúncias de caixa 2 e pagamento
de dinheiro não-contabilizado a deputados da base governista, gerou o adiamento
o evento. Em 2006 vieram as eleições e novamente a coordenação do MST optou por
postergar a realização do encontro por considerar que o clima eleitoral
atrapalharia a mobilização e o debate entre os integrantes do seu movimento.
<BR><BR>Mais voltado para a formação política e a integração dos militantes do
MST, o Congresso não tem função eletiva. As direções estaduais e nacional são
eleitas nos encontros nacionais do MST a cada dois anos (o próximo deve ocorrer
no início de 2008). <BR><BR><STRONG>Justiça social e soberania
popular</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>A espera fez crescer a organização para o congresso deste
ano. Estão sendo esperadas mais de 15 mil pessoas em Brasília, no ginásio Nilson
Nelson. Segundo informações do movimento, é o maior congresso da história do
MST. O lema escolhido foi “Reforma Agrária por Justiça Social e Soberania
Popular”. Para Stédile, a compreensão atual de reforma agrária do governo
federal, o descumprimento da lei e a falta de desapropriação de terra leva o
programa a ter um papel de compensaçao social. O novo sentido de reforma agrária
afirmado no lema do 5o congresso inclui duas novas idéias. <BR><BR>A justiça
social vem para ampliar a noção do tema tradicional do movimento e mostrar que
este deve ser uma preocupação de toda a sociedade no bojo da luta pela
distribuição equitativa das riquezas produzidas e do acesso à terra. A soberania
popular foi incluída pela avaliação do MST de que a luta opõe o modelo camponês
de produção ao agronegócio. Enquanto este último teria como função apenas
acumular concentrando cada vez mais renda e entregando o meio ambiente ao
capital internacional, a agricultura camponesa significa o comando dos recursos
naturais pelo povo brasileiro. <BR><BR>As demandas do movimento devem ir a
público através de uma grande marcha por Brasília. Também é possível que,
durante o Congresso – mas descolado de sua programação – ocorra uma audiência
com o presidente Lula, solicitada há tempos. Sobre a relação do movimento com o
governo, a direção diz que o MST quer uma reunião com Lula antes de falar com os
ministros, uma vez que a política nacional de reforma agrária é definida
basicamente pelo presidente. “É uma opção tática. Avaliamos que, no momento, o
governo não tem nada a oferecer em termos de reforma agrária. Mas temos que
falar com Lula antes” explica Gilmar Mauro, da direção nacional do MST em São
Paulo. <BR><BR><STRONG>Sem terrinhas</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>O 5o congresso nacional do MST vai bater recorde também
de crianças e adolescentes. São esperados mais de 1000 “sem-terrinhas”. Para
abrigá-los, foi lançada uma campanha de doações de roupas, cobertores e material
escolar. Segundo a coordenadora do comitê de apoio aos “sem-terrinhas”, Sonia
Hypólito, a presença da nova geração já nascida no bojo da história do MST é
fundamental, pois significa novas pessoas cuja formação está diretamente
relacionada com o “novo mundo” que se deseja construir. <BR><BR>* Colaborou
Verena Glass
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080 size=3>La información difundida por
Correspondencia de Prensa es de fuentes propias y de otros medios, redes
alternativas, movimientos sociales y organizaciones de izquierda. Suscripciones,
Ernesto Herrera: </FONT></EM></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT color=#000080
size=3>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A>
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>