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<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><FONT size=5><U>boletín informativo - red 
solidaria</U></FONT><BR><FONT color=#800000 size=6><EM>Correspondencia de 
Prensa</EM></FONT><BR>Año IV - 1º de junio 2007<BR>Redacción y suscripciones: 
</FONT></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3></FONT></STRONG>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Entrevista a José Batista 
(MST)</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3></FONT></STRONG>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Reforma agrária é demanda atual e exige 
a massificação da luta popular&nbsp;&nbsp;&nbsp; 
<BR></FONT></STRONG></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Valéria 
Nader&nbsp;&nbsp;&nbsp;</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Correio da Cidadania, 
30-5-2007&nbsp;</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A 
href="http://www.correiocidadania.com.br/"><STRONG>http://www.correiocidadania.com.br/</STRONG></A><BR></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Qual o sentido das mobilizações do 
MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, nesses últimos meses, com 
novas ocupações de terras ao longo de todo o país?&nbsp; Estaríamos mesmo diante 
de bandalheiros, que ano após ano vêm badernando como crianças mal criadas, 
quando não criminosas, conforme nos faz crer uma mídia que, quase em coro, 
deprecia das formas mais sorrateiras a atuação dos movimentos sociais?&nbsp; Ou 
estaríamos frente a uma luta anacrônica, de utópicos e ingênuos militantes, que 
ainda acreditam existir uma questão agrária a resolver em nosso país, mesmo que 
diante dos altos índices de produtividade agrícola e da conclusão da 
urbanização, conforme enunciado em estudos recentes de intelectuais do 
ramo?&nbsp; O militante do MST José Batista faz frente a essas apreciações, com 
a visão, argumentos e justificativas de quem vive e estuda, desde dentro, a 
realidade agrária do país. <BR><BR><BR><STRONG>Correio da Cidadania: O MST 
intensificou, nos últimos meses, suas ações pelo país. Qual o sentido e o 
significado de tais ações?</STRONG><BR><BR>José Batista: É uma luta do movimento 
em função de que a reforma agrária no Brasil está paralisada. As manifestações 
que ocorreram com os assentados são uma demonstração real, em torno de 150 mil 
famílias país afora estão há muito tempo - algumas cinco, seis ou sete anos - 
aguardando o assentamento. As ações que o movimento organizou são muito mais em 
função dessa demanda acumulada, relacionada à reforma agrária. Não está em curso 
nenhum plano sobre a proposta que defendemos há algum tempo e na qual várias 
pessoas se envolveram, intelectuais inclusive, relativa à intervenção do governo 
para resolver a questão da demanda. Essa jornada ocorre justamente em função 
desta demanda acumulada.<BR><BR><STRONG>CC: O que significa uma reforma agrária 
efetiva hoje em nosso país? Qual a importância de sua realização?</STRONG> 
</FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>JB: Os movimentos sociais entendem a reforma agrária como 
uma forma de geração de empregos no campo, que passa por distribuição de terra, 
de condições de produção, educação e moradia digna. É uma estratégia para 
resolver os problemas de milhares de famílias que querem produzir no 
campo.<BR><BR>Por outro lado, temos muitas terras disponíveis, improdutivas, 
terras públicas, e temos um número grande de famílias que os movimentos sociais 
organizam. No caso do MST, são 150 mil famílias, e ao todo são 230 mil famílias 
no Brasil que lutam pela reforma agrária.<BR><BR>E essa reforma agrária só tem 
sentido se pensarmos outro modelo para o campo brasileiro, que tem um papel a 
cumprir. Esse papel é a produção de alimentos, a preservação ambiental, levar a 
educação e a cultura para o campo. Inclusive, isso é contra o modelo que está em 
curso, que é o da concentração da terra - defendemos a "desconcentração" da 
terra e a destinação das terras improdutivas e públicas para as famílias que vão 
produzir alimento -, de monoculturas em grande extensão - em um período próximo, 
corremos o risco de destruição ambiental. Esse modelo da grande monocultura 
hegemonizada pelo velho latifúndio, com o apelido de agronegócio, não tem 
perspectiva nem de geração de empregos e nem de produção de alimentos. Mesmo o 
trabalho que gera é de total exploração, como no caso do corte da cana. Isso sem 
falar na degradação ambiental.<BR><BR>O destino desses produtos, dessas 
matérias-primas, não é resolver o problema do povo brasileiro. É pagar os juros, 
garantir o lucro de meia dúzia de banqueiros, garantir o superávit primário. 
Quem mais lucra nesse país é o capital especulativo e os bancos, duas ou três 
multinacionais que controlam o mercado de máquinas e de insumos e, inclusive, a 
comercialização desses produtos.<BR><BR>Para nós, a reforma agrária é pensar um 
outro modelo, um outro papel para a agricultura. É pensar uma outra maneira de 
ver o campo. A nossa matriz é a do velho latifúndio; queremos inverter essa 
lógica, levando muitas famílias para viver no campo, com condições de educação, 
de infra-estrutura, de moradia, de cultura, e produzindo alimentos. Resolve-se, 
assim, o problema do povo brasileiro, e não o problema do mercado, do pagamento 
de juros, de meia dúzia de multinacionais que destroem o meio ambiente. </DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>CC: Qual seria a estratégia para essa efetiva 
distribuição de terras no atual momento histórico?</STRONG><BR><BR>JB: A 
estratégia é deflagrar o enfrentamento entre estes dois projetos: o modelo para 
o povo brasileiro, para a agricultura e para o conjunto da sociedade, contra 
esse modelo que está sendo implementado e que agora, com a popularidade do 
etanol, se intensifica ainda mais. A luta que promovemos em março, em abril e 
agora em maio faz parte dessa estratégia. <BR>A reforma agrária, estando nesse 
patamar de enfrentamento de modelos, passa por um processo profundo de 
transformações, e deve portanto contar com a participação de outras forças 
políticas. Só o enfrentamento, só a luta concreta é que pode levar à alteração 
dessa correlação de forças.<BR><BR><STRONG>CC: Como você enxerga a relação do 
governo com esse modelo que está a cada dia mais patente, especialmente no que 
concerne à sua ligação com o agronegócio e com os 
biocombustíveis?</STRONG><BR><BR>JB: É uma prova concreta de que não há vontade 
de mudanças, de que não está em curso nenhum processo de mudança estrutural no 
país, não está em curso a reforma agrária, não está em curso a inversão da 
lógica que levaria a pensar o país a partir das necessidades do povo brasileiro. 
A questão dos biocombustíveis prova que, na agricultura, a prioridade é para o 
grande capital, principalmente o capital internacional. Pensamos em produzir 
etanol não para colocá-lo no tanque dos ônibus para melhorar a condição do 
transporte coletivo - até porque o álcool é um combustível fraco, que não move 
ônibus. É um combustível de consumo da classe média, que não resolve os 
problemas coletivos do povo.<BR><BR>Se fosse para resolver as necessidades 
energéticas do povo brasileiro, não haveria por que multiplicar por cinco, por 
dez, a produção da monocultura de cana. Estamos condenando a terra brasileira a 
produzir álcool ao invés de produzir alimento, destruindo o meio ambiente e 
colocando a vida de trabalhadores em jogo para produzir litros e litros de 
álcool para a exportação, para manter uma sociedade de consumo ao estilo 
norte-americano. Trata-se de manter um padrão de consumo movido a carros 
individuais - um modelo de sociedade em crise. Trata-se de incentivar a produção 
do álcool para alimentar os carros de quem tem o seu próprio veículo. Esse 
modelo não serve para nós brasileiros.<BR><BR>Estamos, ademais, diante do 
incentivo a uma monocultura que se constitui em uma matéria-prima para a 
exportação, como é o caso do eucalipto, da soja, e que ainda destroem o cerrado 
e a Amazônia brasileira.<BR><BR>Está evidenciado, portanto, que estamos frente a 
dois modelos em disputa, e não há sinalizações do governo federal em priorizar 
aquele que é o mais condizente com o país e com o seu povo. A panacéia do etanol 
constitui clara sinalização do aprofundamento do modelo do agronegócio. Se não 
conseguirmos barrá-lo, restará uma tragédia para a humanidade, para o povo 
brasileiro, para a biodiversidade e para os recursos naturais. O que está em 
jogo para esse modelo não é a vida do povo, do trabalhador do corte da cana. O 
que lhe interessa é o lucro de algumas poucas empresas brasileiras e de um 
grande número de empresas multinacionais.<BR><BR><STRONG>CC: O MST esteve 
próximo do governo durante o primeiro mandato de Lula, até mesmo pelo seu 
histórico próximo ao PT. Como o movimento se posicionará nesse segundo mandato 
em face desse diagnóstico, do qual se deduz uma clara priorização do agronegócio 
pelo governo? Há como lutar e levar adiante suas estratégias sem um 
enfrentamento maior?</STRONG><BR><BR>JB: Um dos maiores princípios do MST nos 
seus 23 anos de existência é a sua autonomia política, que mantemos com qualquer 
que seja o governo. No primeiro mandato de Lula, não fizemos parte do governo e 
não houve nenhum combinado de não fazer luta. Ao contrário, todo o nosso 
esforço, desde o período de FHC - cujo modelo não mudou -, é para o 
enfrentamento. Isso não será diferente nesse período, independente, enfatizo, de 
qual seja o governo. O capital tem as suas formas de se institucionalizar, e 
lutamos contra o capital, contra a sua forma de exploração da agricultura. Se 
qualquer governo se identifica mais com esse projeto do que com o nosso, a luta 
não é com ele, mas sim contra o modelo. Governos de plantão estão a serviço da 
hegemonia, e quem hegemoniza atualmente é o capital.<BR><BR>Hoje, a tarefa do 
movimento continua ser manter a sua autonomia e ajudar a organizar e participar 
de todas as lutas, seja dos sem-terra ou de outras categorias, e trabalhar a 
unidade com outros movimentos, para ampliar a capacidade de luta, quem sabe 
massificá-la. Assim poderemos ter bandeiras maiores, em função de uma outra 
concepção de sociedade, com mudanças mais profundas.<BR><BR><STRONG>CC: Mas essa 
luta é possível sem ruptura com o governo Lula?</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>JB: Ruptura não haverá, pois não existe acordo nenhum. O 
governo tem o seu caminho a escolher; nós escolhemos o caminho da luta e do 
enfrentamento a esse modelo. Esse é o desafio que está colocado para o 
movimento, e só no dia em que tivermos grandes mobilizações das grandes massas é 
que teremos força. Não vai ser uma posição mais radical ou menos radical que irá 
resolver a situação; precisamos priorizar o trabalho de base, principalmente com 
a juventude que está sem perspectivas nas periferias dos grandes centros, com os 
desempregados. Estamos com essa disposição, para que, quando houver um nível de 
consciência na classe trabalhadora que capacite a mobilização, possamos, 
independentemente de qualquer governo, propor essas mudanças e imprimi-las. Esse 
é o principal desafio.<BR><BR><STRONG>CC: A massificação da luta é, portanto, 
uma condição hoje essencial para que se reverta a correlação de forças de modo 
favorável aos trabalhadores.</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>JB: Sim, e a reforma agrária passa a ser uma luta do 
conjunto da classe trabalhadora, assim como a luta pelos direitos dos 
trabalhadores. O MST se inclui na luta pelos direitos trabalhistas, contra a 
reforma da Previdência e contra a proibição de greve. Há uma luta maior a ser 
travada, e a bandeira da reforma agrária deve estar nesse contexto. Não queremos 
resolver o problema somente dos sem-terra, a reforma agrária passa por um 
projeto de sociedade, de mudar o modelo de sociedade - inclusive de como se 
relacionar com a natureza, de como garantir a preservação ambiental, a 
preservação da água, de como garantir a soberania alimentar. E, por que não, a 
soberania energética. Ao invés de vender a nossa matéria-prima, explorar os 
trabalhadores e a natureza para vender biocombustível - que de bio não tem nada, 
na verdade é a agroenergia, energia que provém da agricultura -, precisamos 
pensar em energia para o povo brasileiro.<BR><BR><STRONG>CC: E essa massificação 
da luta passa também essencialmente pelo desenvolvimento da percepção de que a 
questão agrária continua atual e pendente, e de forma ainda mais forte, em face 
do evidente aguçamento da oposição entre dois modelos para o campo, um voltado 
para o capital e outro para o povo - ao contrário do que alguns intelectuais 
estão dizendo.</STRONG><BR><BR>JB: Chico Graziano diz que a reforma agrária é o 
problema de um movimento ideologizado, que não há mais sem-terras no Brasil, que 
não há mais latifúndio. Porém, estamos tropeçando todos os dias em latifúndios 
improdutivos, em terras públicas sendo apropriadas indevidamente por grileiros, 
estamos vendo a destruição da Amazônia brasileira em função da 
monocultura.<BR><BR>Para resolver essa questão agrária, são necessárias medidas 
contundentes - por exemplo, está na mesa do presidente da República, desde 1975, 
a mudança do índice de produtividade. Desde então, está sem 
atualização.<BR><BR>Se esses intelectuais estão realmente convencidos, conforme 
seus discursos, de que estão sendo resolvidos os problemas no campo e na 
produção, qual o medo de mudar o índice? Se está tudo resolvido, qual o 
problema? A realidade é que houve muitos avanços nas técnicas produtivas 
agrícolas no Brasil, sem dúvida alguma, mas os índices continuam os mesmos de 32 
anos atrás, quando meio boi por hectar era considerado produtivo. </DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>CC: Trata-se então de um discurso produzido para 
avalizar o capital?</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>JB: Claro, e manter a economia no campo com base no 
latifúndio, que é a nossa ferida histórica. O latifúndio é algo atrasado, que 
reproduz a cultura do atraso. E agora propõem que tudo continue como há 500 
anos, com a monocultura voltada à exportação. <BR>Não há nada de novo no campo 
brasileiro, é o velho latifúndio que reproduz as mesmas formas de exploração - 
inclusive o trabalho escravo, o trabalho infantil, e a uma velocidade muito 
grande de destruição do meio ambiente. Quando exportamos soja e eucalipto, 
álcool e açúcar, estamos exportando a nossa água doce.<BR><BR><STRONG>CC: 
Insistindo um pouco nessa relação com o governo, a partir dos olhares externos, 
enquanto setores mais à esquerda notam um distanciamento do governo em relação 
às demandas do sem-terra, os críticos mais à direita - e aqui em função do 
próprio histórico de lutas do MST e do PT - chegam mesmo a fazer acusações de 
que o MST se utiliza de recursos públicos para simular ataques às políticas 
federais. O que você diria frente a tais argumentos?</STRONG><BR><BR>JB: Como 
disse, o MST mantém a sua autonomia, inclusive em relação a recursos 
provenientes do governo. Os recursos do governo que chegam aos assentamentos são 
recursos oficiais, pois o assentamento é um espaço oficial de atuação do 
governo. Os parcos recursos que o governo disponibiliza são aplicados na 
educação e capacitação nos assentamentos, em condições ainda precárias. O MST se 
dispõe a cumprir um papel no campo que é o da preparação, da educação e da 
organização dos assentados, funções que o próprio Estado não desempenha. Os 
recursos para os assentamentos são insuficientes para a organização de escolas, 
de moradia, de estradas, de cultura e lazer de qualidade. </DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>CC: Quais são os desafios imediatos que estão 
colocados e as ações programadas?</STRONG><BR><BR>JB: Vamos realizar, em junho, 
o Congresso Nacional do MST, e estamos priorizando a unidade de todas as forças 
populares no Brasil para fazer essa grande mobilização, esse processo de 
preparação da consciência dos trabalhadores, para entendermos o caráter do 
enfrentamento com o capital que estamos vivendo e o papel dos movimentos. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O fundamental agora é evitar sectarismos e ver o que é 
possível construir conjuntamente, com a perspectiva de uma luta maior, por 
mudanças na sociedade, para a construção do socialismo no Brasil - socializar a 
terra, os meios de produção, pensar o Brasil para o povo brasileiro, e não para 
resolver o problema de uma sociedade internacional que está em crise. Não temos 
que produzir matéria-prima para resolver o problema de um país como os EUA, que 
quer ser o império do mundo, mas sim pensar num projeto que tenha a cara do povo 
brasileiro. Essa é a crise que vivemos; o Brasil não tem soberania, está 
totalmente dependente do capital internacional. 
<HR>
<STRONG><EM><FONT color=#000080 size=3>Correspondencia de Prensa, difundido por 
la red solidaria de información. Los artículos firmados no comprometen la 
opinión editorial del boletín.&nbsp; Redacción (Ernesto Herrera). Suscripciones: 
</FONT></EM></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><EM><FONT 
color=#000080 size=3>germain5@chasque.net</FONT></EM></STRONG></A>
<HR>
&nbsp;<BR><BR>&nbsp;</FONT></DIV></BODY></HTML>