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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><FONT color=#800000><EM><U><FONT
size=5>correspondencia de prensa - boletín solidario</FONT></U></EM>
<BR><FONT color=#ff0000 size=6>Agenda Radical</FONT><BR>Edición internacional
del Colectivo Militante<BR><U>12 de febrero 2008</U><BR>Redacción y
suscripciones:</FONT> </FONT></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
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<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
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<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Crise mundial já reforçou o
conservadorismo e o estrangulamento social
<BR></STRONG></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Fernando
Silva *</STRONG></FONT></DIV>
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<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG>Correio da Cidadania,
7-2-2008</STRONG></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><A
href="http://www.correiocidadania.com.br/"><STRONG>http://www.correiocidadania.com.br/</STRONG></A></FONT></DIV>
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<DIV align=justify><BR></DIV></FONT><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify>O ano de 2008 vai se desenhando como um ano de incertezas
diante do agravamento da crise financeira e econômica global, desencadeada em
agosto passado com a crise dos créditos hipotecários norte-americanos.
<BR> <BR>Os indícios de que já estamos no início de uma crise são cada vez
mais evidentes. Grandes bancos em escala internacional registram megaprejuízos
(afinal, a banca européia e asiática também participou da farra que agora se
revela um mico). O consumo das famílias norte-americanas, verdadeiro aspirador
da produção mundial, se retrai. A inadimplência nas prestações da casa própria
se estende agora aos cartões de crédito e ao crediário de automóveis. Houve um
aumento expressivo (mais de 0,5%) no pedido de seguro-desemprego nos Estados
Unidos no último trimestre do ano passado. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Em tempos de capitalismo intensamente globalizado, não
apenas no mundo dos bancos, bolsas e investimentos financeiros, mas também na
cadeia produtiva (há 63 mil empresas transnacionais na China, 93% das quais dos
Estados Unidos, Europa e Japão) e do fluxo intenso do comércio mundial (os
Estados Unidos são hoje o principal mercado das exportações chinesas), a
consolidação de uma recessão na principal economia do planeta, se confirmada,
vai configurar uma crise econômica mundial. Nas atuais circunstâncias do
capitalismo, não há espaço para "descolamento" de nenhuma parcela do mundo em
relação a uma crise recessiva na principal economia do planeta.
<BR><BR><STRONG>Endurecimento na política econômica</STRONG>
<BR> <BR>Independentemente do tamanho e gravidade da crise nos EUA,
impossível de se prever hoje, já se vêem algumas conseqüências imediatas e
possíveis no cenário brasileiro. <BR> <BR>No Brasil, já estamos diante de
um endurecimento na política econômica dos governos federal, estaduais e
prefeituras, especialmente sobre o setor público. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O governo Lula já anunciara um corte de R$ 20 bilhões nos
gastos sociais após o fim da CPMF. Agora que a turbulência mundial já afeta
diretamente previsões da economia (estimativa de queda de 25% no saldo da
balança comercial para este ano, previsão de déficit nas contas externas e
revisão para baixo do crescimento do PIB em 2008), não haverá espaço para
qualquer flexibilidade ou mudança nos parâmetros da política econômica. Pelo
contrário, o governo Lula continuará privilegiando centavo a centavo a
remuneração do capital financeiro, ainda que às custas de desnecessários
sofrimentos para o povo, como para os milhões de brasileiros que dependem da
saúde pública, que deverá estar em estado ainda mais lastimável este ano. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O governo tucano de José Serra está na vanguarda nesse
quesito colocando 18 empresas estatais (CESP, SABESP, Metrô, Banco Nossa Caixa
etc.) e sete rodovias do estado de São Paulo em processo aberto de privatização.
<BR> <BR>Infelizmente, Serra não está sozinho nesta onda privatista, afinal
o governo Lula no segundo mandato retomou o processo de privatização no país com
os Leilões de petróleo e gás, rodovias, hidroelétrica do Rio Madeira, exploração
de florestas. <BR> <BR>E de quebra o governo federal insiste no PAC (a ser
feito com as famigeradas PPPs), colocando o BNDES na linha de frente de
empréstimos e investimentos, para sinalizar ao capital privado que eles podem
vir sem medo para abocanhar a infra-estrutura do país. <BR> <BR>Esses tiros
podem sair pela culatra, pois, em tempos de crise e incertezas mundiais, o
capital vai atrás da reposição rápida das suas perdas e de portos mais seguros,
tendendo a se afastar de investimentos pesados e de longo prazo (como os
requeridos pelo setor de infra-estrutura), especialmente no mundo dos países
periféricos. <BR> <BR>A dificuldade do governo federal em fazer deslanchar
a construção de hidroelétricas com investimentos privados (um dos buracos atuais
do PAC) é um exemplo, que pode resultar em um maior estrangulamento na produção
de energia e no risco de uma nova crise energética no país. <BR> <BR>Por
fim, o Banco Central já volta a cogitar novos aumentos de juros, diante dos
sinais de turbulência na economia doméstica. Medida que pode ser fatal para, a
médio prazo, fazer a crise chegar para valer na economia real. Uma expansão
movida a mecanismos com amplo crédito e empréstimos consignados, como ocorreu no
Brasil nos últimos anos, poderá, com essa ortodoxia neoliberal do BC, conhecer a
sua desaceleração a la Estados Unidos. <BR> <BR><STRONG>Desafios em
2008</STRONG> <BR> <BR>Não devemos perder de vista que a crise econômica já
começou. Outra coisa é a sua duração e gravidade. Historicamente, não estamos
diante de nenhuma novidade: em crises na economia capitalista, a conta costuma
ser destinada fundamentalmente aos trabalhadores. <BR> <BR>Tanto que nem
bem a crise começou e algumas pancadas já estão confirmadíssimas, como a que
afeta os acordos salariais e reajustes dos trabalhadores do setor público.
<BR> <BR>Diante desse quadro, colocam-se em 2008 três desafios para os
socialistas e os movimentos sociais combativos da classe trabalhadora:
<BR> <BR>- Recolocar em debate a construção de um projeto de ruptura com a
política econômica, construindo em termos práticos um programa do ponto de vista
dos trabalhadores, em oposição e em alternativa às "soluções" da classe
dominante e dos governos. <BR> <BR>- Construir uma agenda de iniciativas
para unir as demandas e lutas reais dos movimentos populares, sindicatos, na
defesa dos direitos dos trabalhadores do setor público, no rechaço às
privatizações, aos cortes nos gastos sociais. <BR> <BR>- No processo
eleitoral do segundo semestre, será importante retomar a formação de uma frente
de esquerda, a ser ampliada nos movimentos sociais, para, mesmo no terreno das
eleições municipais, apresentar uma visão coerente de projeto alternativo de
ruptura para o país, sem concessões ao grande capital. Um projeto que seja ponto
de apoio para representar as demandas reais dos pobres nas cidades, que não vão
faltar, pois no âmbito dos municípios também se fará sentir o tacão do
endurecimento da política econômica. <BR> <BR>* Fernando Silva é
jornalista, membro do Diretório Nacional do PSOL e do conselho editorial da
revista Debate Socialista. </DIV>
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<HR>
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<DIV align=center><STRONG><FONT color=#800000 size=3><FONT
size=4>Correspondencia de Prensa - Agenda Radical - Boletín
Solidario</FONT><BR>Ernesto Herrera (editor): </FONT></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT color=#0000ff
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT size=3><FONT
color=#800000>Edición internacional del Colectivo Militante - Por la Unidad de
los Revolucionarios<BR>Gaboto 1305 - Teléfono (5982) 4003298 - Montevideo -
Uruguay</FONT><BR></FONT></STRONG><A
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A></DIV>
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