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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><FONT color=#800000><FONT 
size=5><EM><U>correspondencia de prensa - boletín 
solidario</U></EM></FONT>&nbsp; <BR><FONT color=#ff0000 size=6>Agenda 
Radical</FONT><BR>Edición internacional del Colectivo Militante<BR><U>17 de 
febrero 2008</U><BR>Redacción y suscripciones:</FONT> </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A></DIV>
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<HR>
</DIV>
<DIV align=justify><BR><FONT size=3><STRONG>Brasil</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG>Governo Lula abre as portas ao grande 
capital<BR><BR>Oi e BrT: Governo muda lei para permitir monopólio privado de 
telefonia <BR><BR>A chamada “Supertele” trará monopólio nacional privado para a 
telefonia</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG>Trabalhadores pagarão a conta: mais 
tarifas e mais impostos<BR><BR><FONT size=2></FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG>Marcos 
Margarido<BR></STRONG><STRONG></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG><FONT 
size=2></FONT></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG><FONT size=2>Partido Socialista Dos 
Trabalhadores Unificado (PSTU)</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><A 
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG>http://www.pstu.org.br/</STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify><BR><BR>Na quarta-feira, 13 de fevereiro, o governo federal, 
através do Ministério das Comunicações, enviou à Agência Nacional de 
Telecomunicações (Anatel) uma proposta de mudança das regras de funcionamento do 
setor de telecomunicações do país. No documento são solicitadas alterações do 
Plano Geral de Outorgas (PGO) para que o país deixe de ser dividido em áreas de 
atuação, possibilitando que as empresas de telefonia possam ter abrangência 
nacional.<BR><BR>Segundo o PGO, atualmente não é permitida a venda de uma 
empresa a outra que atue em área diferente. Com a privatização da Telebras, em 
1998, a BrT ficou com a região Sul, Centro-oeste e com os estados de Tocantins, 
Rondônia e Acre. A Telefônica venceu o leilão no estado de São Paulo, enquanto a 
Oi (ex-Telemar) abocanhou o resto do país (Norte e 
Leste).<BR><BR>Coincidentemente, a Abrafix, que representa os interesses das 
operadoras de telefonia fixa, enviou carta à Anatel pedindo liberdade para a 
transmissão de conteúdo áudio-visual (isto é, permissão para utilizar a rede de 
telefonia fixa para transmissão de TV a cabo) e o fim do impedimento de que uma 
mesma empresa atue em áreas diferentes, entre outros pedidos.<BR><BR>Para 
completar o quadro, a Oi está em negociações com a Brasil Telecom (BrT) para a 
compra de seu controle acionário, o que hoje é proibido pela legislação, 
inclusive com uma intensa campanha de propaganda da Oi nos meios de comunicação. 
O processo de compra ficou conhecido como Supertele, pois, caso se concretize o 
negócio, a Oi terá praticamente monopólio nacional de telefonia 
fiza.<BR><BR><STRONG>Governo Lula abre as portas ao grande 
capital</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>A Anatel foi criada em 1997 pela Lei 9.472 e preparava a 
privatização do setor de telecomunicações do país, o que ocorreu com o leilão da 
Telebras pelo governo FHC. Esta imposição do governo Lula acaba com a ficção da 
independência política e administrativa, prevista na lei que a criou. A 
obediência cega ao pedido do governo confirma que as Agências Nacionais não 
passam de escritórios de negócios das multinacionais para a garantia de seus 
lucros.<BR><BR>O principal argumento para a privatização da Telebrás, em 1998, 
foi que, com a flexibilização do mercado pela eliminação do monopólio estatal, o 
“regime de livre concorrência” a ser criado possibilitaria a elevação da 
qualidade e quantidade dos serviços prestados e a redução das tarifas. A 
regionalização do país em áreas de atuação tinha o objetivo de impedir que uma 
única empresa, ou um consórcio, estabelecesse um monopólio nacional. <BR><BR>No 
entanto, agora, o documento do governo diz que o esperado aumento da competição 
não ocorreu e que é necessário possibilitar a concorrência nacional entre as 
Teles para que o resultado de redução de tarifas surta efeito.<BR><BR>Da mesma 
forma que Lula anunciou a anistia aos latifundiários da soja responsáveis pelo 
desmatamento da Amazônia e o governo aprova o cultivo e a comercialização do 
milho transgênico no país, cede ao grande capital do ramo de telecomunicações e 
garante o avanço da penetração imperialista no Brasil. <BR><BR>O resultado de 
mais essa ação, realmente “nunca vista antes na história de nosso país”, abre as 
portas à concentração de capitais fazendo com que, do monopólio estatal 
privatizado, cheguemos ao monopólio privado multinacional. O resultado será não 
a redução de preços, mas a demissão de milhares de trabalhadores devido à fusão 
das empresas e a redução do salário dos que ficarem, por causa do aumento da 
concorrência entre eles por uma vaga de trabalho. Esta é a história de todos os 
processos de concentração de capitais em todo o mundo.<BR><BR><STRONG>Mais uma 
vez, nós vamos pagar a conta</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Porém não é só com o aumento de tarifas que os 
brasileiros serão penalizados. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES), um banco estatal de financiamento, anunciou que vai liberar R$ 
2,5 bilhões para a concretização da compra da BrT pela Oi, mais da metade do 
valor do negócio, estimado em R$ 4,8 bilhões.<BR><BR>Neste verdadeiro “negócio 
da China”, não há como perder. A Oi expande seus negócios, com o conseqüente 
aumento de seus lucros. O Brasil paga a metade da conta, com dinheiro que 
deveria ser destinado às melhorias das condições de vida do povo brasileiro. E 
os brasileiros, desde aquele que recebe um salário mínimo para sobreviver e 
utiliza o orelhão da esquina, até aquele de melhor poder aquisitivo, trabalharão 
para garantir o negócio. Numa dupla transferência de recursos: através do 
pagamento de impostos e através da cobrança de tarifas telefônicas mais 
caras.<BR><BR><STRONG>A saída é outra</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Quando os lutadores e ativistas sindicais e políticos se 
mobilizaram contra os leilões de privatização promovidos por FHC, foram acusados 
de impedir o avanço do progresso e dos benefícios que resultariam daí. Os 
governantes de então prometiam reformas que trariam a globalização, e a 
modernidade finalmente chegaria aos brasileiros. As últimas conquistas da 
técnica e da ciência estariam ao alcance de todos, independentemente da situação 
de cada um. A paridade do Real com o Dólar, que permitiu um pequeno período de 
compra de produtos importados e de viagens ao exterior por uma parcela dos 
assalariados era uma prova disso.<BR><BR>Hoje, o governo do PT, um partido que 
era contra as privatizações antes de chegar ao poder, em aliança com o PMDB e 
outros partidos burgueses, chega a uma conclusão parecida daqueles ativistas, de 
que o modelo não propiciou benefícios aos trabalhadores e propõe... mais 
privatização e mais concentração de renda.<BR><BR>Nossa proposta é outra. Se 
queremos que a população brasileira saia deste estado de sobrevivência inumano 
em que vive sua maioria, que os trabalhadores possam ganhar salários 
correspondentes a seu papel na produção da riqueza, que os trabalhadores rurais 
tenham terras para plantar, é necessário romper com o imperialismo.<BR><BR>Ao 
invés do avanço das privatizações, é preciso lutar pela reestatização das 
empresas privatizadas, e para acabar com a farra do uso do dinheiro público pelo 
governo e banqueiros, é necessária a estatização do sistema bancário, sob o 
controle dos trabalhadores.<BR></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=3><FONT color=#800000><FONT 
size=4>Correspondencia de Prensa - Agenda Radical - Boletín 
Solidario</FONT><BR>Ernesto Herrera (editor): <A 
href="mailto:germain5@chasque.net">germain5@chasque.net</A><BR>Edición 
internacional del Colectivo Militante - Por la Unidad de los 
Revolucionarios<BR>Gaboto 1305 - Teléfono (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT><BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A></DIV>
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<HR>
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