<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<HTML><HEAD>
<META http-equiv=Content-Type content="text/html; charset=iso-8859-1">
<META content="MSHTML 6.00.2900.2523" name=GENERATOR>
<STYLE></STYLE>
</HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><FONT color=#800000><EM><U><FONT
size=5>correspondencia de prensa - boletín solidario</FONT></U></EM>
<BR><FONT color=#ff0000 size=6>Agenda Radical</FONT><BR>Edición internacional
del Colectivo Militante<BR><U>23 de febrero 2008</U><BR>Redacción y
suscripciones:</FONT> </FONT></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify> </DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>A farsa do fim
da dívida externa <BR></FONT><BR><FONT size=3>O Brasil zerou sua dívida externa
e já é agora credor. Foi o anúncio realizado com estardalhaço pelo governo Lula
no dia 21 de fevereiro, através do ministério da Fazenda e do Banco Central.
Apenas um olhar mais atento basta para ver que o Brasil, não se tornou credor
dos outros países, nem pagou a dívida externa. Ao contrário do que é dito, a
dívida segue existindo e consumindo grande parte dos recursos que iriam para a
área social<BR><BR>Diego Cruz</FONT><BR><BR></STRONG></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Sitio del
PSTU</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG>http://www.pstu.org.br/</STRONG></A><BR><BR><BR>Segundo
os dados do governo, o total de ativos do país em dólares já supera a dívida
externa do setor público e privado. Isso significaria que toda a dívida externa
poderia ser paga utilizando apenas as aplicações do setor público e privado no
exterior.<BR><BR>O total de ativos do país teria superado o valor da dívida
externa em U$ 4 bilhões, no final de janeiro. Não por acaso, o anúncio foi
realizado em meio à crescente crise financeira e econômica que se espalha no
mundo a partir dos EUA. O esforço é apresentar o Brasil como uma ilha de
tranqüilidade imune aos efeitos da crise. <BR><BR>O presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, ex-deputado do PSDB e presidente do BankBoston, em nota à
imprensa, comemorou o resultado. “Essa melhora significa que estamos superando
gradativamente um longo período caracterizado por vulnerabilidade e crises”,
afirma. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o país está mais
próximo do grau de investimento (investiment grade), espécie de selo de
qualidade concedido pelas agências de classificação de risco aos países bons
pagadores de suas dívidas.<BR><BR>O clima ufanista foi comprado pela imprensa.
“Agora são os gringos que devem ao Brasil”, estampava a capa do jornal Correio
Braziliense. O resultado serviu como justificativa da política neoliberal do
governo Lula. Segundo esse discurso, a política fiscal austera permitiu o
pagamento da dívida externa. “Sem a adoção de nenhuma das propostas históricas
do PT para o problema (moratória, auditoria ou plebiscito), a dívida externa
deixou oficialmente de ser um peso na economia brasileira”, iniciava a matéria
do jornal O Globo sobre o assunto.<BR><BR><STRONG>Como as reservas são
acumuladas?</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>A chamada dívida externa é o conjunto da dívida contraída
no exterior pelo setor público e as empresas aqui instaladas. No setor privado,
é contabilizada como dívida externa tanto a dívida das empresas nacionais quanto
aquelas tomadas por filiais das multinacionais.<BR><BR>Já as reservas
internacionais são os depósitos do Banco Central em moeda estrangeira,
principalmente o dólar. Quando há um investimento estrangeiro no país, o BC toma
esses recursos e repassa o equivalente em moeda nacional. Já quando as empresas
remetem lucros às suas matrizes no exterior, por exemplo, elas trocam o real
pelo dólar guardado no Banco Central. Ou seja, as chamadas reservas
internacionais são a garantia de que o governo e as empresas aqui instaladas
honrarão seus compromissos no exterior.<BR><BR>E como o governo consegue
acumular esses recursos em moeda estrangeira? Além da balança comercial
favorável, ou seja, os dólares que entram no país através das exportações, o
governo concedeu total isenção de imposto aos investimentos estrangeiros. Os
especuladores podem injetar dólares no país sem o menor custo, o que aumentou o
investimento externo. <BR><BR>Grande parte das reservas, porém, vem do chamado
superávit primário, a economia que o governo faz cortando investimentos e
aplicando uma política de arrocho nas contas públicas, tirando recursos de
setores como saúde e educação.<BR><BR><STRONG>Dívida externa x dívida
interna</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>O governo Lula apenas trocou a dívida externa pela
interna, a juros maiores. Desta forma, a dívida interna do país está a
inacreditáveis R$ 1,2 trilhão, ou 65% do PIB, ou o valor de tudo o que país
produz em um ano. O governo paga aos títulos da dívida interna a juros de 12,8%
ao ano, maiores que a taxa básica de juros.<BR><BR>O resultado divulgado pelo
governo e comemorado pelo conjunto da imprensa, ao invés de demonstrar o acerto
da política neoliberal, comprova o aprofundamento dessa política realizada pelo
governo Lula, que beneficia apenas os mesmos setores de sempre: banqueiros e
investidores estrangeiros. Além disso, desde 2006 o Brasil é formalmente
“credor” da dívida externa. O anúncio do governo, além do efeito eleitoral, visa
tranqüilizar os especuladores.<BR><BR><STRONG>Economia dependente</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>A conjuntura mundial que permitiu a acumulação das
reservas está se alterando rapidamente. A crise financeira deve diminuir o
montante de investimentos estrangeiros. A demanda por exportações, oriunda
principalmente da China, também sentirá os efeitos da recessão
norte-americana.<BR><BR>Seguindo sua política econômica pró-imperialista, o
governo, através do Banco Central e sua equipe econômica, já anunciou que
manterá a meta de superávit e, diante das turbulências internacionais, ameaça
aumentar a taxa de juros. <BR><BR>Se existe alguma mudança, principalmente no
que se refere às bandeiras da esquerda, é que precisaremos falar de “dívida
pública” ao invés de tão somente “dívida externa”. De resto, continua tudo como
está, só que pior. A exigência de ruptura com o imperialismo e do não pagamento
das dívidas segue atual. O que é economizado para pagar juros deve ser investido
no povo brasileiro, o maior credor de todos os governos deste país, incluindo o
de Lula.</DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=3><FONT color=#800000><FONT
size=4>Correspondencia de Prensa - Agenda Radical - Boletín
Solidario</FONT><BR>Ernesto Herrera (editor): </FONT></FONT></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT size=3><FONT
color=#800000>Edición internacional del Colectivo Militante - Por la Unidad de
los Revolucionarios<BR>Gaboto 1305 - Teléfono (5982) 4003298 - Montevideo -
Uruguay</FONT><BR></FONT></STRONG><A
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV></FONT></BODY></HTML>