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<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><FONT color=#800000><FONT 
size=5><EM><U>correspondencia de prensa - boletín 
solidario</U></EM></FONT>&nbsp; <BR><FONT color=#ff0000 size=6>Agenda 
Radical</FONT><BR>Edición internacional del Colectivo Militante<BR><U>12 de 
marzo 2008</U><BR>Redacción y suscripciones:</FONT> </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT size=3><STRONG>América Latina<BR><BR>Entrevista a 
Valério Arcary<BR></STRONG></FONT></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><FONT size=3><STRONG>América Latina, 
entre a ruptura e uma nova utopia capitalista</STRONG></FONT> </FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>José Arbex 
Jr&nbsp;*</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Revista Caros Amigos Nº 132, 
março 2008</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><A href="http://carosamigos.terra.com.br/"><FONT face=Arial 
size=2><STRONG>http://carosamigos.terra.com.br/</STRONG></FONT></A><BR><BR><BR><FONT 
face=Arial size=2><STRONG>Não há uma diferença substancial, de natureza, entre 
os governos Chávez e Lula: ambos se mantêm nos limites do regime burguês. Em 
situações distintas, ambos pretendem uma “utopia contemporânea” destinada ao 
fracasso: a impossível regulação social do capitalismo, afirma Valério Arcary, 
para quem a América Latina vive uma vaga revolucionária que, para ser vitoriosa, 
exige a ruptura com o imperalismo. Membro da direção nacional do PSTU (Partido 
Socialista dos Trabalhadores Unificado), doutor em história social pela USP e 
autor dos livros As Esquinas Perigosas da História (Xamã, São Paulo, 2004) e O 
Encontro da Revolução com a História (Xamã, São Paulo, 2006), Arcary concedeu a 
seguinte entrevista a Caros Amigos.</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><BR><STRONG>O que está acontecendo na 
América Latina? Estamos vivendo um novo período revolucionário?</STRONG> 
</FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>A América Latina chegou a um novo momento de impasse 
histórico. Há uma crise de proporções catastróficas, graças à recolonização, que 
se acentuou nos anos 90. Nos últimos quinze anos sofremos processos de 
desnacionalizaçã o e desindustrializaçã o, de aumento das desigualdades sociais. 
Esse processo, mais acentuado num país, menos em outros, fez com que todas as 
chagas históricas do nosso continente adquirissem proporções colossais. Hoje, a 
maioria de sua população vive na miséria biológica, mal consome todos os dias as 
2.000 calorias indispensáveis para a pessoa manter o mínimo de saúde física e 
mental. Apesar de as taxas oficiais de escolaridade se elevarem, mais de metade 
da população não atribui sentido à linguagem escrita. A concentração da 
propriedade, urbana ou rural, agrária ou industrial, móvel ou imóvel, adquire 
proporções muito mais elevadas do que no passado. Todos esses elementos se 
acumularam de tal maneira que se esgotou uma experiência histórica. A partir da 
virada do milênio abriu-se uma situação revolucionária no conjunto do 
continente, com situações nacionais diferentes.</DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>Não soa irônico que justamente um militar de 
carreira, ao chegar ao poder, na Venezuela, tenha assumido a defesa de um 
projeto socialista para a América Latina, o “socialismo do século 
21”?</STRONG>&nbsp; </DIV>
<DIV align=justify><BR>É o padrão da America Latina, não é um fenômeno novo. 
Chávez está associado a uma corrente militar nacionalista, cujo horizonte 
histórico se encontra nos limites do capitalismo, mas que se radicaliza contra a 
exploração imperialista, contra as frações burguesas oligarquizadas. Prestes 
surgiu no Brasil, nos anos 20, liderando o tenentismo, como um movimento&nbsp; 
que expressava a radicalização das novas classes médias urbanas contra a 
burguesia agrária da República Velha. No México, o general Lázaro Cárdenas 
suspendeu o pagamento da dívida externa, depois da crise de 1929, e só voltou a 
pagar ao final da Segunda Guerra. Nos anos 70, houve a experiência do general 
Velasco Alvarado, o chamado socialismo militar, no Peru, e a do general Juan 
Torres, na Bolívia. Então, não há uma surpresa histórica. Mas, podemos falar da 
crise da esquerda venezuelana: se o nacionalismo militar radicalizado adquire um 
peso tão grande, isso diz muito do que aconteceu com a esquerda, e não só na 
Venezuela. Nos últimos quinze anos, houve um furacão, um tsunâmi político, que 
tornou a esquerda latino-americana irreconhecível. Para quem, da nossa geração, 
viu o que foi o sandinismo na Nicarágua no final dos 70, a Frente Farabundo 
Marti em El Salvador, para quem se lembra o que era toda a esquerda inspirada no 
exemplo da Revolução Cubana – como os montoneros e os tupamaros – e até os 
grandes partidos comunistas que tinham peso de massa, como no Uruguai, hoje o 
quadro é desolador. Ex-montoneros colaboram com Kirchner, na Argentina, Daniel 
Ortega colabora com as frações mais poderosas da burguesia nicaragüense, e por 
aí afora.</DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>O que significa, para você, o “socialismo do 
século 21”?</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>É um projeto que mantém as relações de propriedade 
capitalista e uma economia de mercado com um papel regulador forte do Estado, 
cujo objetivo é garantir não só o funcionamento dos serviços públicos, mas um 
certo controle de preços sobre as mercadorias mais essenciais. É, 
fundamentalmente, uma utopia do mundo contemporâneo, um projeto de regulação 
social do capitalismo. Todas as tentativas históricas que foram feitas nesse 
caminho, até hoje, fracassaram. O capitalismo não é regulável, a ruptura é 
inevitável. O capital aceita negociações e faz concessões apenas se houver 
perigo de revolução. Historicamente, podemos ver três experiências em que o 
capital esteve disposto a fazer concessões: no final do século 19, depois do 
terror que foi para a sociedade burguesa européia a Comuna de Paris; à luz da 
experiência trágica dos anos 30 do século 20; e após a tragédia produzida pela 
Segunda Guerra, que abriu o caminho para novas revoluções, porque existia 
outubro de 1917 como exemplo. O capitalismo europeu, no quadro do Plano 
Marshall, fez concessões às classes trabalhadoras e negociou reformas. Em certa 
medida, o pacto social do pós-guerra criou uma regulação limitada, 
estabeleceram- se limites para a exploração da força de trabalho, reconheceram- 
se direitos da classe trabalhadora. Esse grande acordo explica por que o período 
da Guerra Fria foi, em grande medida, de certa estabilidade no centro do 
sistema. Mas, nas sociedades periféricas, esse pacto nunca existiu. As 
concessões são sempre transitórias e efêmeras. Podemos dizer, por exemplo, que 
nos anos 50 foram feitas concessões ao trabalho no Brasil, com a garantia da 
estabilidade de emprego, com a consolidação das leis do trabalho (CLT), mas isso 
decorria, em grande medida, de um fato fundamental: quando acabou a guerra, no 
Brasil, à parte Vargas, o líder popular com maior prestígio era Luís Carlos 
Prestes, eleito ao Senado com 10 milhões de votos, líder de um partido comunista 
com influência de massas. Depois disso, a Constituição de 1988 consagra, 
formalmente, a extensão de direitos que correspondem à intensidade da luta de 
classes nos anos 80. Uma das concessões mais extraordinárias foi a extensão do 
direito de aposentadoria para os trabalhadores rurais, provavelmente a política 
pública de distribuição de renda mais significativa da história do Brasil dos 
últimos cinqüenta anos.</DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>Na Bolívia aconteceu uma coisa que parece ser 
nova, o protagonismo dos povos originários, que também se manifestam com força 
no México e no Equador.&nbsp; O que significa isso?</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>Significa o despertar de grandes massas indígenas 
camponesas que viviam como subcidadãos dentro de suas próprias nações. O 
campesinato latino-americano foi a vanguarda, lembremos, da primeira grande 
revolução do século 20, no México. Hoje, o seu novo protagonismo decorre das 
seqüelas do ajuste neoliberal. Os planos de estabilização da moeda, sobretudo, 
destruíram as condições mais elementares de vida das comunidades camponesas. E, 
por outro lado, a crise econômica crônica criou na América Latina um fenômeno 
novo que é o movimento da migração em massa para os países centrais: 25 milhões 
de latino-americanos foram para o Japão, Europa Ocidental e, majoritariamente, 
para os Estados Unidos. Uma parte da juventude vai embora, foge de seu país, 
isso deixa seqüelas imensas: pauperismo, desemprego crônico, miséria biológica. 
As comunidades camponesas atravessaram o século 20 na pobreza, mas não podemos 
falar em fome. Já nos anos 90, vemos fenômenos de desnutrição, queda da 
acessibilidade à escola, regressão em muitos indicadores sociais chaves, queda 
nos padrões médios de vida, e fome. No Brasil, algo em torno de 100.000 
bolivianos trabalham em condições de semi-escravidã o, e ainda assim o movimento 
de imigração não se interrompe. Por quê? Por causa da mercantilizaçã o da terra, 
de todos os produtos fundamentais, porque não há condições mínimas para eles 
poderem responder às suas necessidades. Então, há um protagonismo com dinâmica 
revolucionária.</DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>Por outro lado, aconteceu uma coisa muito 
interessante nos últimos dez anos: o movimento de massas derruba não mais 
ditadores, mas sim presidentes eleitos, como no Equador, na Bolívia, na 
Argentina. O que isso indica?</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>É um fato histórico novo. Nunca antes dessa experiência 
tínhamos revoluções democráticas contra o regime democrático liberal. As 
situações revolucionárias abriam-se, essencialmente, em situações terminais, 
contra regimes de exceção, ditatoriais. Agora, desabou o tabu marxista de que 
insurreições não triunfavam contra regimes legitimamente sufragados. Ao longo 
dos últimos vinte, 25 anos, tivemos na América Latina regimes democráticos que 
herdaram, das antigas ditaduras, economias semicoloniais, com uma inserção mais 
frágil no mercado mundial, e Estados com peso debilitado no sistema 
internacional. A estagnação produziu o agravamento de todas as doenças sociais: 
delinqüência, marginalização em grande escala, o avanço do crime organizado, a 
lumpenização das sociedades, a migração em massa, a decadência da educação 
pública, das artes, da cultura. Mas as sociedades não podem mergulhar no abismo 
indefinidamente. Essa nova vaga de revoluções democráticas é uma reação. Graças 
à nova vaga, Tabaré, Lula, Ortega, Kirchner não podem mais fazer o que Menem, 
Fernando Henrique e Fujimori fizeram na Argentina, no Brasil ou no Peru. Mas o 
problema de fundo permanece: os imigrantes não voltaram, o desemprego, mesmo 
quando diminuiu, manteve-se num patamar muito mais elevado do que era o quadro 
anterior. Haverá uma segunda onda, provavelmente ainda mais radicalizada, de 
mobilizações da América Latina. O problema de fundo é que o proletariado 
brasileiro não voltou a cumprir o papel que teve em 1978 ou 1984. Em algum 
momento, entre 1993 e 1995, ocorreu no Brasil uma inversão global de forças em 
relação ao período que se abriu entre 1978 e 1989. </DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>Estatísticas recentes da ONU dizem que o Brasil 
entrou para o clube dos países mais desenvolvidos. Isso não é contraditório com 
o quadro de decadência que você descreve?</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>A dinâmica da sociedade brasileira não é ascendente. Como 
explicar que entre 3 e 5 milhões de brasileiros (ninguém sabe exatamente quantos 
são) fugiram do Brasil nos últimos dez anos, para viver em condições subumanas, 
em subúrbios dos Estados Unidos, de Portugal, de Londres, do Japão? Essas 
milhões de pessoas estão entre os mais capazes da juventude, e não por acaso 
remetem 10 bilhões de reais para o Brasil. As massas tentam reagir contra a 
decadência. Primeiro, procuram combinações do voto com soluções negociadas: são 
os governos de centro-esquerda, uns com uma retórica mais radical, como em La 
Paz e em Caracas, outros com uma retórica muita mais moderada, como em Brasília, 
Buenos Aires e Montevidéu, mas com um projeto que, essencialmente, é o mesmo, de 
regulação do capitalismo periférico. Não vejo tanta diferença de projeto entre 
Kirchner, Lula e Evo Morales com suas políticas compensatórias. A rigor, para 
ser justo, o alcance dessas políticas na Argentina foi mais gigantesco. No 
Brasil foram beneficiadas 11 milhões de famílias, o que corresponde a algo como 
15 por cento da população economicamente ativa (PEA). Na Argentina foram 25 por 
cento da PEA. O projeto que está sendo implantado na Venezuela não é muito 
diferente. No fundamental estamos discutindo o seguinte: o projeto de regular o 
capitalismo e atender à satisfação das massas com políticas sociais 
compensatórias tem fôlego ou é uma utopia? </DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>Supondo-se que haja mesmo uma onda revolucionária 
no Brasil, aqui não existem, hoje, organizações de esquerda capazes de liderar 
movimentos de massas na via da ruptura com o capitalismo. Nesse caso, o que 
vamos presenciar? Vagas revolucionárias e subseqüentes derrotas?</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>Há uma acefalia, uma fragilidade da representação 
popular, pela assimetria – para usar um termo que os sociólogos gostam –, da 
representação entre as classes. A burguesia dos nossos países sabe que, para 
dominar, precisa controlar a representação das outras classes, então ela se 
representa a si própria e coopta, atrai as organizações que surgem das lutas 
populares. Mas nem sempre com completo sucesso, porque uma parte das lideranças 
não pode ser comprada nem&nbsp; corrompida. O material humano que surge e se 
desenvolve no combate dos trabalhadores latino-americanos, dos povos 
originários, dos camponeses, da juventude é extraordinário. Surgem nas lutas às 
dezenas, aos milhares. Há uma enorme energia, são países com um peso da 
juventude enorme. Então, desse ponto de vista, há elementos para ser otimista. 
Mas há uma outra dimensão do problema que é trágica, porque os líderes jovens 
que surgem no calor do combate não têm experiência. Esse é o grande desafio dos 
marxistas latino-americanos, o de estar presentes na primeira linha, ao lado dos 
novos lutadores, para que o fio de continuidade da história não se perca. </DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>O PT e a CUT continuam sendo organizações de 
massa. Numa eventual retomada das grandes lutas, que papel eles vão 
jogar?</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>A CUT hoje é ainda uma grande central, mas dificilmente 
agrega mais do que trezentos sindicatos que se dispõem a pagar regularmente suas 
cotas sindicais. Há uma crise financeira tremenda. Se formos comparar quantos 
sindicatos cotizam da Conlutas e quantos cotizam da CUT, vamos ter uma proporção 
melhor de qual o peso efetivo de cada uma das centrais. A CUT já se esvaziou em 
grande medida, ela é hoje um braço do Ministério do Trabalho, então a sua força 
efetiva como aparelho é muito pequena. A capacidade da CUT de fazer uma 
mobilização nacional é menor que a da Conlutas. </DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>Mas a CUT não está interessada em promover 
mobilizações.. .</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>Mas ela tem que fazer, digamos, uma mobilização de 
faz-de-conta, porque acordada com o governo. No fundo, uma mobilização para 
apoiar aquilo que já tinha sido negociado com o governo. Já no caso do PT, 
curiosamente, o seu peso eleitoral está muito mais concentrado nos setores mais 
atrasados do que no momento em que o PT cumpriu um papel progressivo, nos anos 
80. Acho que hoje o PT tem um compromisso de fundo com a estabilidade do regime. 
Há algo de fundo que mudou, algo muito simples, mas muito profundo. O PT nos 
anos 80, até a instalação do Colégio Eleitoral, era oposição ao governo e ao 
regime. O PT era a oposição ao governo Figueiredo e era oposição ao regime, que 
era a ditadura. A partir da eleição do Colégio Eleitoral, lentamente o PT foi se 
deslocando, para ser oposição a Sarney, mas defensor do regime. Pela primeira 
vez, o PT cumpriu um papel objetivo na defesa do regime, quando ele apoiou a 
posse de Itamar Franco. Durante os oito anos de Fernando Henrique, o PT foi a 
oposição ao governo, mas foi um partido do regime. Isso significa que o PT deve 
lealdade às instituições, reconhece legitimidade no Supremo Tribunal Federal, a 
legitimidade do Estado-Maior das Forças Armadas, dos tratados internacionais que 
o Brasil herdou, muitos da época da ditadura. O PT está integrado ao regime. Um 
partido da ordem não apóia mobilizações sociais para desestabilizar a ordem. 
</DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>Mas essas políticas encontram apoio entre as 
massas...</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>Em nenhuma sociedade as classes medem forças frontalmente 
antes de terem esgotado todas as possibilidades de resolver o conflito através 
de negociações. Não vejo por que o Brasil e a América do Sul seriam diferentes. 
Ao longo do século 20, você verá que a busca da saída revolucionária só se impôs 
depois que a expectativa da mudança através de reforma tinha sido ensaiada uma, 
duas, três, quatro vezes, demonstrado para milhões de pessoas que não é possível 
mudar a sociedade sem luta.&nbsp; <BR><BR></DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>* José Arbex Jr. é jornalista e editor especial de Caros 
Amigos.</DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=3><FONT color=#800000><FONT 
size=4>Correspondencia de Prensa - Agenda Radical - Boletín 
Solidario</FONT><BR>Ernesto Herrera (editor):</FONT><FONT color=#0000ff> 
</FONT></FONT></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT size=3><FONT 
color=#800000>Edición internacional del Colectivo Militante - Por la Unidad de 
los Revolucionarios<BR>Gaboto 1305 - Teléfono (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT><BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A></DIV>
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<HR>
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