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<HR>
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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><FONT color=#800000><EM><U><FONT 
size=5>correspondencia de prensa - boletín solidario&nbsp; 
<BR></FONT></U></EM><FONT color=#ff0000 size=6>Agenda Radical</FONT><BR>Edición 
internacional del Colectivo Militante<BR><U>16 de mayo 2008</U><BR>Redacción y 
suscripciones:</FONT> </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
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<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Seguro para 
quem?&nbsp;&nbsp;</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Em uma operação do mercado 
financeiro recebida com grande alvoroço e apoio pelo governo e a grande mídia, o 
Brasil foi recentemente promovido a condição de país "seguro para 
investimentos"</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG><BR></STRONG>&nbsp;</DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Fernando Silva 
*</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR><STRONG>Correio da Cidadania</STRONG><BR><A 
href="http://www.correiocidadania.com.br/"><STRONG>http://www.correiocidadania.com.br/</STRONG></A></FONT></DIV><FONT 
face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR></DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>A condição atestada pela agência Standard &amp; Poor's 
provocou recordes de valorização na Bolsa de Valores de São Paulo no dia 30 de 
abril (teve a maior alta em um dia desde outubro de 2002), declarações oficiais 
do governo comprometendo-se em transformar o Brasil em lugar cada vez mais 
"seguro" e estável, promessas e notícias de novos investimentos que farão do 
Brasil uma potência nos próximos anos e por aí vai. </DIV>
<DIV align=justify><BR>A nova "promoção" do Brasil teve um componente que 
lembrou muito as operações artificiais de valorização, típicas do mercado 
financeiro. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Artificial porque, em um momento de crise internacional, 
com o preço do petróleo ameaçando jogar ainda mais "combustível" na explosão 
inflacionária dos alimentos no mundo, pode fazer pouco sentido tamanha euforia 
nos papéis cotados na Bolsa de Valores de São Paulo se a "nota" concedida pela 
Standard &amp; Poor's colocou o Brasil no mesmo patamar de estabilidade, por 
exemplo, do Cazaquistão. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Mas o pior da história é que existe razão de ser para 
tamanha alegria do grande capital. Notem a coincidência. No mesmo dia do anúncio 
desta "promoção" era noticiado que o governo conseguiu um novo recorde 
trimestral no superávit primário: R$ 43,032 bilhões, mais do que suficientes 
para pagar os R$ 39,998 bilhões apenas de juros da dívida pública no primeiro 
trimestre deste ano. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Deste ponto de vista, o capital financeiro não tem o que 
se queixar do Brasil, nem do governo Lula, que cumpriu a palavra de garantir a 
remuneração aos "investidores", conforme documentos revelados pelo jornal Valor 
Econômico em 08/05/2008, sobre os bastidores da aproximação do governo 
brasileiro com o governo Bush desde a época da eleição de 2002. </DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>Bom para o Capital, ruim para os 
trabalhadores</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>A realidade é que, para garantir a remuneração do capital 
financeiro à custa de recursos do próprio orçamento, o povo recebe em troca a 
epidemia de dengue. Afinal, o importante é reservar R$ 43 bilhões em três meses 
ao invés de tomar as medidas e investimentos na saúde, tanto emergenciais quanto 
estruturais, que permitissem debelar a epidemia e extinguir a dengue no país. 
</DIV>
<DIV align=justify><BR>A segurança para o grande capital é diretamente 
proporcional à insegurança para os trabalhadores e as classes médias diante da 
explosão do preço dos alimentos, que já fez a inflação ultrapassar 5% ao ano 
(março de 2007 a março de 2008). E isso em uma economia onde não existe qualquer 
mecanismo previsto de proteção salarial diante da corrosão inevitável, que, 
aliás, já começa a pulverizar os poucos ganhos que milhares de trabalhadores 
conseguiram a duras penas em negociações e dissídios no ano passado. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Para o grande capital ter muita segurança e lucros 
garantidos devido às altas taxas de juros praticadas, o povo vai passar a 
conviver com a incerteza diante da perspectiva de endividamento no crédito ou 
até inadimplência, especialmente para as camadas da classe trabalhadora 
amarradas ao crédito consignado em folha de pagamento. </DIV>
<DIV align=justify><BR>É na esteira desta estúpida euforia que o governo 
federal, com o aval das centrais sindicais que o apóiam, volta a sinalizar com 
uma "negociação" na legislação trabalhista, com o objetivo de desonerar a folha 
de pagamentos para baratear, com a retirada de direitos, ainda mais a 
mão-de-obra no país. Afinal, é preciso aproveitar o momento de "promoção" do 
país para atrair ainda mais capitais e investimentos para a produção e 
infra-estrutura. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Ilusão entreguista da pior espécie, pois o grande capital 
não parece acreditar nos factóides da Standard &amp; Poor´s e trata de aumentar 
as remessas de lucros para fora do país (apenas em março, US$ 4,345 bilhões). 
</DIV>
<DIV align=justify><BR>Conclusão: se isto aqui for seguro, só mesmo para o 
grande capital, especialmente o financeiro. Para os trabalhadores, o cenário 
será cada vez mais inseguro. Ficará colocada a eles e aos movimentos sociais a 
necessidade de se começar a construir uma pauta de reivindicações diante deste 
cenário. </DIV>
<DIV align=justify><BR>A luta contra o aumento do preço dos alimentos; a defesa 
de mecanismos de reposição geral de perdas do poder aquisitivo, provocadas por 
esse novo surto inflacionário; a defesa da redução da jornada de trabalho para 
gerar emprego, mas sem redução dos salários e sem a retirada de direitos sociais 
e trabalhistas; a denúncia do pagamento e remuneração ao capital financeiro pela 
via da dívida pública. São todas questões que tendem a ser cada vez mais 
concretas para os trabalhadores e o povo diante do desastre social para o qual 
que caminha o país sob a batuta do capital financeiro e a euforia cega e servil 
do governo Lula. </DIV>
<DIV align=justify><BR>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>* Fernando Silva é jornalista, membro do Diretório Nacional 
do PSOL e do Conselho Editorial da revista Debate Socialista. </DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=3><FONT color=#800000><FONT 
size=4>Correspondencia de Prensa - Agenda Radical - Boletín 
Solidario</FONT><BR>Ernesto Herrera (editor): </FONT></FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT size=3><FONT 
color=#800000>Edición internacional del Colectivo Militante - Por la Unidad de 
los Revolucionarios<BR>Gaboto 1305 - Teléfono (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT><BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A></DIV>
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<HR>
</DIV></FONT></BODY></HTML>