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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><FONT color=#800000><EM><U><FONT
size=5>correspondencia de prensa - boletín solidario</FONT></U></EM>
<BR><FONT color=#ff0000 size=6>Agenda Radical</FONT><BR>Edición internacional
del Colectivo Militante<BR><U>15 de noviembre 2008</U><BR>Redacción y
suscripciones:</FONT> </FONT></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
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<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
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<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Se não houver reação, custos da
crise recairão nas costas dos trabalhadores
</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT><BR><FONT
face=Arial><STRONG>Fernando Silva *</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2> <BR></FONT><FONT face=Arial
size=2></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Correio da
Cidadanía</STRONG><BR><A
href="http://www.correiocidadania.com.br/"><STRONG>http://www.correiocidadania.com.br/</STRONG></A></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV><FONT face=Arial
size=2>
<DIV align=justify><BR>Uma nova conjuntura começa a se desenhar no Brasil com a
chegada, de malas e bagagens, da crise econômico-financeira global. Estamos
diante de uma crise sistêmica, que abala os mecanismos fundamentais de
funcionamento do capitalismo imperialista, depois de mais de 30 anos de vigência
de desregulamentações, privatizações e flexibilizações generalizadas. É a crise
da "era da desregulamentação". </DIV>
<DIV align=justify><BR>Toda crise financeira é expressão de uma crise econômica,
estrutural, da produção (em geral de superprodução). Esta crise, em particular,
dadas as características assumidas pelo sistema capitalista nos últimos 30 anos,
torna ainda mais inviável dissociar o terremoto financeiro do terreno da
produção de onde se originou, fazendo inevitáveis: forte retração no comércio
mundial, no consumo e, de volta à origem, na produção mundial. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O desembarque da crise nos chamados "países emergentes",
como o Brasil, derruba de uma vez por todas a tese do "descolamento". O tipo de
inserção - o "modelo" de economia produtora de commodities e agro-exportadora,
sob hegemonia do capital financeiro - do Brasil na chamada globalização torna o
país tremendamente vulnerável ao desastre no centro do sistema. O Brasil depende
mais do que nunca do comércio mundial, das oscilações dos preços das
commodities, do crédito internacional e também do bom funcionamento do mercado
financeiro, ao qual o governo Lula aceitou subordinar-se em regra. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Basta observar que dois terços das linhas de exportação
do Brasil dependem de crédito externo. Os bancos brasileiros dependem de crédito
do sistema financeiro internacional para garantir suas operações diárias. As
conseqüências para 2009 devem se fazer sentir em termos do emprego, salários,
consumo e cortes nos gastos públicos e sociais. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Por isso, reveste-se de enorme importância preparar
condições para que haja uma resposta da classe trabalhadora no terreno das
mobilizações de resistência e no sentido de se apresentar uma plataforma de um
ponto de vista socialista. Porque sabemos perfeitamente que, se depender do
capital, os custos de uma crise dessa magnitude vão recair impiedosamente sobre
as costas dos trabalhadores e dos povos do mundo. </DIV>
<DIV align=justify><BR>E no cenário brasileiro são visíveis dois impasses: a
ausência de uma frente única de massas alternativa ao que se tornou o lulismo
(com seu enorme poder de cooptação sobre os movimentos sociais) e a urgência de
se construir uma plataforma ou programa de emergência capaz de mostrar que há
uma saída alternativa anti-sistêmica, ainda que emergencial, para a crise e a
catástrofe. </DIV>
<DIV align=justify><BR>A primeira questão é buscar a clareza para rechaçar o
conto do vigário que são as medidas sugeridas pelo governo Lula, pois visam
somente preservar o sistema financeiro e o agronegócio. E tampouco se deve
confundir ajuda aos banqueiros com estatização, pois nem de longe as medidas
tomadas até aqui passam perto de termos um Estado que controle o sistema
financeiro, a remessa de capitais e lucros ou que pense seriamente em tocar na
propriedade do grande capital bancário-financeiro. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Estamos caminhando para uma situação emergencial que
exige medidas emergenciais, mas de um ponto de vista da classe trabalhadora e
dos seus interesses, não da preservação do sistema e do atual modelo. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Por isso, algumas medidas de uma agenda de debates, com o
objetivo de se construir uma plataforma unitária dos partidos e de todos os
setores dos movimentos sociais e populares combativos, poderiam incluir pontos
como: </DIV>
<DIV align=justify><BR>a) Estatização dos bancos. O sistema financeiro deve
ficar sob propriedade do Estado para garantir crédito à sociedade e deixar de
especular com juros e operações financeiras derivativas, como continuam fazendo
os bancos agora com o dinheiro que recebem do governo; <BR>b) Controle de
capitais e da remessa de lucros para fora do país; <BR>c) Suspensão do pagamento
da dívida pública e auditoria cidadã dessa dívida; <BR>d) Controle pelo Estado
de empresas que quebrarem ou anunciarem demissões em massa; <BR>e) Congelamento
das taxas de juros dos cartões de crédito e de cheque especial. Moratória das
dívidas dos trabalhadores com bancos, financeiras e lojas; <BR>f) Nenhum corte
nos gastos públicos de 2009. Por um intenso programa estatal de investimentos
sociais — em saúde, educação, moradia, reforma agrária — e de infra-estrutura —
saneamento básico, produção de energia. </DIV>
<DIV align=justify><BR> </DIV>
<DIV align=justify>* Fernando Silva, jornalista, é membro do Diretório Nacional
do PSOL e do Conselho Editorial da revista Debate Socialista. </DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT color=#800000 size=3>Correspondencia de Prensa -
Agenda Radical - Boletín Solidario<BR>Ernesto Herrera (editor):
</FONT></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT size=3><FONT
color=#800000>Edición internacional del Colectivo Militante - Por la Unidad de
los Revolucionarios<BR>Gaboto 1305 - Teléfono (5982) 4003298 - Montevideo -
Uruguay</FONT><BR></FONT></STRONG><A
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A></DIV>
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