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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><FONT color=#800000><EM><U><FONT 
size=5>correspondencia de prensa - boletín solidario&nbsp; 
<BR></FONT></U></EM><FONT color=#ff0000 size=6>Agenda Radical</FONT><BR>Edición 
internacional del Colectivo Militante<BR><U>21 de noviembre 
2008</U><BR>Redacción y suscripciones:</FONT> </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
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<HR>
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<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3></FONT></STRONG>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Coordenação da Conlutas lança manifesto 
contra a crise</FONT></STRONG><BR><BR><STRONG>Reunida em Brasília nos dias 11 a 
13 de novembro, a Coordenação Nacional da Conlutas lançou um manifesto com sua 
posição sobre a crise econômica mundial em que deixa claro: “Que os banqueiros 
capitalistas paguem o custo da crise!”. Abaixo, publicamos a íntegra do 
texto.</STRONG><BR></DIV></FONT>
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size=2><STRONG>Conlutas</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A 
href="http://www.conlutas.org.br"><STRONG>www.conlutas.org.br</STRONG></A></FONT></DIV><FONT 
face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR><BR><STRONG><FONT size=3>Carta aberta da Conlutas aos 
trabalhadores, à juventude e a todas as suas 
organizações</FONT></STRONG><BR><BR>Vivemos um momento de grande incerteza em 
todo o mundo. Estamos diante de uma crise da economia capitalista de dimensão 
histórica com conseqüências profundas para os trabalhadores e povos de todo o 
mundo. Não é uma crise apenas do mercado financeiro. Trata-se de uma crise 
clássica do capitalismo, originada pela diminuição da taxa de lucros dos grandes 
monopólios. Para revertê-la o capital vai destruir forças produtivas, fechar 
fábricas, promover o desemprego de milhões, elevando ainda mais o patamar de 
miséria e a violência que este sistema já impõe aos trabalhadores. A crise vai 
expor, de forma inconteste, toda a incapacidade da sociedade capitalista em 
atender as necessidades dos seres humanos. Mais do que nunca se reafirma a 
atualidade do socialismo.<BR><BR>O cinismo que caracteriza o funcionamento do 
sistema capitalista se expõe com toda clareza:Ao primeiro sinal de perigo para 
os bancos e grandes empresas, governos dos países centrais gastam, em poucas 
semanas, cerca de 4 trilhões de dólares de recursos públicos para socorrer 
algumas dezenas de banqueiros e grandes empresários. Pergunta inevitável: onde 
estavam todos estes recursos antes? Porque não foram usados para socorrer cerca 
de 3 bilhões de pessoas que, de acordo com a própria ONU sofrem com a fome e 
outras necessidades básicas, no mundo? Pessoas que não tem comida, moradia, água 
potável, acesso a serviços de saúde, educação...Por quê?<BR><BR>A resposta é 
muito simples: capitalismo não é uma sociedade que se organiza para atender as 
necessidades dos seres humanos que nela vivem. Ela se organiza para garantir o 
lucro dos proprietários que vivem nesta sociedade. E isto deve ser feito a 
qualquer custo, incluindo aí o exercício permanente de uma exploração selvagem 
sobre a grande maioria dos habitantes do planeta, os trabalhadores. Os recursos 
naturais existentes em cada país, a riqueza social produzida pelo trabalho 
humano de bilhões de pessoas, nada disso é canalizado para atender as 
necessidades básicas das pessoas, assegurar vida digna para todos. Tudo é 
canalizado para aumentar o lucro e o capital dos banqueiros, grandes empresários 
da cidade e do campo, ou seja, para os capitalistas.<BR><BR>E a história já nos 
ensinou que o capitalismo, para sair de crises como a atual, precisa elevar a um 
patamar ainda superior o grau de exploração e barbárie que pratica contra os 
trabalhadores. Para isso conta com os governos, sempre submissos aos interesses 
do capital, e com o Estado que só protege o interesse dos poderosos nesta 
sociedade em que vivemos. <BR><BR>Nosso país não é exceção nessa regra. As 
primeiras medidas adotadas pelo governo Lula demonstram claramente isso. Já 
foram mais de 160 bilhões de reais para socorrer os banqueiros e grandes 
empresas. Recursos que o governo alegava não existir quando se tratava de 
impulsionar a reforma agrária, construir moradias populares, investir nos 
serviços públicos de saúde, educação, ou seja, para socorrer os 
trabalhadores.<BR><BR>Estamos, então, frente à ameaça concreta de mais 
desemprego, para muitos milhões de trabalhadores; redução do valor real dos 
salários e aposentadorias; destruição dos serviços públicos; eliminação de 
direitos sociais e trabalhistas; abandono ainda maior da legião de deserdados 
que hoje vivem como podem na periferia dos grandes centros urbanos, etc. Tudo 
isso para que os patrões possam sair da crise, aumentando de novo sua taxa de 
lucro.<BR><BR>As férias coletivas concedidas por dezenas de empresas nos últimos 
dias, a redução da produção e dos planos e de investimentos anunciados pelo 
setor automobilístico, pela Vale, pelo setor de celulose, etc, indicam 
claramente o que está por vir.<BR><BR>Só a luta pode evitar que os trabalhadores 
paguem pela crise<BR>É justamente a gravidade do momento que exige dos 
trabalhadores brasileiros e de suas organizações, da juventude e de todo o povo 
pobre, a preparação de nossas forças para uma verdadeira guerra. Uma guerra para 
que sejam aqueles que geraram esta crise, com a sua ganância por lucros cada vez 
maiores, que agora arquem com as conseqüências. Uma guerra para proteger os 
trabalhadores da barbárie capitalista e para fazer valer os direitos e 
interesses dos trabalhadores, daqueles que constroem toda a riqueza existente 
com o suor do seu trabalho.<BR><BR>Nós podemos, se nos unirmos e lutarmos, 
impedir que os patrões elevem ainda mais o grau de pobreza, miséria e violência 
contra a classe trabalhadora. A nossa luta pode construir uma outra saída para 
esta crise; uma saída onde não só possamos impedir uma maior degradação de 
nossas condições de vida, mas onde possamos também avançar na superação do 
próprio capitalismo. Esta guerra só terá fim quando forem destruídas as bases 
desta sociedade lastreada na propriedade privada, e construirmos uma sociedade 
socialista, onde não exista mais a exploração do homem pelo 
homem.<BR><BR><STRONG>Um programa para a nossa luta</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Os patrões e o governo Lula tomam medidas para que 
sejamos nós, os trabalhadores, a pagarmos o preço desta crise. Nós apresentamos 
outra saída, uma saída dos trabalhadores, para que sejam os ricos, os grandes 
capitalistas os que arquem com as conseqüências de sua ganância. Uma saída que 
defenda os interesses dos trabalhadores contra os patrões e que defenda também 
os interesses do nosso país frente ao imperialismo. Que evite o aprofundamento 
da exploração e da barbárie, e que seja parte da defesa de uma nova sociedade, 
socialista.<BR><BR>Este é o sentido do programa que apresentamos, conclamando os 
trabalhadores à luta para torná-lo realidade, enfrentando os patrões e cobrando 
do governo Lula a adoção das medidas aqui propostas:<BR><BR><STRONG>OS 
BANQUEIROS E EMPRESÁRIOS DEVEM ARCAR COM O CUSTO DE SUA 
GANÂNCIA</STRONG><BR><BR>Nenhuma ajuda para banqueiros e 
especuladores<BR><BR>Estatização sem indenização e sob controle dos 
trabalhadores de todo o sistema financeiro<BR><BR>Estabelecimento de controle de 
capitais pelo Banco Central, para impedir a fuga de recursos do país. Proibição 
de remessa de lucros pelas multinacionais<BR><BR>Não pagamento das dívidas 
externa e interna<BR><BR><STRONG>OS TRABALHADORES NÃO DEVEM PAGAR PELA 
CRISE</STRONG><BR><BR>Estabilidade no emprego; Estatização, sem indenização, das 
empresas que promoverem demissões ou que encerrarem suas atividades; Os 
trabalhadores devem ocupar as fábricas e empresas que fecharem ou demitirem em 
massa<BR><BR>Redução da jornada de trabalho, sem redução de salários e de 
direitos<BR><BR>Aumento geral do valor dos salários e aposentadorias; Reajuste 
automático conforme variação inflacionária<BR><BR>Salário igual para trabalho 
igual; Fim da discriminação contra mulheres e negros nos locais de trabalho; 
Salário mínimo do DIEESE<BR><BR>Não ao corte de verbas das áreas sociais; 
Manutenção e ampliação dos direitos sociais e trabalhistas; Contra a reforma da 
Previdência e Trabalhista; Contra as Fundações Estatais (privatização da saúde e 
da educação)<BR><BR>Plano de obras públicas (moradias populares, escolas, 
hospitais, saneamento, etc) financiadas com recursos que eram usados para 
pagamento das dívidas externa e interna, para melhorar a vida das pessoas e 
gerar empregos<BR><BR>Reforma agrária sob controle dos trabalhadores do 
campo.<BR><BR><STRONG>UM CHAMADO À UNIDADE PARA A LUTA</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Frente a um desafio desta envergadura é mais que 
necessário unirmos todas as forças da classe trabalhadora para a luta. O 
agravamento da crise deve fazer surgir, mais uma vez, vozes propondo alguma 
forma de pacto social entre trabalhadores, patrões e governos (câmaras setoriais 
e outros). Tentarão convencer os trabalhadores de que “todos devemos fazer 
sacrifício para superar a crise”. Na verdade, este discurso serve para tentar 
justificar os ataques que patrões e governos tentarão promover contra nossos 
direitos. Devemos rechaçar qualquer pacto com os patrões e o governo. A unidade 
que precisamos é a unidade dos trabalhadores para lutar contra os feitos da 
crise econômica e contra a política dos patrões e do governo.<BR><BR>Chamamos as 
organizações da esquerda que estão no campo da luta dos trabalhadores – a 
Intersindical, o MTST, a CNESF, a Conlute, a Frente de Luta Contra a Reforma 
Universitária, etc - a construirmos uma sólida unidade para a luta em defesa dos 
direitos e interesses dos trabalhadores frente à crise; contra as empresas, os 
bancos e contra o governo Lula, seu fiel escudeiro. Podemos e devemos construir 
uma plataforma comum para esta unidade. O programa que está colocado acima é uma 
contribuição, sem ser condição, para a construção desta 
plataforma.<BR><BR>Chamamos o MST, com a importância que tem como movimento 
social para todo o país, a romper de vez com os laços que ainda o ligam a este 
governo para somar-se plenamente à luta, não só pela reforma agrária, mas também 
em defesa das bandeiras comuns a toda a classe trabalhadora. Chamamos também a 
CUT, que neste momento soma-se ao governo para dizer que não há crise, a CTB, a 
Força Sindical, a UNE, a que rompam com o governo e venham construir a unidade 
em defesa dos interesses imediatos dos trabalhadores e da juventude contra os 
efeitos da crise econômica. Construamos em comum uma plataforma unitária e 
somemos nossas forças na luta.<BR><BR>Esta é a necessidade da classe 
trabalhadora neste momento grave em que vivemos. É, portanto, esta uma obrigação 
a que nenhuma organização representativa dos trabalhadores e da juventude pode 
fugir.<BR><BR>Brasília, 12 de novembro de 2008<BR>Coordenação Nacional da 
Conlutas </DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT color=#800000 size=3>Correspondencia de Prensa - 
Agenda Radical - Boletín Solidario<BR>Ernesto Herrera (editor): 
</FONT></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT size=3><FONT 
color=#800000>Edición internacional del Colectivo Militante - Por la Unidad de 
los Revolucionarios<BR>Gaboto 1305 - Teléfono (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT><BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV></FONT></BODY></HTML>