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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><EM>boletín solidario de información - 
edición internacional</EM><BR><FONT color=#800000 size=5><U>Correspondencia de 
Prensa</U><BR>Agenda Radical - Colectivo Militante</FONT><BR><U>14 de abril 
2009</U><BR>suscripciones y redacción: </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
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<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>O que muda com o 
Brasil emprestando ao FMI?<BR><BR>Governo Lula corta orçamento e anuncia repasse 
ao FMI equivalente ao custo do Bolsa Família em um 
ano</FONT></STRONG><BR><BR></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Diego Cruz, da 
redação</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>PSTU</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A 
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG>http://www.pstu.org.br/</STRONG></A><BR><BR><BR>Com 
orgulho, o governo Lula anunciou no último dia 9 de abril o pedido do FMI para o 
Brasil integrar a lista de países credores do fundo. Hoje, 47 países aportam 
recursos ao Fundo, numa lista não tão exclusiva que vai dos EUA a Trinidad e 
Tobago. Esse dinheiro, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai para 
ajuda financeira aos países pobres, quebrados pela crise econômica, no chamado 
“Plano de Transações Financeiras”.<BR><BR>De imediato, o Brasil vai deixar à 
disposição do FMI 4,5 bilhões de dólares, valor que representa a cota que o país 
já destina normalmente ao fundo. Esse dinheiro deve sair das reservas 
internacionais, o montante de recursos em dólar poupado pelo governo através do 
Superávit Primário. Mantega fez questão de salientar que o empréstimo continuará 
sendo contabilizado nas reservas, já que, a qualquer momento, o país poderá 
requerer esse dinheiro de volta. Na prática, vai trocar esses dólares por uma 
unidade monetária própria do FMI, chamada “Direito Especial de Saque”.<BR><BR>O 
governo e o conjunto da mídia comemoraram o que avaliam ser o “novo papel” do 
Brasil na instituição. Após a reunião do G20 em Londres, o Brasil teria galgado 
uma posição superior na definição da política mundial. O empréstimo ao FMI 
selaria, desta forma, esse cenário que Lula chegou a chamar de nova “geografia 
do mundo”. De devedor a credor do FMI. Mas será que é isso mesmo o que acontece? 
<BR><BR><STRONG>O mito da nova ordem</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial 
size=2>
<DIV align=justify><BR>Como o próprio ministro Mantega explicou, o convite do 
FMI feito ao Brasil é realizado aos países com bons resultados no Balanço de 
Pagamentos e nas reservas internacionais. O Balanço de Pagamentos é a conta de 
todas as transações e remessas, comerciais ou financeiras, feitas pelo país com 
o exterior. Durante anos, o FMI impôs ao Brasil uma política econômica 
recessiva, baseado no corte das despesas do governo e de estímulo ao 
investimento especulativo estrangeiro. Tudo para o país acumular dólares e 
garantir o pagamento dos juros da dívida pública.<BR><BR>O governo Lula adotou e 
ampliou essa orientação. O crescimento econômico dos últimos anos possibilitou 
ao país acumular divisas, mesmo que às custas de sucessivos cortes no orçamento. 
Com reservas de 202 bilhões de dólares, o país pode garantir, a curto prazo, o 
pagamento dos juros da dívida. Só em 2008, entre juros e amortizações, o Brasil 
pagou R$ 334 bilhões, o que dá quase 160 bilhões de dólares.<BR><BR>Com a crise 
econômica, o Brasil vai agora emprestar recursos ao FMI que vai, por sua vez, 
repassar esse dinheiro aos países em dificuldades e exigir, em contrapartida, 
que esses governos façam uma série de ajustes neoliberais. Ou seja, a mesma 
lógica perversa permanece. O Brasil deixa de investir em saúde e educação para 
manter os lucros do sistema financeiro e uma não tão nova ordem mundial. A 
diferença é que agora vai, diretamente, financiar essa política recessiva em 
outros países.<BR><BR>Só com essa parcela extra ao FMI, o governo Lula vai 
gastar o equivalente a R$ 9,5 bilhões, quase o mesmo que o Programa Bolsa 
Família. Credor ou devedor, as prioridades do governo Lula permanecem as mesmas. 
Em março, o governo anunciou um corte de R$ 21,6 bilhões no orçamento, sob a 
justificativa da queda na arrecadação. Entre os setores afetados estão saúde e 
educação. <BR><BR>O pedido do FMI revela, assim, a um só tempo a gravidade da 
crise, sua própria decadência e a disposição do governo Lula de atuar, 
alegremente, como seu cão de guarda entre os “emergentes”. Um papel nada chique. 
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<DIV align=center><STRONG><FONT size=3><FONT color=#800000 
size=4>Correspondencia de Prensa</FONT><BR>boletin solidario de información - 
edición internacional<BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT color=#800000 
size=4>Agenda Radical - Colectivo Militante<BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT 
size=3>Gaboto 1305 - Teléf: (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT></STRONG><BR></DIV>
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