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<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
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<HR>
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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><EM>boletín solidario de información - 
edición internacional</EM><BR><FONT color=#800000 size=5>Correspondencia de 
Prensa<BR>Agenda Radical - Colectivo Militante</FONT><BR><U>30 de julio 
2009</U><BR>suscripciones y redacción: </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>As mudanças 
ocorridas na CUT e o peso da estrutura sindical brasileira: um breve 
balanço&nbsp;&nbsp;&nbsp; <BR><BR>Rodrigo Dias Teixeira&nbsp;*&nbsp; 
</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT 
size=3></FONT></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG>Fundaçao Lauro Campos</STRONG></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG>Socialismo e 
Liberdade</STRONG></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><FONT size=3><A 
href="http://www.socialismo.org.br/portal/"><FONT 
size=2><STRONG>http://www.socialismo.org.br/portal/</STRONG></FONT></A></DIV>
<DIV align=justify><BR></FONT><BR></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>O movimento sindical atua em terreno 
"pantanoso": ao mesmo tempo em que se propõe (em princípio) a ser um espaço de 
organização autônoma dos trabalhadores, tem que conviver com uma estrutura 
"legal" que o força, em certo sentido, a manter-se atrelado ao Estado. Esta 
contradição entre propor-se independente e, ao mesmo tempo, conviver com uma 
estrutura sindical corporativista e conciliadora, ao que tudo indica, teve peso 
fundamental nas mudanças ocorridas com a CUT. A estrutura sindical brasileira, 
mesmo após o fim da ditadura militar, mantinha fortes tendências 
corporativistas, mesmo no interior do sindicalismo cutista. Uma demonstração 
clara deste fato foi a posição expressada pelos delegados presentes no 4º CONCUT 
(1991) sobre o imposto sindical: apenas&nbsp; 31% dos delegados presentes 
afirmaram que devolviam o dinheiro do imposto sindical, ao invés de utilizá-lo. 
</FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>Precisamos destacar que se na década de 1980 a conjuntura 
política favorável de ascenso das lutas e das greves "oxigenava" a CUT, quando 
chegamos à década de 1990, as tendências mais gerais de burocratização se 
afirmaram, já que a constituição de uma estrutura sindical realmente autônoma e 
democrática foi muito aquém do necessário. Estas tendências só se afirmaram com 
a força que tiveram, pois (como acreditamos que demonstram as pesquisas sobre a 
CUT) mesmo nos momentos de maior avanço das lutas existiram medidas e desvios de 
rota que foram na contra-mão da conjuntura em que se encontravam as lutas 
sociais no Brasil.&nbsp; Ou seja, se por um lado a manutenção da postura 
combativa da CUT contribuiu para o crescimento das mobilizações e greves, por 
outro, as transformações da sua estrutura organizativa e da concepção de mundo 
de alguns de seus dirigentes caminhavam no sentido da desmobilização e do 
descolamento da Central da participação efetiva dos trabalhadores. Estes 
dirigentes, se em determinados momentos não tinham a capacidade de aplicar em 
totalidade sua política no interior da CUT (devido a diversos fatores como a 
correlação de forças interna, a posição da Central na conjuntura, a existência 
ainda de certa democracia sindical, etc), assim o fizeram em "sindicatos 
grandes" como nos Sindicatos dos Metalúrgicos da região do ABC, nos quais tinham 
uma influência bem maior. As posições e atuações da Central não se refletiam 
mecanicamente em sua base, mas, ao contrário, existiam grandes diferenças em 
suas práticas políticas[1].</DIV>
<DIV align=justify><BR>As mudanças que ocorreram não foram uniformes, e em 
grande medida foram guiadas pelas políticas realizadas no Sindicato dos 
Metalúrgicos do ABC, como no caso da Formação Profissional e nas atividades de 
Intermediação de Mão de Obra e Cooperativismo. O "Integrar", projeto piloto de 
Formação Profissional implementado pelo sindicato dos Metalúrgicos do ABC em 
1996, tornando-se um dos pilares da atuação da Confederação Nacional dos 
Metalúrgicos (CNM) nessa área, foi a experiência que a CUT utilizou como base 
para formulação de seu próprio plano de atuação em Formação Profissional. Além 
disso, a constituição da Central de Trabalho e Renda/CTR (especializada em 
políticas de intermediação de mão-de-obra), como também a formação da Agência de 
Desenvolvimento Solidário/ADS (base da atuação cutista no cooperativismo) e a 
UNISOL tiveram peso central dos metalúrgicos do ABC e da sua Confederação 
Nacional. Dessa forma, "experiências piloto" foram gestadas nos Sindicatos dos 
Metalúrgicos do ABC, que posteriormente tornaram-se o padrão de atuação da CUT 
nas áreas citadas, irradiando sua política por todo o país. A atuação do 
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, dominado pela Articulação Sindical, foi 
marcante para as transformações que ocorreram na CUT. Em muitos momentos, a 
Central como um todo era dirigida pelas políticas defendidas por aquele 
sindicato, especialmente após a constituição do "sindicato unificado" dos 
metalúrgicos do ABC e nas duas gestões de "Vicentinho" (1994-2000) como 
Presidente da CUT (ex-presidente do referido sindicato).</DIV>
<DIV align=justify><BR>Acreditamos, portanto, que mesmo nos momentos em que 
ocorriam lutas de massa, as raízes mais profundas do fenômeno burocrático já 
existiam. O fenômeno histórico de crescimento dos sindicatos (como ocorreu no 
pós-ditadura)&nbsp; acabou tendo também como conseqüência a formação de toda uma 
direção sindical profissional, além da possibilidade de maior organização da 
classe trabalhadora. Esta direção, dependendo do contexto histórico em que se 
insere (em especial em momentos de refluxo do movimento de massas, da falta de 
"oxigênio" nas lutas), pode tornar-se relativamente autônoma, descolada das 
classes que supostamente representam e organizam:</DIV>
<DIV align=justify><BR>"A especialização de sua atividade profissional como 
dirigentes sindicais, assim como o horizonte, naturalmente estreito, das lutas 
isoladas de uma etapa pacifica, fortalece a tendência dos funcionários sindicais 
para a burocracia e para a estreiteza de objetivos, que se manifestam em toda 
uma série de tendências que podem ser fatais para o futuro da organização 
sindical"[2]</DIV>
<DIV align=justify><BR>A burocracia seria formada no momento em que a função de 
dirigentes políticos tornou-se parte da divisão social do trabalho, ou seja, 
especializou-se enquanto atividade profissional. Isso, por si só, não 
determinaria uma tendência à "burocratização", isto é, uma preponderância dos 
aspectos profissionais e das necessidades de reprodução da vida social em 
detrimento dos aspectos políticos e ideológicos; mas, a formação da burocracia, 
por si só, traria consigo esse "germe", esta possibilidade em se tornar o seu 
próprio contrário, um atravanco das lutas ao invés de um espaço organizativo 
autônomo. Quais seriam, então, os demais fatores que engendrariam o descolamento 
dos dirigentes políticos das classes subalternas, contribuindo para o processo 
de "burocratização"?</DIV>
<DIV align=justify><BR>Em primeiro lugar, temos o refluxo do movimento de massas 
e a posterior conjuntura de "estabilidade". Os períodos de maior condensação das 
lutas sociais e dos conflitos entre as classes gerariam, através de sua 
dinâmica, uma expansão das organizações no seio da sociedade civil. Entretanto, 
a partir do momento em que as classes subalternas não mantêm um efetivo processo 
de contra-hegemonia, as tendências gerais da forma de organização da sociedade 
no capitalismo como a divisão social do trabalho, hierarquização, e divisão 
entre concepção e execução, tornam-se preponderantes, descolando os antigos 
dirigentes sindicais de suas bases.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Outro aspecto importante é a parcialidade das lutas 
empreendidas pelos sindicatos. No curso "normal" dos conflitos entre as classes 
na sociedade burguesa, a luta econômica encontra-se fragmentada em uma série de 
lutas isoladas, seja em setores da produção ou mesmo em cada empresa. Os 
dirigentes sindicais acabam absorvidos pela lógica da luta econômica, 
supervalorizando a mínima conquista econômica como sinônimo da eficácia da luta 
sindical, ou mesmo como demonstração da representatividade (ou força) do 
sindicato[3]. Este "apelo" ao econômico faz com que os sindicalistas, como 
também a base atuante dos sindicatos, perca o horizonte mais amplo da 
necessidade de emancipação das classes subalternas, esquecendo paulatinamente a 
capacidade de crítica diante a estrutura do capitalismo e a forma de reprodução 
das relações sociais fundamentais. Com o horizonte reduzido às pequenas 
conquistas, as lutas econômicas acabam fragmentando ainda mais as classes 
subalternas, ao invés de se constituírem como um passo necessário da elevação do 
seu patamar ideológico e organizativo. Temos aqui, portanto, mais um dos fatores 
que podem "debilitar" e "fragmentar" as classes subalternas, criando grupos 
sociais diferenciados em seu interior.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Esta sobrevalorização das lutas econômicas acaba também 
por gerar a supervalorização dos sindicatos. Os sindicatos transformam-se em o 
espaço mais importante da luta de classes (ou mesmo o único), deslocando as 
lutas específicas das demandas mais gerais. Neste processo, os dirigentes 
sindicais tendem a deixar de lado o marxismo (como também alguns dos seus 
princípios básicos: independência de classe, luta de classes, o Estado como 
aparelho das classes dominantes, etc) em direção a uma "teoria sindical", 
partindo das necessidades dos próprios sindicatos e de seu horizonte mais 
restrito[4]. Como conseqüência deste fato, os sindicatos que antes eram 
combativos e autônomos perante as classes dominantes, acabam por se diferenciar 
muito pouco dos sindicatos burgueses tradicionais, objetivando, a cada luta 
cotidiana, uma solução através do pacto social. A revolução é esquecida e as 
lutas ficam restritas as pequenas conquistas e reformas cotidianas, que não vão 
de encontro à sociedade capitalista e sua lógica de mercantilização da vida[5]. 
Ocorre, portanto:</DIV>
<DIV align=justify><BR>"(...)a supervalorização da organização, que se 
transforma gradualmente de meio em fim, uma coisa preciosa à qual os interesses 
da luta devem estar subordinados. Daí, também surge a necessidade de paz, 
reconhecida abertamente, que se reduz diante do risco e dos supostos perigos que 
ameaçam a estabilidade dos sindicatos."[6]</DIV>
<DIV align=justify><BR>A crença na necessidade da estabilidade da sociedade e 
das conquistas graduais por parte dos trabalhadores torna-se uma das premissas 
ideológicas fundamentais para a burocracia. Uma burocracia que deixou de lado as 
lutas das classes subalternas, tornando-se agente social dos dominantes no 
interior dos dominados. "Funcionários de carreira" que, ao abandonar a 
perspectiva revolucionária, temem mais a greve de massas que a morte, pois esta 
poderia fazê-los perder a estabilidade de suas posições, conquistada nas 
negociatas com o patronato e o Estado[7]. Estas mudanças de ordem 
político-ideológica redefinem em grande parte o projeto de classe destes agentes 
sociais, os quais reproduzem no cotidiano de sua ação militante práticas e 
concepções das classes dominantes. A transformação de sua atuação (gerada a 
partir de uma mentalidade e de laços psico-sociais novos) produz um "ambiente" 
suscetível para que, gradativamente, o programa histórico das classes 
subalternas seja remodelado em direção à manutenção dos princípios gerais da 
atual sociedade; isto é, não podemos "separar", de um lado, os aspectos da 
estrutura social, e de outro, os elementos ideológicos/psicológicos dos agentes 
sociais em questão. Estamos diante da erupção de certos "privilégios 
burocráticos" que podem modificar a atuação destes dirigentes, tanto do ponto de 
vista prático quanto teórico.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Mandel destaca momentos diferenciados neste processo de 
modificação orgânica dos dirigentes das classes subalternas. Para o autor, o 
primeiro momento dos privilégios burocráticos seria baseado em maior medida nos 
aspectos psico-sociais e ideológicos do que em relação aos ganhos meramente 
materiais. Apesar da existência real de melhorias materiais/econômicas no 
sentido "estrito", o grande diferencial destes privilégios estaria, sobretudo, 
em algumas novas "liberdade individuais". Para os operários, abandonar o 
trabalho de produção comum (especialmente em períodos de maior degradação do 
ambiente de trabalho, maior carga horária, horas extras, etc) representa uma 
ascensão social, apesar de não representar uma situação "ideal". Não podemos 
falar, neste momento inicial, de "aburguesamento" nem de transformação em uma 
"camada social privilegiada"; entretanto, estes "dirigentes profissionais", que 
conquistaram uma "licença sindical", já vivem muito melhor do ponto de vista 
social, que os operários em geral. No plano psicológico e ideológico, por 
exemplo, é evidente que "se torna infinitamente mais agradável, para um 
socialista ou comunista convicto, lutar todo o dia pelas suas idéias e por 
objetivos que são seus, em vez de se manter no trabalho horas seguidas com todos 
os gestos mecânicos sabendo que finalmente vai contribuir para enriquecer a 
classe inimiga. É incontestável que esse fenômeno de ascensão social contém em 
potencial um fator importante de burocratização: aqueles que ocupam estes postos 
desejam continuar a ocupá-los, o que leva a defender essa situação de 
funcionários permanentes contra aqueles que pretendem substituí-los."[8]</DIV>
<DIV align=justify><BR>Se num primeiro momento, estes privilégios são bem pouco 
materiais e mais psico-sociais/ideológicos, num segundo momento este panorama 
modifica-se. A questão material assume uma amplitude maior quando as 
organizações de massa começam a ocupar certas posições no interior da sociedade 
capitalista, como quando um dirigente sindical torna-se parlamentar, ou quando 
um dirigente sindical pode negociar a nível elevado um acordo as organizações 
patronais, e, em certa medida, conviver com elas. O processo de "democratização 
formal" da sociedade, que, em grande medida, é resultado do ascenso das lutas e 
de determinadas conquistas dos subalternos, acaba também por "mesclar" um numero 
maior de espaços de convivência íntima entre os dirigentes das classes 
subalternas e as classes dominantes[9].<BR>Especialmente em períodos de certa 
estabilidade de um regime burguês representativo, ocorrem cada vez mais espaços 
de interprenetação, gerando uma "inclinação" para certas "tentações". A prática 
social destes agentes sociais modifica-se, pois seus espaços de sociabilidade, 
seus valores e sua ética, acabam por se conciliar com as concepções das classes 
dominantes. Além disso, o desaparecimento de certos obstáculos conscientemente 
levantados contra os perigos de posições privilegiadas abre o caminho a essa 
tendência de uma forma mais nítida[10].&nbsp; Entretanto, temos que ter a 
clareza que este grupo social, apesar das grandes modificações no âmbito de 
ganhos materiais e em relação à concepção de mundo, não corresponde a uma "nova 
classe dominante". Pelo contrário. Aliás, este grupo social nem mesmo pode ser 
considerado enquanto "parte da classe burguesa":</DIV>
<DIV align=justify><BR>"Os burocratas reformistas não fazem parte da classe 
burguesa. Saíram da classe operária e das organizações do movimento operário. 
Defendem os seus interesses logo que institucionalizam a colaboração de classe. 
Estes interesses coincidem historicamente com a defesa da ordem burguesa. Não 
correspondem necessariamente, em cada momento, à defesa dos interesses imediatos 
da maioria, ou seja, o conjunto da grande burguesia."[11]</DIV>
<DIV align=justify><BR>Devemos definir uma classe social tendo em vista sua 
posição no interior da produção da vida (em especial em relação à extração de 
sobre-trabalho) e não meramente pelo interesse que defende. No caso destes 
"burocratas reformistas", mesmo que defendam historicamente o projeto de classe 
das classes dominantes, sendo assim dirigidos intelectual e moralmente por elas, 
não podemos defini-los enquanto uma "nova classe" ou mesmo enquanto parte da 
"classe burguesa". Este debate é um dos mais ricos e polêmicos em torno do 
conceito de "burocracia", em especial após as experiências pós-capitalistas 
ocorridas no Leste Europeu (emblematicamente na URSS) e na China.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Do ponto de vista político-ideológico, a condição 
necessária para o desenvolvimento de uma maior consciência de classe é a própria 
luta social e a auto-organização dos trabalhadores. No interior da experiência 
das massas, é o sucesso das lutas contra o capital que tornam os trabalhadores 
suscetíveis às idéias revolucionárias. Quando os trabalhadores não estão 
engajados em lutas de massa ou sofrem derrotas, eles tornam-se mais abertos para 
idéias conservadoras e reacionárias. Estas idéias conservadoras podem 
desenvolver-se em diversos terrenos, como em preconceitos raciais e econômicos, 
opressões de gênero ou homofobia, ou mesmo através da maior competição entre os 
diversos segmentos existentes no interior da classe trabalhadora.</DIV>
<DIV align=justify><BR>A totalidade da classe trabalhadora não pode estar 
permanentemente ativa na luta de classes. Isso ocorre, basicamente, pois essa 
classe está separada da efetiva posse dos meios de produção e é compelida a 
vender sua força de trabalho aos capitalistas para garantia de sua reprodução 
social, para manutenção de sua vida. Ou seja, enquanto houver capitalismo, a 
classe trabalhadora apenas se engajará em lutas de massa enquanto classe em 
momentos extraordinários, revolucionários ou pré-revolucionários, que, devido à 
estrutura desta sociedade, correspondem a períodos curtos no tempo. No geral, 
são segmentos específicos da classe trabalhadora que se mantém ativos nas lutas 
contra o capitalismo, e não a classe como um todo.</DIV>
<DIV align=justify><BR>A divisão social do trabalho, combinada com o refluxo do 
movimento de massas, acaba por tornar a "direção sindical" uma espécie de 
"especialização", já que as bases dos trabalhadores, por não participar de 
nenhum tipo de luta ou atividade sindical, não detêm o "conhecimento" necessário 
sobre o próprio sindicalismo, sobre as alternativas, sobre a organização da 
sociedade, etc. A forma de organização cada vez mais centralizada e 
burocratizada desses sindicatos propicia esta especialização, tornando o 
monopólio do saber um dos pilares fundamentais da divisão entre novos 
dominadores e uma nova massa dominada. O elemento de direção intelectual e moral 
das classes subalternas deixa, pouco a pouco, o cenário, cedendo espaço para uma 
dominação entre desiguais. </DIV>
<DIV align=justify><BR>A consolidação desta burocracia sindical como um segmento 
social específico da classe trabalhadora acaba por condicionar sua prática 
política e visão de mundo. A preservação do aparato sindical torna-se seu 
objetivo fundamental, em detrimento do crescimento das lutas e das vitórias para 
a classe. Este "fetichismo da burocracia" tem como parte do seu ideal o 
"substitucionismo", a crença de que os trabalhadores devem obedecer a seus 
líderes, os quais sabem "o que é melhor". Ou seja, mesmo elementos gerais da 
estrutura social, como a divisão social do trabalho, produzem de forma mediada 
suas conseqüências para o movimento sindical, nunca de forma "direta" ou 
puramente "econômica". Este é um ponto que gostaríamos de destacar: mais do que 
meramente "ganhos materiais", o fenômeno de surgimento da burocracia sindical 
tem relação com a descontinuidade da luta de classes e da visão de mundo das 
classes subalternas em um determinado período histórico. Para nós, a vinculação 
direta entre ganhos materiais e burocratização está mais próxima da visão 
liberal, que acredita que a economia (entendida como a relação entre 
custo-benefício) determina o conjunto das relações sociais, do que uma visão 
marxista revolucionária, que vê o mundo enquanto um todo complexo e denso, 
formado por múltiplas determinações[12].</DIV>
<DIV align=justify><BR>Se a CUT manteve-se claramente classista no período que 
vai de sua fundação em 1983 até 1991 (IV CONCUT), entre 1991 e 1994 (IV e V 
CONCUT´s) temos um período de transição em direção a um sindicalismo 
conciliador. O período regido por esses dois Congressos Nacionais (inclusive os 
congressos em si) foi pautado por intensas disputas no interior da Central, 
iniciando a quebra do consenso geral de que todos na CUT seriam classistas e 
socialistas. Nesta época a CUT tinha cada vez mais contradições, pois ao mesmo 
tempo em que realizava lutas contra o ajuste neoliberal e mantinha-se uma frente 
única de massas, começava a reformular sua atuação. Um marco fundamental dessas 
transformações foram as deliberações da 7ª Plenária Nacional, em agosto de 1995. 
Com os próximos dois congressos em 1997 e 2000 (VI e VII CONCUT´s), e a nova 
perspectiva de atuação da Central através da constituição de "espaços públicos 
não-estatais", e recebimento de recursos através do FAT para implementação de 
atividades de Formação Profissional, intermediação de emprego, cooperativismo e 
acesso ao crédito, a CUT consolidou sua transição, tornando-se uma central 
social-liberal. Estas transformações tiveram relação direta com as mudanças na 
conjuntura (queda do muro de Berlim e descrença na alternativa socialista, 
vitória de Collor sobre Lula da Silva em 1989, expansão do ideário neoliberal e 
da reestruturação produtiva, vitória e reeleição de FHC, aumento do desemprego e 
declínio das greves, etc), como também com a disputa realizada 
internamente.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Do ponto de vista das relações internas entre as 
correntes sindicais, a Articulação Sindical, no período entre 1983 e 1991, 
dirigiu intelectual e moralmente a CUT, baseando sua atuação na maioria 
conseguida na base (imprimindo essa maioria nas votações) e nos consensos 
possíveis realizados com as correntes minoritárias. As divergências existentes 
já eram grandes nessa época (como na votação no III CONCUT em 1988 sobre o 
"funil" para eleição dos delegados ou a ratificação da participação nas câmaras 
setoriais e a filiação à CISOL em 1992), mas ainda mantinham-se pontos de 
convergência entre a maioria e a minoria. A partir do IV CONCUT, com o novo 
cenário formado pelo "funil", que gerou a forte diminuição de delegados na base, 
como também devido ao golpe na votação da proporcionalidade qualificada e nas 
fraudes existentes nas delegações ao Congresso, os espaços de "democracia 
sindical" foram diminuindo na Central, e gradativamente novas formulações foram 
ganhando densidade. A Articulação Sindical, no período entre o IV e o V 
CONCUT´s, entrou numa fase de transição na qual deixou de dirigir a CUT, para 
então dominá-la. A chapa única que aconteceu no V CONCUT (1994) tinha maior 
relação com a necessidade de superação da "crise" instaurada no Congresso 
Nacional anterior (que terminou inclusive com agressões físicas), e afirmação da 
aposta de todos ainda na CUT, do que com o avanço em uma maior unidade 
programática.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Especialmente a partir do IV CONCUT (1991), o acordo 
geral de que todos na CUT eram classistas foi gradativamente quebrado, 
diminuindo o consenso que antes existia entre a maioria e minoria, parte 
fundamental da direção intelectual e moral conduzida pela Articulação Sindical. 
A quebra de consenso e "sufocamento" dos espaços de democracia sindical foram 
dois aspectos de um mesmo processo de mudanças que ocorreram no interior da 
Central. Estas transformações tiveram relação também com o posicionamento 
estratégico da CUT, já que na passagem para tornar-se corrente dominante 
internamente na Central, a Articulação Sindical foi pouco a pouco sendo dirigida 
intelectual e moralmente pela burguesia, aplicando como seu o programa das 
classes dominantes. Um sindicalismo social-liberal, pois a CUT era uma Central 
que provinha da tradição socialista, e que acabava por utilizar sua legitimidade 
no interior das massas para propagação do projeto neoliberal, defendendo certos 
desvios de rota e adaptações táticas no interior das suas margens de 
manobra.</DIV>
<DIV align=justify><BR>É importante destacar o peso fundamental que detinham as 
forças minoritárias (como a "CUT pela Base" e a "Convergência Socialista) e sua 
capacidade de influência em torno das decisões da CUT. O IV Congresso Nacional 
(1991) foi um exemplo da capacidade de polarização que as correntes que 
mantiveram a postura classista conseguiram realizar no interior da Central, 
chegando inclusive a ganhar uma votação e dividir a Executiva Nacional ao meio. 
Além disso, as correntes minoritárias, mesmo que perdessem as votações, 
influenciavam nas resoluções da maioria, que acabava mesclando elementos das 
propostas minoritárias para manutenção de certo consenso no interior da CUT. 
Esta influência das correntes minoritárias passava também por grandes sindicatos 
de base, confederações e CUT's Estaduais, que mantinham acesa a chama das lutas, 
impulsionando a Central para frente, e resistindo às políticas implementadas 
pela maioria. Mesmo com a dominação da CUT pela Articulação Sindical, o que 
tornava inviável uma mudança estrutural que reconduziria a Central de volta ao 
classismo e ao socialismo, as correntes sindicais classistas mantiveram seu 
papel de questionamento, fazendo propostas alternativas e mobilizando suas 
bases.&nbsp; A manutenção do papel conjuntural da CUT enquanto uma frente única 
de massas na década de 1990, apesar da concepção e da prática da Articulação 
Sindical, só foi possível graças correlação de forças interna forjada pela 
postura política das correntes minoritárias, as quais se mantinham na defesa do 
classismo e do socialismo. A contradição da consolidação da CUT enquanto 
social-liberal, e a necessidade da existência de uma ferramenta de luta 
anti-neoliberal, que resistisse aos ataques das classes dominantes, era acirrada 
pelo papel que tiveram as correntes minoritárias, impulsionando a Central a ter 
uma postura de oposição de esquerda ao programa conservador.</DIV>
<DIV align=justify><BR>A CUT, para consolidar um novo viés social-liberal, se 
propunha a superar sua concepção de Central operária, para tornar-se uma Central 
"cidadã". O esvaziamento da perspectiva de independência de classe teve enquanto 
"roupagem" o "sindicalismo cidadão", o qual se apropriou de termos em disputa no 
interior do imaginário da sociedade (como cidadania, democracia, igualdade, 
solidariedade, justiça, etc) de forma resignificada, como parte de sua transição 
em direção a um sindicalismo conciliador.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Não podemos esquecer-nos do papel que a Força Sindical 
teve nas mudanças do sindicalismo brasileiro. Se CUT foi gradativamente 
descolando-se da base, e construindo políticas voltadas para o pacto-social, a 
Força Sindical teve, desde sua fundação em 1991, uma atuação neoliberal, sendo 
pioneira na utilização de recursos para implementação de formação profissional, 
intermediação de mão-de-obra e seguro desemprego. A influência que a Força 
Sindical teve nas mudanças que ocorreram no sindicalismo brasileiro, 
especialmente aquele de matriz anteriormente classista, precisa de pesquisas de 
maior envergadura[14].&nbsp; No que tange a Política de Formação da Central, 
ocorreu inicialmente a transição de uma formação político-sindical de cunho 
classista, para uma sindical-instrumental pautada pelo exercício da "cidadania 
plena". Ocorreu um aprofundamento dessa perspectiva com a eleição de uma nova 
Secretária para a SNF[15] em 1994 (V CONCUT), além do início do processo de 
subordinação da política de formação sindical-instrumental à formação 
profissional. É importante destacar a tentativa de apagar da memória da CUT o 
período anterior a ocupação desta secretaria pela "Articulação Sindical". Como 
já vimos, o período de 1984-1986 é extremamente rico no que tange a organização 
da formação político-sindical cutista, sendo a tentativa de apagá-lo um sintoma 
da mudança de rumos ocorrida no período posterior.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Desde a eleição de Jorge Lorenzetti no final de 1986, a 
SNF manteve-se sob controle da "Articulação Sindical". Temos a reeleição de 
Jorge em 1988 e 1991, depois um mandato de Mônica Valente (1994-1997), e em 
seguida a eleição de Altemir Tortelli (1997-2000), com sua reeleição no ano de 
2000. Foram, portanto, 14 anos de manutenção da mesma diretriz política na área 
de formação da CUT, o que fez com que a Secretaria tivesse certa blindagem em 
relação às disputas internas ocorridas. Mesmo que estas disputas influenciassem 
nos rumos da Política de Formação, pois seus resultados possibilitaram a 
manutenção da hegemonia da "Articulação Sindical" na CUT, o debate específico em 
torno do tema teve uma diretriz clara, referenciada em um processo longo de 
aprofundamento de suas características, sem grandes reviravoltas ou mudanças de 
rumos. Devemos também destacar que a "Articulação Sindical" detinha quase que 
totalidade das Secretarias Estaduais de Formação, nas CUT´s Estaduais. Podemos 
avaliar, portanto, que as transformações ocorridas na CUT, indo em direção a 
execução de cursos de Formação Profissional, teve a influência de alguns 
fatores, como: 1)Participação nos fóruns tripartites vinculados ao FAT, como o 
CODEFAT e as Comissões Estaduais e Municipais de Emprego. 2)Abertura da 
possibilidade de execução de atividades na área de formação profissional. 3) A 
perspectiva da democratização do Estado através da criação de espaços "públicos 
não estatais". 4) A manutenção da participação da "Articulação Sindical" na 
Secretaria Nacional de Formação durante 14 anos (1986-2000).</DIV>
<DIV align=justify><BR>Desde o V CONCUT, em 1994, no qual as atividades de 
formação profissional nos sindicatos filiados a CUT deviam ser "avaliadas 
enquanto experiências", passando pela realização do "Integrar" pela Confederação 
Nacional dos Metalúrgicos em 1996, pelo "Integral" construído pelo CUT em 
1997/1998, até consolidar-se no programa "Integração" em 1999, a Central foi 
progressivamente aumentado sua participação na execução de cursos de Formação 
Profissional.&nbsp; Além da mudança de concepção, no qual um dos centros de 
atuação para superação do desemprego torna-se a requalificação profissional do 
trabalhador, a CUT tendeu a atrelar-se ao Estado, pois foi a partir dos recursos 
provenientes do FAT, em sua grande maioria, que os cursos de formação 
profissional foram realizados.</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>A CUT, em consonância com sua diretriz de "Central Cidadã" 
consolidou no final da primeira metade da década 1990 a busca pela construção de 
espaços "públicos não estatais", os quais em geral são articulações de entidades 
da sociedade civil com financiamentos estatais. Já que o Estado, por si só, era 
neoliberal e privatista, a própria CUT, enquanto representante legítima da 
sociedade civil poderia realizar políticas públicas na área de emprego, visando 
a ampliação da atuação estatal e sua democratização. A Central deixou de 
prioritariamente cobrar a execução de políticas públicas pelo Estado para ver-se 
enquanto melhor realizadora das mesmas políticas, lutando pela ampliação do 
recebimento de recursos estatais na área de intermediação de mão de obra, 
cooperativismo e requalificação profissional.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Dessa forma, a força do aumento das mobilizações das 
classes subalternas na década de 1980 oxigenou a CUT e seus espaços em prol de 
uma postura combativa e firme, como também a queda das greves teve grande 
impacto na transmutação da Central;&nbsp; no geral, tendemos a dar maior peso na 
correlação de forças o fator subjetivo da ação das classes subalternas do que a 
atuação dos dirigentes da CUT e seus espaços de organização. Isto não significa 
a diminuição do peso da CUT enquanto agente social transformador, mas que essa 
se molda através da influência direta das mudanças na moral e na mobilização das 
classes subalternas. Não devemos, portanto, deslocar a CUT da classe que a 
organiza; mais do que organizar as classes subordinadas, a Central é organizada 
por elas, sendo reflexo da capacidade de construção de um projeto 
contra-hegemômico em um determinado período. </DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>Devemos também não cair no erro de derivar da diminuição 
relativa do emprego nas indústrias o enfraquecimento da CUT. Uma das teses 
colocadas é a de que, devido à "desindustrialização" as Centrais Sindicais com 
perfil mais operário, estando aí incluída a CUT, tenderiam inexoravelmente a 
perder sua capacidade de mobilização. Esta proposta traz como "pano de fundo" a 
impossibilidade da resistência dos trabalhadores em uma conjuntura adversa, já 
que o desemprego debilitaria a classe de uma tal forma que esta não conseguiria 
mais reagir, sendo então a diminuição das lutas uma conseqüência linear do 
aumento do desemprego. É fato que o aumento do desemprego em geral, e 
particularmente nas indústrias, enfraqueceu a CUT, pois aumentou a competição 
entre os trabalhadores, dividindo ainda mais as classes subalternas. A Central 
não conseguiu reagir ao impacto do ajuste neoliberal no mundo do trabalho, tendo 
grandes dificuldades para englobar os setores precarizados e informais da classe 
trabalhadora, sendo este um dos principais motivos para diminuição das 
mobilizações. Entretanto, e é aí que se encontra um dos aspectos fundamentais, a 
CUT, além de não conseguir realizar na magnitude necessária a defesa dos 
trabalhadores empregados, possibilitando através das lutas a permanência dos 
seus postos de trabalho, não teve propostas organizativas para os segmentos que 
flutuam entre o mercado formal e informal de trabalho. Existiu uma tendência 
geral da CUT caminhar em direção aos espaços formais e institucionais, enquanto 
o mundo do trabalho tornava-se cada vez mais "ilegal" e informal, pois o avanço 
das classes dominantes criava um novo "código real", que desprezava o "código 
legal" na medida em que este garantia conquistas aos trabalhadores. A retirada 
de direitos e precarização do trabalho não ocorreram apenas na promulgação das 
contra-reformas no Congresso Nacional, mas a partir da mudança na forma 
organizativa do mundo do trabalho e de sua hierarquia, fruto da existência de 
uma nova correlação de forças entre as classes. A CUT, ao invés de aproximar-se 
dos segmentos precarizados através das lutas efetivas, incorporando suas 
demandas em novas formas de atuação, buscou resolver o "problema do desemprego" 
por medidas respaldadas em instâncias institucionais como a requalificação 
profissional e intermediação de mão-de-obra, incluindo aí o recebimento de 
volumosos recursos do governo através do FAT.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Portanto, não precisamos ser imediatistas na análise dos 
processos históricos, tentando envolver os ciclos processuais curtos em 
espectros de análise mais amplos. O enfraquecimento da força mobilizadora do 
sindicalismo não pode nos fazer esquecer da importância histórica da CUT 
enquanto exceção que confirma a regra: mesmo em conjunturas adversas, é possível 
realizar o novo através da luta. Devemos não só buscar compreender o processo de 
conversão da CUT, mas também os motivos que fizeram dela um dos pilares 
fundamentais do projeto contra-hegemômico de organização autônoma dos 
trabalhadores na história do capitalismo no Brasil.</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>* Rodrigo Dias Teixeira é militante do Sindicato Estadual dos 
Profissionais da Educação (SEPE-RJ). Autor da Dissertação "Para Onde foi a CUT? 
Do classismo ao sindicalismo social-liberal 
(1978-2000)<BR><BR><BR><U><STRONG>Notas</STRONG></U></DIV>
<DIV align=justify><BR>[1] Um exemplo marcante deste fato foi também a discussão 
sobre o imposto sindical: a CUT tinha uma posição contra a utilização do 
imposto, mas a maioria dos sindicatos de sua base o utilizava, desrespeitando a 
deliberação da Central.<BR>[2] LUXEMBURGO, Rosa. Greve de Massas, Partidos e 
Sindicatos. In : BOGO, Ademar. Teoria da Organização Política. São Paulo, 
Expressão Popular: 2005. Pág 331<BR>[3] Idem, ibidem. Pág 331<BR>[4] Idem, 
ibidem. Pág 325<BR>[5] "Eu francamente admito que tenho muito pouca inclinação 
ou interesse pelo que é usualmente chamado de 'objetivo final do socialismo'. 
Este objetivo, independente do que seja, não significa nada para mim, o 
movimento é tudo" Frase atribuída a Bernstein, mas sem referência exata. 
Tornou-se um dos símbolos da concepção dos reformistas social-democratas. 
Retirado de: KORSH, Karl. O fim da ortodoxia marxista. 1937.<BR>[6] LUXEMBURGO, 
Rosa. Greve de Massas, Partidos e Sindicatos. In : BOGO, Ademar. Teoria da 
Organização Política. São Paulo, Expressão Popular: 2005. Pág 331<BR>[7] KOHAH, 
Nestor. Rosa Luxemburgo, a flor mais vermelha do socialismo. Pág 4<BR>[8] 
MANDEL, Ernest e ANDERSON, Perry. A burocracia no movimento operário. Cadernos 
Democracia Socialista - Volume V. São Paulo: Editora Aparte Pág 4<BR>[9] Um 
importante exemplo desse processo foi a constituição dos diversos conselhos que 
a CUT participava, especialmente o CODEFAT, e os Conselhos Municipais e 
Estaduais de Emprego.<BR>[10] "(...) numa sociedade onde, mais do que nunca, o 
dinheiro é o rei, a tentação de se adoçar a si mesmo é muito grande; certos 
dirigentes escapam-se, muito bem, e sucumbem." MANDEL, Ernest. Natureza do 
Reformismo social-democrata. Pág 5 
http://combate.info/index.php?Itemid=41&amp;id=48&amp;option=com_content&amp;task=view<BR>[11] 
idem, ibidem. Pág 4<BR>[12] WOOD, Ellen. "A separação entre o "econômico" e o 
"político" no capitalismo" in: WOOD, Ellen. Democracia contra capitalismo: a 
renovação do materialismo histórico. São Paulo, Boitempo: 2003.<BR>[13] A 
exceção nessa área corresponde ao belo trabalho de Vito Giannoti: GIANNOTTI, 
Vito. Força Sindical: A central Neoliberal. Rio de Janeiro, Maud, 2002<BR>[14] 
Secretaria Nacional de Formação da CUT.</DIV>
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<DIV align=center><STRONG><FONT size=3><FONT color=#800000 
size=4>Correspondencia de Prensa</FONT><BR>boletin solidario de información - 
edición internacional<BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT size=3><FONT 
color=#800000 size=4>Agenda Radical - Colectivo 
Militante</FONT><BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT 
size=3>Gaboto 1305 - Teléf: (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT></STRONG><BR></DIV>
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