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<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
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<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><EM>boletín solidario de información - 
edición internacional</EM><BR></FONT><FONT size=4><FONT color=#800000><FONT 
size=5><U>Correspondencia de Prensa</U><BR>Agenda Radical - Colectivo 
Militante</FONT><BR></FONT><U>13 de agosto 2009</U><BR>suscripciones y 
redacción: </FONT></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil </FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Arthur Henrique 
e a unidade da CUT: um chamado à colaboração de classes<BR><BR>Com a ruptura da 
maioria das forças políticas de oposição ao governo Lula, a CUT transforma seu 
décimo congresso num fórum bipartite e faz chamado oportunista para que a 
esquerda retorne à central</FONT></STRONG><BR><BR><BR><STRONG>Juary 
Chagas</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><A 
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG>www.pstu.org.br/</STRONG></A><BR><BR><BR><FONT 
face=Arial size=2>O processo de anexação da CUT ao aparelho do estado burguês 
segue com uma velocidade assustadora. No seu décimo congresso, ocorrido nos dias 
3 a 7 de agosto, a central selou a sua falência enquanto organização dos 
trabalhadores.</FONT>Bem diferente do que acontecia durante o ascenso dos anos 
1980, quando ainda era possível se fazer um debate classista e com independência 
frente a patrões e governos, o 10º CONCUT demonstrou ser – sem qualquer mediação 
– um fórum bipartite, onde trabalhadores e governo debatem soluções negociadas 
para os problemas da classe.<BR><BR>A CUT, nos seus primórdios, sempre defendeu 
que os trabalhadores deveriam levantar suas bandeiras imediatas e históricas 
para, a partir daí, construir as lutas e mobilizações que exijam e arranquem dos 
patrões e dos governos essas reivindicações. Mas a ação direta e a independência 
de classe são princípios absolutamente esquecidos pela CUT.<BR><BR><STRONG>Um 
congresso assumidamente governista</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>Para se ter uma ideia do grau de promiscuidade da CUT com 
os interesses patronais e dos governos, basta olhar para a programação do 
Congresso. Nas mesas temáticas, estiveram presentes Luiz Dulci, secretário 
nacional da presidência da República, e a senadora Marina Silva (PT). Além 
deles, participaram como convidados os ministros Carlos Minc, do Meio Ambiente, 
e Edson Santos, da Igualdade Racial.<BR><BR>O governo Lula sentiu-se tão em casa 
no CONCUT, que a ministra e presidenciável Dilma Roussef não pode estar 
presente, mas gravou um vídeo que foi exibido na abertura. A apresentação levou 
os delegados governistas a gritar o nome da ministra em êxtase após a 
exibição.<BR><BR>Mas o governismo da CUT não se resume às demonstrações de 
compadrio. Os cutistas acham importante registrar isso em documentos e o fizeram 
no balanço político da sua atuação, através do “Texto Base da Direção Nacional 
da CUT” ao congresso. Nele, os cutistas reafirmam o suposto acerto do apoio dado 
a Lula, ignorando a política de criminalização do movimento e os ataques que 
esse governo imprimiu contra os trabalhadores: “Fruto de um intenso debate, o 9º 
CONCUT apostou, com acerto, no apoio à continuidade do projeto 
democrático-popular representado pelo governo Lula”.<BR><BR>Sem independência 
política e com a democracia interna rasgada em mil pedaços, a CUT referenda 
conscientemente a sua opção de apoio à construção do projeto burguês do PT de 
administração do capitalismo, de orientação neoliberal e confirma a 
caracterização de todos os que romperam pela esquerda com a central no último 
período: trata-se de um instrumento absolutamente decadente e a impossibilidade 
de dar-lhe outro rumo é irreversível.<BR><BR><STRONG>A “unidade” da CUT não 
serve à luta dos trabalhadores</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>A promiscuidade desavergonhada da CUT com o governo Lula 
– talvez por ser algo mais do que sabido pelo movimento operário – não foi nem 
de longe o acontecimento mais marcante desse período de congresso. Durante os 
preparativos para o início do 10º CONCUT, Arthur Henrique – presidente da 
Central Única dos Trabalhadores – não economizou nas bravatas em entrevista à 
revista Caros Amigos.<BR><BR>Arthur – candidato único à presidência da CUT, num 
momento em que a Articulação reina absoluta na entidade – afirmou, cinicamente, 
que “espera a volta dos sindicalistas que saíram da CUT e fundaram novas 
centrais”, mesmo causando alguma turbulência nos mares calmos pelos quais 
navegam a burocracia sindical governista no interior da CUT e, portanto, mesmo 
que isso pudesse atrapalhar a tranquilidade da sua reeleição.<BR><BR>O discurso, 
o mesmo de sempre. A velha e surrada cantilena da unidade cutista. Arthur afirma 
continuar defendendo o retorno dos militantes que romperam com a CUT, apesar de 
estes terem feito o que ele classifica como “tentativa de dividir o movimento 
sindical e a esquerda”, referindo-se, entre outras coisas, à fundação da 
Conlutas. E mais, diz que seremos bem recebidos de volta à CUT.<BR><BR>De uma 
coisa não se pode ter dúvida. A veia teatral do presidente da Central Única dos 
Trabalhadores foi muito bem desenvolvida. Seja pelo cinismo das suas afirmações, 
seja pela desfaçatez com que conclama a unidade da esquerda ao mesmo tempo em 
que o seu partido (PT) e a sua corrente (Articulação) se utilizaram da CUT para 
defender o projeto burguês do governo Lula e a sua política pró-especuladores e 
empresários, Arthur Henrique mostra de que a CUT tem uma tática consciente para 
continuar amordaçando a classe trabalhadora: seguir protagonizando uma peça de 
teatro na qual ela posa de classista e que, portanto, mereceria a confiança dos 
trabalhadores.<BR><BR>O falatório cutista reforça o discurso autoproclamatório 
de que a CUT, por ser a maior central sindical da América Latina (em razão do 
número de sindicatos filiados), detém uma condição de inquestionável, de 
irrenunciável e, por isso, devemos confiar nela até que ela se esfacele por 
completo e não reúna mais um sindicato sequer ao seu redor.<BR><BR>Esta é uma 
elaboração completamente torta do ponto de vista político e também teórico. A 
partir do momento em que a CUT abandona o programa dos trabalhadores, o 
princípio da independência de classe, a democracia interna que permitiria que os 
trabalhadores de base impusessem sua vontade frente à cúpula de dirigentes que 
hoje controla a central, e todo o seu legado classista e de luta pelo 
socialismo, o tamanho da CUT não só é secundário para essa discussão, como se 
transforma num elemento que prejudica os trabalhadores. Afinal, ter uma 
organização do tamanho da CUT se colocando contra os interesses da classe não é 
nada fácil para quem já tem de enfrentar a burguesia e os governos.<BR><BR>Ao 
afirmar que os que reivindicam a Conlutas dividem a esquerda por terem rompido 
com a CUT, Arthur Henrique se utiliza de um método politicamente desonesto, mas 
que ainda encontra eco no movimento. Arthur parte de um pressuposto geral que a 
CUT “reúne a maioria dos trabalhadores brasileiros” e, a partir daí, desfere 
suas críticas aos que supostamente dividiram a entidade e enfraqueceram a luta 
por terem optado por construir outra ferramenta.<BR><BR>Isso seria legítimo se 
Arthur e os cutistas não ocultassem, deliberadamente, uma parcela importante 
desse debate. O que eles não dizem é que a CUT há muito tempo deixou de reunir 
os trabalhadores nas suas instâncias. A cada ano que passa a CUT vai ficando 
cada vez mais restrita a dirigentes sindicais acomodados e burocratizados, 
perdendo o contato com a base e com o debate vivo que deveria existir entre os 
trabalhadores e a central.<BR><BR>Não dizem que a CUT abandonou as bandeiras 
históricas da luta da classe trabalhadora e também que já não ocupa um lugar na 
esquerda. Ora, como uma organização que defende uma reforma da Previdência (como 
a CUT defendeu em 2003) que retira direitos dos trabalhadores pode ser de 
esquerda? Como pode defender os trabalhadores uma central sindical que coloca os 
interesses do governo de turno à frente dos interesses da classe? Esses 
questionamentos, Arthur e seus companheiros também não respondem.<BR><BR>E não 
respondem por um motivo simples. Porque é impossível dizer que a CUT não é 
governista e que hoje não é controlada de forma absoluta pelo PT, desde o 
Palácio do Planalto. Como expressão cabal disso, temos o episódio recente da 
demissão em massa na Embraer. Três dias antes da demissão sumária de 4.270 
trabalhadores da empresa, o próprio Arthur reuniu-se com Lula para discutir as 
demissões que seriam anunciadas em breve. Qualquer dirigente sindical digno da 
representação que os trabalhadores lhe delegaram informaria da decisão tomada 
pela empresa, denunciaria a parcimônia do governo e organizaria minimamente a 
resistência dos trabalhadores contra esse ataque. O papel de Arthur foi calar-se 
e ocultar esse fato dos trabalhadores. Um crime de traição fruto da 
subserviência total ao seu companheiro Lula, que afirmou nada poder fazer para 
reverter as demissões e ainda deu mais dinheiro público para a 
Embraer.<BR><BR>Essa obediência canina que vem desde o seu presidente é um 
comportamento padrão dentro da Central Única dos Trabalhadores. A CUT, que já 
vinha em franco processo de burocratização mesmo antes da chegada de Lula ao 
poder, adaptou-se mais aceleradamente e de forma ainda mais assustadora ao 
governo e ao aparato estatal a partir de 2002. A democracia no interior da 
central, que já era amplamente questionada, foi aniquilada por completo, de 
forma que se tornara impossível mudar a CUT por dentro. E a tendência é que 
episódios como os que ocorreram no 10º CONCUT tomem ainda mais corpo e se tornem 
cada vez mais naturais.<BR><BR>Portanto, a unidade tão desejada pela CUT nada 
tem a ver com o conceito histórico de unidade da classe trabalhadora. A unidade 
dos trabalhadores não é um conceito abstrato que se faz com base em nada ou na 
simples unidade pela unidade. Ao conclamar “trabalhadores de todo mundo, 
uni-vos”, Karl Marx coloca como condição a unidade em torno de princípios, 
dentre eles a independência de classe, a democracia operária e tantos outros que 
a CUT já não conhece mais. Assim sendo, a grande vilã da unidade da classe 
trabalhadora nessa história é a própria CUT, que renunciou organizar os 
trabalhadores ao redor das suas aspirações para cumprir o papel de escudo de um 
governo que ataca a classe trabalhadora, se achando ainda no direito de criticar 
os que procuram levantar as bandeiras dos trabalhadores que um dia a própria CUT 
levantou.<BR><BR><STRONG>A briga por espaço político vem antes da 
democracia</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Longe da construção das lutas da classe trabalhadora, a 
CUT vai se resumindo a um departamento institucional do governo Lula, onde a 
discussão central é sobre o espaço que os dirigentes devem ter na central 
enquanto representação política. Na mesma entrevista à Carta Capital, Arthur 
Henrique deixa muito claro qual o debate que realmente tem relevância hoje no 
interior da CUT.<BR><BR>Tentando dar respostas ao problema da completa falta de 
democracia dentro da central, Arthur tenta desmentir essa realidade com 
provocações a José Maria de Almeida, Coordenador da Conlutas: “Construímos a 
CUT, justamente para ser uma central única, onde todas as correntes de 
pensamento político pudessem estar representadas. [...] O Zé Maria tinha mais 
espaço como dirigente da Executiva Nacional da CUT do que como coordenador da 
Conlutas”.<BR><BR>Mas isso não é tudo. Arthur ainda encontra espaço para 
alfinetar infantilmente Zé Maria: “Ele não se reelegeu em seu próprio sindicato, 
em Contagem (Minas Gerais). Acho muito complicado, para um dirigente de uma 
central sindical não ter um sindicato de base”.<BR><BR>A linha de raciocínio 
utilizada pelo presidente da CUT simboliza o que se transformou essa entidade. 
Para Arthur, negociar espaço aos dirigentes de determinadas correntes políticas 
é a garantia democrática de um debate que contemple a participação dos mais 
diversos espectros de concepção. Mais ainda. Para Arthur, é preciso ter um 
sindicato para construir a luta dos trabalhadores ao redor de uma 
central.<BR><BR>Tudo isso mostra de forma muito clara a que se reduziu a 
democracia no interior da CUT: uma mera formalidade que está subordinada ao 
cupulismo. Para justificar a falta de democracia e a truculência imposta pelas 
correntes governistas (em particular a Articulação, do próprio Arthur), o 
presidente da CUT sinaliza como funciona o mecanismo aliviador de tensões no 
interior da CUT. Basta garantir um espaço na Executiva para um dirigente e tudo 
é resolvido ao final. É com esse tipo de negociata que se consegue arregimentar 
todas as outras correntes do PT (Articulação de Esquerda, O Trabalho, DS etc.) 
que tentam se diferenciar da corrente majoritária que está mais à direita, mas 
que acabam abraçados com a Articulação num bloco dos governistas.<BR><BR>Pior, a 
provocação infantil de Arthur a Zé Maria deixa transparecer uma concepção que 
inicialmente está implícita, mas que se expressa claramente ao analisar o 
conteúdo de suas palavras. Deixando de lado se Zé Maria dirige ou não algum 
sindicato, Arthur simplesmente secundariza a possibilidade das instâncias 
democráticas dos trabalhadores elegerem seus representantes. Para ele, sem estar 
de posse política de um sindicato, um militante não teria legitimidade para 
ocupar um lugar de destaque numa central ou na luta mais geral dos 
trabalhadores, ignorando completamente o critério histórico de eleição de 
representações pelas bases, seja ou não em nome de quem dirige uma entidade 
sindical.<BR><BR>Mas nada disso é novidade. As palavras do presidente da CUT 
nada mais são do que a expressão fiel da concepção que essa central desenvolveu 
ao longo dos últimos anos. E é justamente por isso que a CUT hoje não é lugar 
para os ativistas honestos.<BR><BR>Para nós que construímos a Conlutas, o 
critério do espaço político às lideranças não é nem de longe o primordial nesse 
debate. Ainda que tivéssemos menos espaço do que temos hoje na Conlutas, em 
relação ao que teríamos na CUT, não abriríamos mão desse projeto. Ainda que 
dirigíssemos um sem número de sindicatos, esse não seria o critério direto 
utilizado para nomear nossos representantes.<BR><BR>Para nós, o importante é 
construir uma ferramenta que preserve um programa classista e independente, onde 
tudo e inclusive a eleição dos representantes sejam feitos através das 
instâncias democráticas das entidades de base. Ter espaço numa entidade que não 
representa os trabalhadores e nem coaduna com esse programa é o mesmo que dar 
uma colher de plástico para extrair petróleo do solo: as condições dadas pelo 
instrumento não correspondem à concretização da tarefa que nos propomos a fazer. 
E isso não interessa aos lutadores.<BR><BR><STRONG>A demagogia cutista e o 
imposto sindical</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Para coroar toda a chuva de falsificações na sua 
entrevista à Carta Capital, Arthur Henrique não poderia esquecer da demagogia. 
Como se não bastassem todos os absurdos proferidos, o presidente da CUT baixa 
ainda mais o nível político do seu discurso com um impropério sem tamanho, ao 
afirmar que o PSTU tentou “criar uma correia de transmissão” com a 
Conlutas.<BR><BR>Simplesmente não dá para levar a sério as palavras do Sr. 
Arthur Henrique, por dois elementos. O primeiro, é compreensível, pois é por 
motivo de desconhecimento. O funcionamento da Conlutas garante que todas as 
correntes, todos os agrupamentos e todos os partidos expressem de forma 
democrática as suas posições. Essas posições são debatidas e decididas pelas 
instâncias da central, que são formadas por representantes eleitos nos 
organismos democráticos das entidades de base. Quem define os rumos da Conlutas 
são as representações escolhidas nas oposições, sindicatos e organizações que 
mantêm relação política com a entidade e não pelas instâncias de qualquer 
partido ou agrupamento.<BR><BR>O segundo, é inaceitável, pois é por motivo de 
hipocrisia. A CUT hoje não só é controlada pelo PT como sua forma de organização 
interna é uma garantia para que isso se mantenha indefinidamente. Não poderia 
ser diferente, pois uma entidade que é dirigida de forma presidencialista, na 
qual a direção é eleita a cada três anos através da costura de um acordo de 
forças políticas do PT (que arregimentam seus delegados a partir das direções 
sindicais) não poderia funcionar de outra forma: como uma correia de transmissão 
de um partido, e pior, um partido da ordem, que administra um governo neoliberal 
de frente popular. Antes de falar do que não sabe, Arthur Henrique deveria olhar 
o seu próprio terreiro para não ser demagogo.<BR><BR>Só que este não é o único e 
nem será o último dos discursos demagógicos da CUT. Irritado com as rupturas que 
solaparam inclusive o núcleo de apoio governista e ajudaram a esvaziar mais a 
CUT, Arthur Henrique também destila o seu veneno contra a CTB, um histórico 
aliado cutista que inclusive integra o governo Lula: “Não tenho a menor dúvida 
de que o imposto sindical foi elemento central para a saída da CUT. A CTB, por 
exemplo, sempre defendeu o imposto sindical”, alfineta.<BR><BR>É verdade que a 
CTB, desde quando era CSC (Corrente Sindical Classista) e se organizava na CUT, 
sempre defendeu o imposto sindical. Podemos (e devemos) criticar a CTB por falta 
de independência de classe ao optar receber milhões que foram retirados 
compulsoriamente dos bolsos dos trabalhadores a partir de uma concessão do 
Estado. Mas não podemos chamá-la de hipócrita. Já Arthur, diz que é contra o 
imposto sindical, mas a CUT nunca saiu do discurso e nunca tirou nenhuma 
resolução prática que procurasse ir de encontro ao recebimento dos valores do 
imposto sindical por parte dos seus sindicatos. Embora tente apresentar essa 
rejeição em discurso, a CUT ainda não fez o mesmo que a Conlutas, que rejeita o 
imposto sindical e discute claramente a devolução dos valores para os 
trabalhadores nos seus sindicatos.<BR><BR>Isso Arthur Henrique também não diz. 
Esconde de forma demagógica mais essa opção da CUT pela colaboração de classes e 
continua com seus chamados vazios à unidade.<BR><BR><STRONG>Queremos unidade... 
Na luta!</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>O chamado envergonhado de Artur Henrique à esquerda que 
rompeu com a CUT e constrói a Conlutas às portas do CONCUT não nos coloca na 
defensiva. Embora sejamos passíveis de erros e equívocos políticos, procuramos 
ser os campeões da unidade e levamos isto muito a sério.<BR><BR>No entanto, a 
unidade que defendemos não é a unidade sem critérios, sem princípios. Não é a 
unidade abstrata. A unidade que defendemos é a que expressa a luta histórica da 
classe trabalhadora e que deve se dar através de elementos irrenunciáveis, como 
a independência de classe, a ação direta e a democracia operária.<BR><BR>É a 
unidade contra os patrões, contra as políticas neoliberais do governo, contra as 
medidas pró-banqueiro de Lula e a favor dos trabalhadores. É a unidade para 
derrubar Sarney e pôr um fim à câmara corrupta que é o Senado. É a unidade para 
construir a solidariedade em torno dos trabalhadores hondurenhos e para exigir a 
retirada das tropas brasileiras do Haiti. É a unidade para arrancar de Lula 
medidas que garantam o emprego, que reduzam a jornada de trabalho sem redução de 
salário e para denunciar a traição desse governo caso não atenda nossas 
reivindicações. É a unidade para construir o dia 14 de agosto como um dia de 
lutas e paralisações, que possa colocar os trabalhadores em movimento e apontar 
para mobilizações cada vez mais fortes.<BR><BR>Enfim, a unidade que queremos é a 
unidade na luta, que aponte um caminho consequente rumo ao socialismo e não 
hesitaremos em fazê-la mesmo construindo organizações distintas e mesmo com 
todas as nossas diferenças. O que não aceitamos – e nem aceitaremos – é abrir 
mão de um programa de classe para aderir a um projeto burguês de conciliação 
encabeçado pelo PT e pela própria CUT. A depender disso, o Sr. Arthur Henrique 
continuará muito bem acompanhado, dividindo o congresso da sua central com 
defensores da patronal e seus companheiros de governo.</DIV>
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<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=3><FONT color=#800000 
size=4>Correspondencia de Prensa</FONT><BR>boletin solidario de información - 
edición internacional<BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT size=3><FONT 
color=#800000 size=4>Agenda Radical - Colectivo 
Militante</FONT><BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT 
size=3>Gaboto 1305 - Teléf: (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT></STRONG><BR></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV></FONT></BODY></HTML>