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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><EM>boletín solidario de información - 
edición internacional</EM><BR><FONT color=#800000 size=5><U>Correspondencia de 
Prensa</U><BR>Agenda Radical - Colectivo Militante</FONT><BR><U>13 de agosto 
2009</U><BR>suscripciones y redacción: </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
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<HR>
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<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>A esquerda que 
assuma o seu papel: além do conformismo e da miséria da 
estreiteza</FONT></STRONG>&nbsp;&nbsp;&nbsp; </FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>O debate público 
brasileiro já está, de fato, bastante pautado pelo calendário eleitoral. São 
visíveis as movimentações na direita tradicional e no campo governista em torno 
da viabilização de seus projetos de poder. A questão que nos cabe é a de saber o 
que deve fazer a esquerda que não se contenta com a manutenção da atual 
situação.</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR><BR></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Coletivo 
Barlavento&nbsp;&nbsp;&nbsp; <BR></STRONG><A 
href="http://www.barlavento.org"><STRONG>www.barlavento.org</STRONG></A></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><EM></EM></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><EM>...Quisera encontrar Aquele verso 
menino Que escrevi há tantos anos atrás Falo assim sem saudade Falo assim por 
saber Se muito vale o já feito Mais vale o que será E o que foi feito É preciso 
conhecer Para melhor prosseguir Falo assim sem tristeza Falo por acreditar Que é 
cobrando o que fomos Que nós iremos crescer ...</EM><BR></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>(Milton Nascimento e Fernando 
Brant)<BR><BR>Do ponto de vista dos que querem mudanças estruturais da vida 
brasileira em favor das maiorias, a vida política do país encontra-se em um 
importante impasse. Este corresponde à ausência de uma alternativa séria, 
merecedora de credibilidade e, portanto, com capacidade de interferir no 
presente e abrir caminhos possíveis de futuro.<BR><BR>Neste período, aberto pela 
chegada de Lula e da coalizão que este expressa ao governo, o significativo 
campo de esquerda até então constituído dividiu-se por muitos caminhos;&nbsp; 
nenhum dos quais se tem mostrado uma alternativa consistente para um projeto 
emancipatório.<BR><BR>O debate público brasileiro já está, de fato, bastante 
pautado pelo calendário eleitoral. São visíveis as movimentações na direita 
tradicional e no campo governista em torno da viabilização de seus projetos de 
poder. A questão que nos cabe é a de saber o que deve fazer a esquerda que não 
se contenta com a manutenção da atual situação.<BR><BR><STRONG>“2006 de novo 
não”</STRONG><BR><BR>Podemos começar pela indicação do que não serve: a 
repetição da politicamente fracassada “frente (eleitoral) de esquerda” das 
últimas eleições presidenciais. Não serve porque foi incapaz de apresentar um 
programa visível; não serve porque não ofereceu horizontes para além das 
eleições, não contribuiu para a compreensão da realidade e muito menos para as 
lutas diárias da população e seus movimentos.<BR><BR>O “programa” então 
verbalizado pela candidata consistiu praticamente em martelar a idéia de reduzir 
os juros pela metade, “programa” já praticamente realizado no atual governo sem 
nenhuma alteração perceptível na vida do povo. Somava-se aí uma forte tonalidade 
moralizadora e personalista, com a repetição da surrada idéia do “líder” que 
“limparia” o país.<BR><BR>O sucesso político de uma alternativa eleitoral só 
pode ser medido nos momentos posteriores. A total ausência de um legado 
organizativo minimamente mais avançado que o patamar anterior ou ainda de 
manifestações de algum grau mínimo de avanço na consciência política dos 
segmentos que votaram naquela candidatura – muitos dos quais permaneceram 
inabalavelmente conservadores e anti-socialistas – indiciam o fiasco daquela 
tentativa.<BR><BR>É sempre empobrecedor e incorreto começar o debate pela 
imposição dos nomes que deverão encabeçá-lo, como tem feito segmentos do PSOL e 
até mesmo o PSTU, ambos apresentando a repetição do nome de Heloísa Helena sem 
nenhuma justificativa política para além das pesquisas eleitorais. Acontece que 
nem o balanço das eleições passadas nem a atuação pública da ex-senadora desde 
então oferecem indícios de que seria capaz de, desta vez, vocalizar uma 
plataforma séria de uma aliança que incluísse importantes segmentos combativos 
dos movimentos. A antecipação do nome – por parte de muitos desde o fechamento 
das urnas em 2006 – tem funcionado muito mais como um obstáculo à formação desta 
necessária ampliação para setores não organizados em partidos eleitorais do que 
como sua possibilitadora.<BR><BR>É neste quadro de uma equivocada personalização 
do debate que o foco das discussões tem sido em parte transferido do central 
-&nbsp; as lutas sociais dos explorados e oprimidos e suas possíveis e 
necessárias expressões políticas – para a miséria do “ser ou não ser” 
potencialmente chantagista de uma candidata à presidência.<BR><BR><STRONG>A 
melhor alternativa possível (desde que seja 
alternativa)</STRONG><BR><BR>Perdeu-se já demasiado tempo. Se os segmentos 
sérios – partidariamente organizados ou não – da esquerda socialista não 
quiserem ver seu projeto fora da disputa política neste próximo ano e meio, 
precisarão agir com ousadia e desde já.<BR><BR>O pressuposto da formação de um 
caminho alternativo é que tenha uma “vontade de programa”, um empenho em formar 
uma plataforma com medidas efetivas, compreensíveis, que recoloquem a 
perspectiva das mudanças de fundo em favor dos “de baixo”; uma plataforma não 
apenas para ganhar votos, mas para ganhar adeptos, para semear 
contra-hegemonias. Nem a propaganda solta do “só o socialismo resolve”, nem a 
despolitização completa do “só eu resolvo”.<BR><BR>A partir daí a máxima unidade 
deverá ser buscada e construída inclusive no movimento real. Só há uma unidade 
que não faz sentido: a unidade no vazio, aquela em que se forma uma frente que 
não significa mais nada do que a oportunidade para cada segmento apresentar a 
sua candidatura proporcional. A frente de 2006 acabou reduzida a isto e não há a 
menor razão consistente para repeti-la.<BR><BR>Pior do que não se repetir a 
unidade precária do passado ou dela não ser ampliada já para os movimentos é o 
projeto de mudança estrutural, radical e consistente da sociedade brasileira em 
favor das maiorias sair do “ringue” para se colocar como mero espectador de 
outra disputa: a que se vai dar entre os privatistas, o continuísmo governista e 
uma “alternativa” sem conteúdo.<BR><BR>É preciso que os movimentos combativos – 
dos quais o MST é uma das expressões importantes – os ativistas, militantes, 
intelectuais e organizações exijam e se disponham a construir: que a esquerda e 
seu projeto histórico entrem de fato na disputa!</DIV>
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edición internacional<BR></FONT></STRONG><A 
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Militante</FONT><BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT 
size=3>Gaboto 1305 - Teléf: (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT></STRONG><BR></DIV>
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