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<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
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<HR>
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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><EM>boletín solidario de información -
edición internacional</EM><BR><FONT color=#800000><FONT
size=5><U>Correspondencia de Prensa</U><BR>Agenda Radical - Colectivo
Militante</FONT><BR></FONT><U>14 de agosto 2009</U><BR>suscripciones y
redacción: </FONT></STRONG><A href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify> </DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>O PSOL se debilitou como
alternativa</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT face=Arial></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Carta aos dirigentes e militantes do
PSOL</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Coordenação Nacional CST/PSOL
– Corrente Socialista dos Trabalhadores</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Agosto
2009</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR> </DIV>
<DIV align=justify>Frente à crise que vive a direção do PSOL, a poucos dias da
realização do seu II Congresso, avaliamos necessária a reflexão sobre como e por
que se chegou à atual situação. Encaminhamos, ainda, propostas políticas e de
funcionamento, com vistas a auxiliar na superação do impasse, já que o curso
atual pode abalar profundamente nosso jovem Partido. </DIV>
<DIV align=justify><BR>A crise é de ordem política e metodológica. Ao abandonar
desde 2005 o projeto original, a direção majoritária enveredou o PSOL por uma
política que privilegiou a disputa eleitoral, subordinando a independência do
partido ao defender alianças policlassistas e ao aceitar o financiamento da
multinacional GERDAU, este último fato levado a cabo pela direção do MES.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Para manter esse projeto, era necessário mudar o caráter
militante do PSOL e aplicar uma forma de organização de filiados, sem
compromisso militante nem financeiro, com o único objetivo de ganhar disputas
internas a cada dois anos e conseguir apoio no período de eleições, tudo
justificado sob o discurso de “partido de massas”. </DIV>
<DIV align=justify><BR> Esta política, como consequência, fez o PSOL perder
espaço na reorganização do movimento sindical e popular, no terreno da luta de
classes. E estamos à beira de deixar de ser uma alternativa também no terreno
eleitoral se o partido abandonar a disputa com o governo Lula, caso Heloísa não
se apresente para disputar a Presidência da República, em 2010. Os militantes e
os delegados ao Congresso têm a enorme responsabilidade de reagir, e definir, no
Congresso, uma resposta à altura das necessidades da classe trabalhadora e do
povo, e não focar na mera disputa por maioria nos cargos de direção, o que
esvazia politicamente a instância máxima do partido, enfraquece e desarma a
militância e o próprio PSOL. <BR><BR><STRONG>Do I Congresso à situação
atual</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>A atual disputa pela direção entre as forças que
compuseram o bloco da maioria na direção, após o Congresso de 2007, formada
pelas correntes MES, APS, MTL, reivindicada pelos independentes do RJ e por
Heloísa, demonstrou sua incapacidade, política e metodológica, na tarefa de
dirigir o partido. O argumento que apresentaram em 2007 para conformar o bloco
foi que iriam dar “estabilidade ao PSOL”. Por conta disso, as forças
minoritárias (Enlace, C-SOL, CST e AS/SR) foram informadas, que a maioria tinha
decidido “não integrá-las” nas tarefas da direção. Hoje, o partido, com raras
exceções, está semiparalisado, e o bloco dividido, protagonizando uma brutal
luta fracional. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Esta atitude teve, também, outro significado: a
“institucionalizaçã o” da mudança em relação ao projeto fundacional. No processo
de ingresso da APS, em 2005, colocamos que a falta de aprofundamento da
discussão sobre a estratégia com os companheiros, os quais não tinham rompido
vínculos com o projeto democrático e popular do PT, deixaria espaço para uma
mudança substantiva no PSOL. O fato é que o partido vem sofrendo um progressivo
rebaixamento do projeto político original de se apresentar como uma alternativa
à esquerda do governo Lula, privilegiando a luta de classes. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Quatro anos após, o MES, que tem uma responsabilidade
fundamental nos erros cometidos, agora, porque está ameaçado de não obter a
maioria que aspira, passou a avaliar que não há unidade no combate ao governo
Lula, e, por isso, o partido deveria apoiar ao MES, para impedir que se imponha
outra maioria!<BR><BR><STRONG>O PSOL se debilitou como
alternativa</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Os companheiros do MES fazem um balanço parcial e,
portanto, equivocado, sobre o resultado político do partido no último período. O
centro de sua avaliação está apoiado no índice de votos de Heloísa Helena e por
isso afirmam que o PSOL está muito bem. Mas, o PSOL, ainda com estes índices,
tem dificuldade e enfrenta problemas para se enraizar como alternativa política
global. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Na preparação do partido para atuar na luta de classes,
sua instância nacional de direção, jamais discutiu uma sequer das 411 greves que
houve, por exemplo, em 2008, com o objetivo de fortalecer a intervenção de seus
militantes. O PSOL dos militantes, esse sim, está no dia a dia, mas, sem uma
política nacional, sem que as figuras públicas sejam colocadas à disposição de
todo o partido, sem instâncias para avaliar e deliberar suas políticas. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Na corrupção, que foi nosso ponto forte, também
retrocedemos. No caso da atual crise do Senado, com atraso e debilmente
formulamos o Fora Sarney, mas não houve nenhuma denúncia do regime de conjunto,
do próprio Senado, nem desta falsa democracia burguesa. Nem se defende uma
bandeira democrática como é a do fim do Senado, por uma Câmara Única
Proporcional. As propostas do PSOL, por sinal, foram todas no campo
institucional (comissão de ética e CPI), não existiu por parte da direção
majoritária nenhum chamado à mobilização para derrotar os corruptos e colocar
para fora Sarney. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O perfil de oposição de esquerda a Lula começou a
enfraquecer. Já apresentamos diversos textos com estas considerações: A APS
chamou o voto em Ana Júlia do PT no segundo turno das eleições de 2006, no Pará.
Luciana levou um ministro do governo Lula ao seu programa de TV, em 2008. Nossos
parlamentares votaram em candidatos do PT para presidir o Senado e do PCdoB,
governista, para presidir a Câmara. A convocatória do Ato de 02/04, no Rio,
outdoors e panfletos não falavam uma palavra do governo Lula. Nosso Senador
votou no Orçamento do governo. Esses fatos, entre outros, mostram o PSOL
retrocedendo de uma oposição categórica pela esquerda ao governo. </DIV>
<DIV align=justify><BR>O PSOL rebaixou sua postulação como alternativa, ao
governo e aos partidos do regime, ao se apresentar em alianças com PV e PSB (e
outros partidos em municípios menores) nas eleições de 2008, e, por fim,
aceitando financiamento de multinacionais. Ainda que esta posição do MES fosse
rejeitada por todas as correntes do Partido, foi imposta como fato consumado sem
que a maioria da direção tivesse disposição para discutir medidas à luz do
estatuto para quem descumpriu um dispositivo fundamental. Mais grave ainda,
pois, o MES mantém a defesa da política de financiamento imposta em Porto Alegre
, com o argumento que a Gerdau não entra nas definições tomadas pelo PSOL, pois
o “espírito” (!) do Estatuto se referia, segundo sua direção, “às empresas
estrangeiras como expressão do imperialismo” . Por que a GERDAU, por sinal a
maior “transnacional” do país, seria diferente das multinacionais originadas nos
EUA, no Japão ou na França? A posição do MÊS de defesa do anti-imperialismo
latino-americano cai por terra nesse ponto, ao esquecer que uma tarefa
prioritária para os socialistas brasileiros é combater o caráter subimperialista
do Brasil, exercido através de suas multinacionais, em primeiro lugar, pela
GERDAU.
<BR>
<BR><STRONG>Ser oposição de fato ao governo Lula é entrar na disputa de 2010
para valer</STRONG><BR><BR>Plenárias e congressos estaduais discutiram a
disposição de Heloísa em concorrer ao Senado, adiando para 2014 sua postulação
para a Presidência. Ao mesmo tempo, algumas das correntes majoritárias desviam o
debate afirmando que manter o perfil do PSOL como oposição de esquerda ao
governo Lula é garantir HH como presidente do partido, desconsiderando que o
PSOL perderá muito mais caso não se apresente com sua principal figura como
alternativa na disputa presidencial contra o projeto “lulo-petista” . E também,
perdem setores de massas que querem votar, pela esquerda, contra o governo. É
evidente que devemos aprofundar, exaustivamente, um debate de programa, alianças
e financiamento. Mas é da mesma forma evidente que o melhor quadro para
enfrentar o projeto do governo, e o da falsa oposição da velha direita, é
Heloísa: a simpatia colhida entre setores importantes da população e a
possibilidade de diálogo com o movimento de massas é um capital acumulado que,
caso se apresente Marina Silva, daremos de presente para sua candidatura, a qual
disputará um espaço de oposição, ainda que com um perfil longe de ser de
esquerda. Significará o caminho livre para Marina e o PV, com um projeto em
defesa do meio ambiente, que pode crescer sobre nosso espaço, mas que não tem
nada a ver com a alternativa socialista que propõe o partido afirmando como
única estratégia para salvar a natureza e a humanidade a luta anticapitalista e
socialista. Ou seja, entregaremos a este falso projeto ecológico “radical” o
espaço ganho pelo conjunto do PSOL, pelos radicais, por Heloísa Helena, por
nossa militância, o que seria uma verdadeira derrota política. Ficamos
surpreendidos negativamente quando soubemos, pela imprensa, que a direção do MES
informou sobre conversações entre o PSOL e Marina, para lhe propor se filiar ao
PSOL. Assim, Heloísa poderia concorrer ao Senado, pois, Marina seria a
candidata presidencial do PSOL! Tudo isso, sem informar ao partido, às
instâncias, a menos de 10 dias do Congresso. O primeiro exemplo deste
desrespeito com o partido, da oferta pública de sua legenda eleitoral foi quando
o MES incidiu sobre Protógenes no intuito de fazê-lo candidato a deputado pelo
PSOL. Não se tratava, ali, da legítima defesa do delegado no seu confronto com o
governo e o capital, o que todos compartilhamos. Mas, sim de oferecer legenda
sem discussão em nenhuma instância e sem o devido debate para saber se
compartilhamos com Protógenes um projeto político de esquerda e socialista.
<BR><BR><STRONG>Reordenar o partido em torno da política e da democracia
interna!</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG>E não da luta fracional de disputa exclusiva pelos
cargos</STRONG> <BR><BR>Por tudo o que dissemos, acreditamos que o debate
fundamental do II Congresso não é quem vai presidir o partido. Ou o PSOL se
postula como alternativa, nas ruas e nas urnas, ou se enfraquecerá, independente
de quem vier a ser presidente do partido. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Para tal, temos que partir das necessidades da classe
trabalhadora e do povo. Fruto da crise econômica e da atual política do governo,
a situação social apresenta um quadro gravíssimo. Ao desemprego, à falta de
política de segurança, ao sucateamento da saúde e da educação, aos baixos
salários, se agrega, agora, a pandemia de gripe suína. A esse quadro grave para
as condições de vida de milhões, soma-se a corrupção que corrói as instituições
políticas e provoca rejeição, às vésperas da disputa presidencial. </DIV>
<DIV align=justify><BR>É necessário que o II Congresso proponha uma política
para colocar o bloco na rua. O PSOL tem a obrigação de ajudar a construir uma
resposta de luta na atual situação. O PSOL deve chamar às ruas para exigir do
governo decretar emergência sanitária: suspender o pagamento dos juros da dívida
e investir em contratação imediata de médicos, enfermeiras, técnicos, para todos
os hospitais e postos de saúde do país. Deve providenciar massivamente máscaras
e condições de prevenção para os trabalhadores da saúde e a população em geral.
Deve quebrar as patentes e produzir de imediato os remédios necessários. O PSOL
deve organizar a luta contra o desemprego: Nenhum novo demitido! Buscar apoio
dos trabalhadores ao projeto de Luciana proibindo as demissões. Por um Plano de
Obras públicas para que todos trabalhem! Aumento salarial de emergência!
Fora Sarney e o Senado! E lançar esta campanha não país inteiro, encabeçada pela
companheira Heloísa Helena. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Junto com isto, tem que ser tomada, no Congresso, a
decisão de lançar Heloísa para a disputa de 2010. Já! Em que pese às dúvidas que
tem a companheira, a defesa de uma conferência eleitoral nos próximos meses para
decidir seria um grave erro político que agravaria a situação do PSOL, nos
tiraria da disputa. E pior ainda, caso Marina concorra, estaríamos entregando o
terreno conquistado. Se concorrer, Marina poderá ter apoio de poderosas ONGs e
se repetir o fenômeno que aconteceu nas eleições européias, onde os verdes
franceses capitalizaram o desgaste do governo e o NPA ficou com um modesto
crescimento. Não se trata de nos adaptarmos ao discurso de Marina e dos falsos
ecologistas do PV, mas, manter, fortalecer e divulgar nosso projeto de oposição
de esquerda, de alternativa de luta e socialista, antiimperialista, colado aos
trabalhadores. Por sua vez, chamamos a ratificar a Frente de Esquerda e com os
movimentos sociais como nossos aliados na próxima disputa eleitoral.
<BR><BR><STRONG>Conformar um Bloco de Esquerda Consequente</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Finalmente, fazemos um chamado à responsabilidade de
todos os dirigentes. O Congresso se aproxima. Sua preparação não pode se reduzir
a articulações das correntes em torno da composição da direção e da candidatura
a presidente do PSOL, mas no debate sobre a melhor forma de fortalecer o partido
para as disputas políticas e da luta de classes, presentes e futuras. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Frente à crise que se alastra no setor majoritário, o
Enlace, o C-SOL, a CST e o Bloco de Resistência Socialista, têm um enorme
desafio: apresentar uma alternativa unitária, sobre bases políticas que retomem
e avancem a partir do compromisso com o qual fundamos o partido, de respeito ao
seu estatuto e ao seu programa, com eixo na luta de classes e de disputa nas
lutas e no plano eleitoral, com uma clara política alternativa, de esquerda
frente à falência do projeto petista e da falsa oposição tucana. Junto com isto
é preciso um chamado a todos os dirigentes e a todos os delegados a construir de
fato as instâncias, a democratizar o funcionamento do partido, a rejeitar o
financiamento do grande capital seja brasileiro ou estrangeiro, a retomar os
núcleos e garantir um partido plural, onde as divergências não impliquem a
desqualificaçã o dos que divergem, mas, sim, o estímulo ao debate sobre o melhor
caminho para construir uma alternativa para a maioria explorada do povo
brasileiro. </DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=3><FONT color=#800000
size=4>Correspondencia de Prensa</FONT><BR>boletin solidario de información -
edición internacional<BR></FONT></STRONG><A
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Militante</FONT><BR></FONT></STRONG><A
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT
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Uruguay</FONT></STRONG><BR></DIV>
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</DIV>
<DIV align=justify><BR><BR><BR></DIV></FONT></BODY></HTML>