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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><EM>boletín solidario de información - 
edición internacional</EM><BR><FONT color=#800000 size=5><U>Correspondencia de 
Prensa</U><BR>Agenda Radical - Colectivo Militante</FONT><BR><U>23 de setiembre 
2009</U><BR>suscripciones y redacción: </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
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<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT face=Arial>Assine você 
também:</FONT><BR></STRONG><A 
href="http://www.petitiononline.com/manifmst/petition.html"><FONT 
face=Arial><STRONG>http://www.petitiononline.com/manifmst/petition.html</STRONG></FONT></A></DIV>
<DIV align=justify><STRONG></STRONG>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Manifesto em 
defesa da democracia e do 
MST</FONT></STRONG>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;<BR><BR><BR>A direita está, 
mais um vez, em plena ofensiva contra a luta dos trabalhadores do campo e da 
cidade por direitos e democracia. O alvo do momento é o Movimento dos 
Trabalhadores Rurais sem Terra - MST. Estão usando todas suas "armas": a 
repressão policial de governos estaduais direitistas (como Yeda crusius) no 
judiciário, na imprensa burguesa (como Veja, Estadão, O Globo), em alguns 
setores do Ministério Púublico, e agora querem instalar uma Comissão Parlamentar 
de Inquérito para investigar o MST. Diante disso, alguns intelectuais amigos 
tomaram a iniciativa de preparar um manifesto publico em defesa do MST. Leia e 
assine você também.<BR>“...Legitimam-se não pela propriedade, mas pelo trabalho, 
</FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>nesse mundo em que o trabalho está em extinção. 
<BR>Legitimam-se porque fazem História, <BR>num mundo que já proclamou o fim da 
História. <BR>Esses homens e mulheres são um contra-senso <BR>porque restituem à 
vida um sentido que se perdeu...” <BR>(“Notícias dos sobreviventes”, Eldorado 
dos Carajás, 1996) </DIV>
<DIV align=justify><BR>A reconstrução da democracia no Brasil tem exigido, há 
trinta anos, enormes sacrifícios dos trabalhadores. Desde a reconstrução de suas 
organizações, destruídas por duas décadas de repressão da ditadura militar, até 
a invenção de novas formas de movimentos e de lutas capazes de responder ao 
desafio de enfrentar uma das sociedades mais desiguais do mundo. Isto tem 
implicado, também, apresentar aos herdeiros da cultura escravocrata de cinco 
séculos, os trabalhadores da cidade e do campo como cidadãos e como 
participantes legítimos não apenas da produção da riqueza do País (como ocorreu 
desde sempre), mas igualmente como beneficiários da partilha da riqueza 
produzida.</DIV>
<DIV align=justify><BR>O ódio das oligarquias rurais e urbanas não perde de 
vista um único dia, um desses novos instrumentos de organização e luta criados 
pelos trabalhadores brasileiros a partir de 1984: o Movimento dos Trabalhadores 
Rurais sem Terra – MST. E esse Movimento paga diariamente com suor e sangue – 
como ocorreu há pouco no Rio Grande do Sul, por sua ousadia de questionar um dos 
pilares da desigualdade social no Brasil: o monopólio da terra. O gesto de 
levantar sua bandeira numa ocupação, se traduz numa frase simples de entender e, 
por isso, intolerável aos ouvidos dos senhores da terra e do agronegócio. Um 
País, onde 1% da população tem a propriedade de 46% do território, defendida por 
cercas, agentes do Estado e matadores de aluguel, não podemos considerar uma 
República. Menos ainda, uma democracia.</DIV>
<DIV align=justify><BR>A Constituição de 1988 determina que os latifúndios 
improdutivos e terras usadas para a plantação de matérias primas para a produção 
de drogas, devem ser destinados à Reforma Agrária. Mas, desde a assinatura da 
nova Carta,&nbsp; os sucessivos Governos têm negligenciado o seu cumprimento. À 
ousadia do MST de garantir esses direitos conquistados na Constituição, 
pressionando as autoridades através de ocupações pacíficas, soma-se outra 
ousadia, igualmente intolerável para os senhores do grande capital do campo e 
das cidades: a disputa legítima e legal do Orçamento Público. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Em quarenta anos, desde a criação do INCRA (1970), cerca 
de um milhão de famílias rurais foram assentadas. Mais da metade, entre 2003 e 
2008. Para viabilizar a atividade econômica dessas famílias, para integrá-las ao 
processo produtivo de alimentos e divisas no novo ciclo de desenvolvimento, é 
necessário travar a disputa diária pelos recursos públicos. Daí resulta o ódio 
dos ruralistas e outros setores do grande capital, habituados desde sempre ao 
acesso exclusivo aos créditos, subsídios e ao perdão periódico de suas 
dívidas.</DIV>
<DIV align=justify><BR>O compromisso do Governo de rever os critérios de 
produtividade para a agricultura brasileira, responde a uma bandeira de quatro 
décadas de lutas dos movimentos dos trabalhadores do campo. Ao exigir a 
atualização desses índices, os trabalhadores do campo estão apenas exigindo o 
cumprimento da Constituição Federal, e que os avanços científicos e tecnológicos 
ocorridos nas últimas quatro décadas, sejam incorporados aos métodos de medir a 
produtividade agrícola do nosso País.<BR>É contra essa bandeira que a bancada 
ruralista do Congresso Nacional reage, e ataca o MST. Como represália, buscam, 
mais uma vez,&nbsp; articular a formação de uma CPI (Comissão Parlamentar de 
Inquérito) contra o MST. Seria a terceira em cinco anos. Se a agricultura 
brasileira é tão moderna e produtiva – como alardeia o agronegócio, por 
que&nbsp; temem tanto a atualização desses índices? </DIV>
<DIV align=justify><BR>E, por que não é criada uma única CPI para analisar os 
recursos públicos destinados às organizações da classe patronal rural? Uma CPI 
que desse conta, por exemplo, de responder a algumas perguntas, tão simples 
como: O que ocorreu ao longo desses quarenta anos no campo brasileiro em termos 
de ganho de produtividade? Quanto a sociedade brasileira investiu para que uma 
verdadeira revolução – do ponto de vista de incorporação de novas tecnologias – 
tornasse a agricultura brasileira capaz de alimentar nosso povo e se afirmar 
como uma das maiores exportadoras de alimentos? Quantos perdões da dívida 
agrícola foram oferecidos pelos cofres públicos aos grandes proprietários de 
terra, nesse período? </DIV>
<DIV align=justify><BR>O ataque ao MST extrapola a luta pela Reforma Agrária. É 
um ataque contra os avanços democráticos conquistados na Constituição de 1988 – 
como o que estabelece a função social da propriedade agrícola –&nbsp; e contra 
os direitos imprescindíveis para a reconstrução democrática do nosso País. É, 
portanto, contra essa reconstrução democrática que se levantam as lideranças do 
agronegócio e seus aliados no campo e nas cidades. E isso é grave. E isso é uma 
ameaça não apenas contra os movimentos dos trabalhadores rurais e urbanos, como 
para toda a sociedade. É a própria reconstrução democrática do Brasil, que 
custou os esforços e mesmo a vida de muitos brasileiros, que está sendo posta em 
xeque. É a própria reconstrução democrática do Brasil, que está sendo 
violentada. </DIV>
<DIV align=justify><BR>É por essa razão que se arma, hoje, uma nova ofensiva dos 
setores mais conservadores da sociedade contra o Movimento dos Sem Terra – seja 
no Congresso Nacional, seja nos monopólios de comunicação, seja nos lobbies de 
pressão em todas as esferas de Poder. Trata-se, assim, ainda uma vez, de 
criminalizar um movimento que se mantém como uma bandeira acesa, inquietando a 
consciência democrática do país: a nossa democracia só será digna desse nome, 
quando incorporar todos os brasileiros e lhes conferir, como cidadãos e cidadãs, 
o direito a participar da partilha da riqueza que produzem ao longo de suas 
vidas, com suas mãos, o seu talento, o seu amor pela pátria de todos nós. </DIV>
<DIV align=justify><BR>CONTRA A CRIMINALIZACÃO DO MOVIMENTO DOS SEM TERRA. 
<BR><BR>PELO CUMPRIMENTO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS QUE DEFINEM AS TERRAS 
DESTINADAS À REFORMA AGRÁRIA.<BR><BR>PELA ADOCÃO IMEDIATA DOS NOVOS CRITÉRIOS DE 
PRODUTIVIDADE PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA.<BR></DIV>
<DIV align=justify>Assinam:<BR><BR>Roberto Amaral, ex-Ministro da Ciência e 
Tecnologia, Secretário Geral do PSB<BR>Sérgio Miranda, PDT-MG<BR>Valter Pomar, 
Secretário de Relações Internacionais do PT<BR>Wagner Gomes, presidente da 
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB<BR>Dom Ladislau 
Biernaski, Presidente da CPT<BR>Dom Pedro Casaldáliga, Bispo emérito da Prelazia 
de São Félix do Araguaia – MT<BR>Dom Tomás Balduino, conselheiro permanente da 
CPT<BR>Frei Betto, escritor<BR>Leonardo Boff, escritor<BR>Reverendo Carlos 
Alberto Tomé da Silva, TSSF, Anglicano, Capelão Militar<BR>Miguel Urbano, 
Portugal, jornalista<BR>Anita Leocádia Prestes, historiadora, UFRJ<BR>Beth 
Carvalho, sambista<BR>Adriana Pacheco, Venezuela, ViveTV<BR>Adelaide Gonçalves, 
historiadora, UFCE<BR>Ana Esther Ceceña, UNAN<BR>Antonio Moraes, Federação Única 
dos Petroleiros - FUP<BR>Associação Brasileira de ONG's – ABONG<BR>Associação 
Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF)<BR>Chico Diaz, 
ator<BR>Cândido Grzybowski - IBASE<BR>Comitè italiano de apoio ao Movimento Sem 
Terra (Amigos MST-Italia)<BR>Antônio Carlos Spis, CMS (Coordenação dos 
Movimentos Sociais)<BR>Dora Martins, juíza de direito, e presidenta da 
Associação de Juízes pela Democracia<BR>Emir Sader, sociólogo, 
LPP/UERJ<BR>Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB)<BR>Hamilton 
de Souza, jornalista, PUC-SP<BR>Heloísa Fernandes, socióloga, USP e ENFF<BR>Jose 
Arbex, jornalista, PUC-SP<BR>Maria Rita Kehl, psicanalista, São Paulo<BR>Osmar 
Prado, ator<BR>Paulo Arantes, filósofo, USP e ENFF<BR>Vandana Shiva, Índia, 
cientista<BR>Virginia Fontes, historiadora, UFF/Fiocruz<BR>Vito Gianotti, 
jornalista e historiador, Núcleo Piratininga de Comunicação - Rio de 
janeiro</DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=3><FONT color=#800000 
size=4>Correspondencia de Prensa</FONT><BR>boletin solidario de información - 
edición internacional<BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT size=3><FONT 
color=#800000 size=4>Agenda Radical - Colectivo 
Militante</FONT><BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT 
size=3>Gaboto 1305 - Teléf: (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT></STRONG><BR></DIV>
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