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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><EM>boletín solidario de información - 
edición internacional</EM><BR><FONT color=#800000 size=5><U>Correspondencia de 
Prensa</U><BR>Agenda Radical - Colectivo Militante</FONT><BR><U>5 de octubre 
2009<BR></U>suscripciones y redacción: </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil<BR><BR>As bombas de tempo da 
política econômica&nbsp;&nbsp;&nbsp; <BR><BR></FONT><FONT 
size=2></FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=2>Fernando Silva&nbsp; 
*</FONT></STRONG><BR><STRONG>Correio da Cidadania&nbsp; <BR></STRONG><A 
href="http://www.correiocidadania.com.br/"><STRONG>http://www.correiocidadania.com.br/</STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify><BR><BR>As recentes entrevistas do presidente Lula e da 
ministra Dilma Rousseff, respectivamente nos jornais Valor Econômico (17/09) e 
Folha de S. Paulo (20/09), mostram um otimismo quase incontrolável com um início 
de recuperação econômica do país, em meio à gravíssima crise e recessão da 
economia capitalista mundial. </DIV>
<DIV align=justify><BR>É preciso desmistificar o que é parte dos malabarismos e 
ilusionismos políticos e quais as verdadeiras bombas de tempo que a política 
econômica do governo está preparando. </DIV>
<DIV align=justify><BR>É inegável que a crise não explodiu no Brasil com a 
intensidade que entrou pelos países capitalistas centrais. Onde, diga-se, 
governos e corporações comemoram a não chegada, até agora, de um cenário de 
depressão aberta, mas às custas de montanhas de dinheiro público (estima-se que 
por volta de US$ 7,7 trilhões desde o colapso do Lemann Brothers) para salvar o 
sistema financeiro e restabelecer condições mínimas de crédito na economia. 
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>Continua o Estado a serviço do mercado e do sistema, sem 
qualquer mexida digna de nota nos fundamentos do capitalismo de "livre mercado" 
que levou à catástrofe da recessão atual. </DIV>
<DIV align=justify><BR>No Brasil, as injeções de dinheiro dos bancos públicos, 
as isenções fiscais e a redução paulatina dos juros, com o objetivo de estimular 
o consumo e o crédito, estancaram a tendência recessiva que estava estabelecida 
já desde o último trimestre do ano passado. </DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>Estado para o Capital</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>Mas é preciso procurar compreender por que a manutenção 
deste modelo não tem condições de estabelecer uma recuperação estrutural, menos 
ainda no que diz respeito a inibir as tendências concentradoras de capital e da 
renda. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Primeira questão a ser colocada: a maciça intervenção do 
Estado brasileiro e dos bancos públicos foi em socorro do sistema financeiro e 
do grande capital. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Muitos são os exemplos: a separação de mais de 36 bilhões 
de reais das reservas para pagar a dívida externa de curto prazo das empresas 
brasileiras; os empréstimos para restabelecer as linhas de crédito das grandes 
empresas e negócios; a manutenção da remuneração do capital financeiro pela via 
da dívida pública e seus juros. </DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>Podemos citar também a injeção de R$ 100 bilhões no BNDES 
para turbinar as grandes "empreitadas" na infra-estrutura dessa grande 
"parceria" público- privada pró-capital chamada PAC e o "modelo" pró-agronegócio 
exportador, às custas da reforma agrária, da soberania da própria Amazônia e com 
devastadores danos ambientais. </DIV>
<DIV align=justify><BR>A segunda questão é que essa montanha de dinheiro 
injetada para manter o consumo em alta não faz frente aos gargalos sociais do 
país, quais sejam: a pressão sobre os salários e os direitos trabalhistas, 
produto da precarização reinante em grande parte do mercado de trabalho; os 
números do desemprego no país; e o flagelo da violência e da desagregação social 
que atinge as camadas mais pauperizadas da classe trabalhadora e da juventude. 
</DIV>
<DIV align=justify><BR>A terceira questão é que as isenções fiscais e a 
manutenção da dívida pública vão agravar os gargalos relativos aos serviços, 
investimentos e direitos sociais e públicos. Está aí a Saúde Pública, em colapso 
já permanente. </DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG>A dívida pública é questão chave</STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><BR>Mas, dentro destes limites, é preciso identificar e 
retomar com relevância o tema da dívida pública, pois este é um fator 
estruturante, e não conjuntural, que define a natureza pró-mercado financeiro da 
política econômica do governo Lula. </DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>Lembremos que em 2008, segundo o site da Auditoria Cidadã da 
Dívida, o país pagou R$ 282 bilhões entre juros e amortizações, dinheiro que sai 
diretamente do Orçamento da União. </DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>Neste ano, do Orçamento Geral da União executado até o mês de 
abril, 34,13% foram para juros e amortizações da dívida pública. Sabem quanto no 
mesmo período foi executado para a habitação? Zero! Isso mesmo 0%. Para o 
saneamento, 0,01%; para a agricultura, 0,71%; para a educação, 2,20%; para a 
saúde, 4,98%. Mais claro impossível. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Segundo o site de notícias Adital, a dívida pública 
aumentou R$ 200 bilhões neste ano (ver entrevista com Gabriel Strautman, da rede 
Jubileu Sul, <A href="http://www.adital.org.br/">http://www.adital.org.br/</A>). 
</DIV>
<DIV align=justify><BR>O PSOL propôs e foi instalada na Câmara dos Deputados a 
CPI da Dívida Pública, que pretende investigar a legitimidade desta dívida, os 
seus principais beneficiários etc. </DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify>Este passo importante só pode ter desdobramentos positivos se 
uma intensa campanha dos sindicatos, movimentos sociais e partidos da esquerda 
combativa for levada às ruas. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Pois do que verdadeiramente se trata é de lutarmos para 
instalar uma auditoria desta dívida, partindo de suspender o pagamento dos juros 
e amortizações e cancelar toda a dívida que for comprovadamente ilegítima. 
</DIV>
<DIV align=justify><BR>Medidas deste calibre são realizáveis no cenário atual, 
basta ver a auditoria realizada pelo Equador, com cancelamento de grande parte 
da sua dívida pública. </DIV>
<DIV align=justify><BR>É claro que para isso ajudaria não termos governos tão 
curvados aos interesses do mercado financeiro, como é o caso do nosso otimista 
presidente e sua candidata preferencial a ser a próxima gestora dos interesses 
da banca e do grande Capital. </DIV>
<DIV align=justify><BR>* Fernando Silva é jornalista, membro da Executiva 
Nacional do PSOL e do Conselho Editorial da Revista Debate Socialista. </DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
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size=4>Correspondencia de Prensa</FONT><BR>boletin solidario de información - 
edición internacional<BR></FONT></STRONG><A 
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color=#800000 size=4>Agenda Radical - Colectivo 
Militante</FONT><BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT 
size=3>Gaboto 1305 - Teléf: (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT></STRONG><BR></DIV>
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