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<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
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<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><EM>boletín solidario de información - 
edición internacional</EM><BR><FONT color=#800000 size=5><U>Correspondencia de 
Prensa<BR></U>Agenda Radical - Colectivo Militante</FONT><BR><U>21 de octubre 
2009</U><BR>suscripciones y redacción: </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR></DIV>
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<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil/Rio de 
Janeiro</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>A violência sem maquiagem 
</STRONG></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Lula e Cabral querem limpeza 
social para garantir Olimpíadas</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG><FONT size=3>O Rio que o governo se esforça em 
esconder para as Olimpíadas explode, mostrando a desigualdade e violência em que 
vivem os moradores dos morros<BR></FONT></STRONG><BR><BR><STRONG>Diego Cruz, da 
redação</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG>PSTU</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><A 
href="http://www.pstu.org.br/"><STRONG>http://www.pstu.org.br/</STRONG></A><BR><BR><BR>Duas 
semanas após o anúncio do Rio como sede das Olimpíadas de 2016, em meio à 
propaganda oficial da cidade maravilhosa, a dura realidade se abate sobre a 
população carioca. Horas de confrontos, mortos e um helicóptero da polícia 
abatido por traficantes compuseram cenas de barbárie assistidas por milhões de 
pessoas na TV.<BR><BR>O que seria apenas mais um dia de violência enfrentado 
pela população pobre dos morros ganhou ampla repercussão na imprensa devido às 
imagens mostrando o helicóptero da PM em chamas caindo em um campo, para 
explodir logo em seguida. Dos seis policiais a bordo, dois morreram carbonizados 
e outro, com queimaduras graves, faleceu dois dias depois.<BR><BR>Após anos de 
uma política pública de combate à violência que se resume a mais dura repressão, 
o resultado não poderia ser mais desastroso: os traficantes se armam cada vez 
mais e agora podem até mesmo derrubar helicópteros. 
<BR><BR><STRONG>Conflito</STRONG></FONT></DIV><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>Os moradores da Zona Norte da cidade vivenciaram horas de 
uma verdadeira guerra civil na madrugada do dia 17. Uma disputa entre 
traficantes de morros rivais supostamente desencadeou um confronto que se 
generalizou na região. <BR><BR>Segundo a versão da polícia, traficantes do morro 
de São João, liderados pelo Comando Vermelho, teriam invadido o morro dos 
Macacos, em Vila Isabel, numa disputa por pontos de venda de drogas. O morro dos 
Macacos, área da facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos), seria uma área 
privilegiada para o tráfico, devido à proximidade com regiões de classe 
média.<BR><BR>A violência e os confrontos teriam transbordado para áreas 
vizinhas ao local, espalhando o pânico entre os moradores.<BR><BR>O balanço após 
o confronto dá conta de 21 mortos, entre traficantes, moradores e os policiais. 
Segundo a imprensa, o comando da polícia do Rio já tinha informação de que 
haveria a ação dos traficantes, mas preferiu não invadir os morros. Em pleno 
tiroteio, moradores teriam descido e pedido a intervenção da PM, que se negou a 
subir até lá. <BR><BR>A polícia interveio apenas no início da manhã seguinte, 
ocupando as favelas por terra com a cobertura do helicóptero que acabou sendo 
abatido. Após a queda da aeronave, porém, a PM teria empreendido uma verdadeira 
operação de guerra, sitiando a cidade com cerca de 4 mil homens e controlando a 
entrada e saída das pessoas nos morros.<BR><BR><STRONG>Show de 
hipocrisia</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Questionado sobre a razão de a polícia não ter atendido o 
chamado dos moradores no momento em que a região era atacada, o secretário de 
Segurança Pública, José Beltrame, tentou justificar: “Quando é noite, a polícia 
não entra. Temos responsabilidade. Quem não tem compromisso com a sociedade é o 
vagabundo, o marginal”, declarou.<BR><BR>Responsabilidade essa que produz mortos 
por balas perdidas em escala industrial, ao mesmo tempo em que submete a 
população pobre ao conhecido “esculacho”, ou seja, a toda sorte de agressões e 
humilhações. Para a polícia, os moradores dos morros são bandidos em potencial. 
A derrubada do helicóptero será, desta forma, a justificativa perfeita para uma 
verdadeira ofensiva contra a população pobre.<BR><BR><STRONG>Lula e Cabral 
querem limpeza social para garantir Olimpíadas</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Tão logo as imagens do helicóptero incendiado foram ao 
ar, o comando da polícia e os governos estadual e federal apressaram-se em 
anunciar medidas para combater a violência no Rio. Inúmeros discursos e um só 
objetivo: aumentar o poder de fogo e a repressão da polícia.<BR><BR>O governador 
Sérgio Cabral (PMDB) anunciou que a PM vai receber R$ 100 milhões do governo 
federal para equipar a polícia. O ministro da Justiça, Tarso Genro, ofereceu um 
novo helicóptero blindado e a ajuda da Força Nacional de Segurança.<BR><BR>A 
fala mais expressiva, contudo, partiu do próprio presidente Lula. Em declaração 
de apoio a Cabral, ele disse que ajudaria no que fosse preciso para “limpar a 
sujeira que essa gente impõe ao Brasil”. O verbo “limpar” utilizado pelo 
presidente não foi mera oratória. Expõe de forma clara o objetivo do Estado e 
das forças de segurança no Rio: impor uma política de limpeza social, expulsão e 
extermínio dos pobres pela força.<BR><BR>Política esta que já está sendo 
implementada. A fim de garantir a tranquilidade dos moradores da Zona Sul, a PM 
expulsa os traficantes para outros bairros mais 
pobres.<BR><BR><STRONG>Olimpíadas</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>O motivo da resposta rápida e o teor fascistoide das 
declarações das autoridades são evidentes. Trata-se de manter o clima de euforia 
da campanha promovida pelo governo para a Olimpíada de 2016. E, mais ainda, 
garantir segurança ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e às empresas que 
investirão nos Jogos. <BR><BR>Não foi por menos que Sérgio Cabral se apressou em 
tranquilizar o COI. “Dissemos ao COI que essa não é uma ação simples, eles sabem 
disso”, declarou o governador. </DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=3><FONT color=#800000 
size=4>Correspondencia de Prensa</FONT><BR>boletin solidario de información - 
edición internacional<BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=3>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT size=4>Agenda 
Radical - Colectivo Militante<BR></FONT></STRONG><A 
href="mailto:Agendaradical@egrupos.net"><STRONG><FONT 
size=3>Agendaradical@egrupos.net</FONT></STRONG></A><BR><STRONG><FONT 
size=3>Gaboto 1305 - Teléf: (5982) 4003298 - Montevideo - 
Uruguay</FONT></STRONG><BR></DIV>
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<HR>
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