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<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><U>boletín solidario de 
información</U><BR><FONT color=#800000 size=5>Correspondencia de Prensa</FONT> 
<BR><U>5 de abril 2010</U><BR><FONT color=#800000 size=5>Colectivo Militante - 
Agenda Radical</FONT><BR>Gaboto 1305 - Montevideo - Uruguay<BR>redacción y 
suscripciones: </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Brasil </FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3></FONT></STRONG>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Entrevista a Marta Azevedo, professora 
do Núcleo de Estudos da População (NEPO) </FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Índios guaranis 
vivem situação de extermínio silencioso</FONT></STRONG>&nbsp;&nbsp;&nbsp; 
<BR></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Gabriel 
Brito</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG>Correio da 
Cidadania<BR></STRONG><A 
href="http://www.correiocidadania.com.br/"><STRONG>http://www.correiocidadania.com.br/</STRONG></A></FONT></DIV><FONT 
face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>&nbsp;<BR>Um recente relatório da organização indigenista 
Survivor International (1) trouxe novamente à luz a deplorável situação 
humanitária vivida pelos índios Guarani Kaiowá no estado do Mato Grosso do Sul. 
Como se sabe, há milhares de indígenas vivendo em condições absolutamente 
degradantes enquanto esperam, à beira de estradas, pela demarcação de seus 
territórios, como ordena nossa Constituição.&nbsp;Em entrevista ao Correio da 
Cidadania, a professora do Núcleo de Estudos da População (NEPO) da Unicamp, 
Marta Azevedo, que já realizou diversas visitas às comunidades guaranis, nos 
oferece um assustador quadro no estado do Centro-Oeste, definido por ela como "o 
mais anti-indígena do país". <BR>&nbsp;<BR>Com um vasto território, não é por 
falta de espaço que não se concedem as terras devidas à maior etnia indígena 
remanescente no país. Ninguém no governo federal ousa enfrentar os interesses do 
agronegócio no estado comandado pelo governador do PMDB André Puccinelli, 
enquanto que a mídia mostra mais uma vez sua total insensibilidade, obviamente 
calada pelos mesmos interesses supracitados.&nbsp;Na entrevista a seguir, Marta 
nos relata a vexaminosa e terrível realidade de violência, crimes hediondos e 
muito poderio dos proprietários de terra. <BR>&nbsp;<BR><STRONG>- Correio da 
Cidadania: Qual a situação real dos índios Guarani Kaiowá em todo o estado do 
Mato Grosso do Sul? Em que condições psicológicas os indígenas se encontram, com 
suas alarmantes taxas de suicídio, que envolvem até crianças?</STRONG> 
<BR>&nbsp;<BR>- Marta Azevedo: A situação dos guaranis no Mato Grosso do Sul é 
muito complicada, pois há muitos anos eles vêm lutando para demarcar novas 
áreas, conseguindo muito menos que o necessário para sua sobrevivência. 
<BR>&nbsp;<BR>O MS é um estado bastante agrário, com muitas fazendas, o 
agronegócio; portanto, são interesses muito fortes, os quais os índios e a FUNAI 
não têm enfrentado a contento para melhorar a qualidade de vida na região. 
<BR>&nbsp;<BR>Eles, de fato, têm registrado altas taxas de suicídio, saída 
praticada por conta da falta de perspectiva de vida dos últimos 15, 20 anos. 
Ninguém sabe ao certo, de forma muito detalhada, como andam essas taxas de 
suicídio. A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) diz que elas estariam baixando, 
mas eu não teria essa certeza. Precisaríamos checar com os dados do Cimi 
(Conselho Indigenista Missionário), que é quem acompanha há muitos anos tais 
estatísticas e é a fonte mais confiável. <BR>&nbsp;<BR>Outra coisa que acontece 
ultimamente, e que nos alarma mais ainda, é uma grave subnutrição entre as 
crianças, que têm extrema dependência de cestas básicas da Funasa. E a taxa de 
mortalidade infantil também está alta. <BR>&nbsp;<BR>Enfim, é toda uma situação 
realmente muito ruim, inclusive para o país. Mas o que nos assusta é a enorme 
violência que vem sendo praticada contra as comunidades que lutam pelas suas 
áreas tradicionais na forma de assassinatos e esquartejamentos. Após as mortes, 
os corpos são encontrados dentro de sacos de lixo, em geral em fundos de rio ou 
locais de difícil acesso – isso quando são encontrados. <BR>&nbsp;<BR>E foi um 
assassinato ocorrido dessa maneira na Argentina que mais me alarmou, na região 
de Misiones, fronteira com Paraguai e Brasil. Existe um grupo de guaranis na 
região que foram expulsos do Paraguai. Isso porque o agronegócio brasileiro 
chega ao Paraguai, onde já há muitos fazendeiros brasileiros em certas partes do 
país. Inclusive, há casos em que borrifaram veneno nos índios e nas aldeias, 
como ocorreu no segundo semestre do ano passado, deixando vários deles enfermos. 
Apesar de não sair na grande mídia daqui, foi bem falado por lá. 
<BR>&nbsp;<BR>Ou seja, o agronegócio chega ao Paraguai, expulsa os guaranis, que 
vão ao norte da Argentina. Dessa forma, na região de Misiones, há um boom de 
assentamentos deles, onde houve uma criança assassinada recentemente. 
<BR>&nbsp;<BR><STRONG>- CC: Qual é, mais exatamente, a rotina costumeira desses 
indígenas? Que tratamento eles recebem das autoridades, mídia e demais 
populações locais?</STRONG> <BR>&nbsp;<BR>- MA: Existem três situações muito 
diferentes. Os Guaranis são o povo indígena mais populoso, em seus três 
diferentes grupos (Kaiowá, Nhandeva e Mbya), totalizando 50 mil pessoas. 
<BR>&nbsp;<BR>No MS, estão os nhandeva e os kaiowá. As situações são diferentes 
no seguinte sentido: aqueles que estão nas reservas mais antigas, demarcadas no 
começo do século 20, ainda no tempo do Marechal Rondon, vivem uma situação 
complicadíssima, pois as reservas estão absolutamente superlotadas. Há reservas 
de 2000 hectares com população de 5000 pessoas, uma densidade demográfica de 
cidade grande praticamente. Assim, eles não têm lugar pra roça e precisam sair 
da reserva para trabalhar nas usinas próximas, onde conseguem emprego, para 
depois voltar às reservas, que acabam sendo reservas-dormitório. Isso ainda faz 
com que as mulheres fiquem sozinhas. <BR>&nbsp;<BR>Por outro lado, eles ao menos 
têm o atendimento da Funasa, na maior parte das vezes escola, enfim, uma atenção 
maior, embora a situação seja muito ruim em termos de acesso à terra. 
<BR>&nbsp;<BR>Há outra situação, que, a meu ver, é a melhor no estado: é a 
daqueles localizados em terras indígenas demarcadas na década de 80, que são 
oito áreas ‘novas’, como chamamos. São 8 terras e possuem tamanho mais adequado 
à população tradicional desses locais. Eles têm atendimento da Funasa, da FUNAI 
e uma maior extensão de terra, onde ainda é possível fazer agricultura, um pouco 
de colheita e caça. É uma situação um pouco melhor. <BR>&nbsp;<BR>Mas a pior 
situação se refere a 22 assentamentos, em beira de estrada, exatamente como os 
do MST. Só que com o agravante do enorme preconceito existente no MS em relação 
aos guaranis, que são chamados de bugres. E desses 22 assentamentos, a maior 
parte está embaixo de lona preta; outros em reservas mais antigas, sem acesso à 
água, submetidos a toda a violência dos fazendeiros, que se sentem já invadidos 
de verem-nos às portas da propriedade. Os que ficam em tais condições não têm 
acesso à saúde, pois às vezes a Funasa não consegue atendê-los ou não pode. 
Tampouco têm acesso à escola. Dessa forma, as crianças vão às escolas das 
cidades mais próximas, onde sofrem um preconceito horroroso; não têm como lavar 
roupa, não têm comida... Esses são os que realmente sofrem a violência que 
mencionei. Estive lá em um acampamento deles e, logo depois que voltei, a 
liderança que conheci foi assassinada. E nada sai na mídia. <BR>&nbsp;<BR>Por 
parte do governo, a FUNAI estruturou alguns grupos de trabalho (GT), a fim de 
propor novas áreas. Dessa forma, temos alguma esperança com esses novos GTs que 
foram para lá. No entanto, os GTs também sofrem muita violência, ameaças, 
perseguição a carro. Mas estão trabalhando. <BR>&nbsp;<BR><STRONG>- CC: O que se 
pode dizer do relatório da Survivor International recém-entregue à ONU, listando 
toda sorte de mazelas na vida dos guaranis? Como você acha que deveria ressoar 
em nossa sociedade? <BR></STRONG>&nbsp;<BR>- MA: Acho que quanto mais pudermos 
veicular a situação dos Guaranis no Brasil todo e internacionalmente, melhor. O 
que vejo hoje em dia, pelo menos em São Paulo, é algo que se aproxima mais do 
lado folclórico, chamam crianças indígenas para acampar... Que bom, pois há uma 
certa valorização da questão indígena por parte da opinião pública, mas com 
enorme desconhecimento da situação deles no MS. <BR>&nbsp;<BR>O Mato Grosso do 
Sul é o estado mais anti-indígena do Brasil. É completamente diferente do Mato 
Grosso, Amazonas, onde o preconceito diminuiu um pouco. <BR>&nbsp;<BR>Precisamos 
fazer uma campanha naquele estado. O problema é que ninguém tem coragem de 
descer lá, já que está nas mãos do PMDB, há a questão das alianças de governo... 
E ninguém faz nada. <BR>&nbsp;<BR><STRONG>- CC: Qual tem sido a atuação dos 
governos, nas três esferas, na resolução das demarcações de terra e demais 
direitos exigidos pelos indígenas?</STRONG> <BR>&nbsp;<BR>- MA: No que diz 
respeito à política de educação, no Brasil, ela é implementada pelos estados ou 
municípios. Portanto, de maneira geral, precisa de mais apoio à educação dos 
índios, que não são abarcados por nenhum dos entes. Existem cursos de formação 
de professores Guarani Kaiowá, numa boa iniciativa apoiada pela Universidade de 
Dourados. <BR>&nbsp;<BR>Mas falta muita infra-estrutura nas escolas, 
tele-centros, enfim, investimentos e consciência do governo de que os povos 
indígenas em seus territórios são uma riqueza para o estado. <BR>&nbsp;<BR>É a 
mesma coisa de Roraima, quando diziam: ‘há um problema, que são os índios’. Não 
é problema. Temos que, cada vez mais, trazer à cidadania brasileira a idéia de 
que essa população tem muito a nos ensinar. Temos o privilégio de conviver com 
essa população, sua sabedoria e modos de vida, podendo aprender com eles. Nunca 
podemos encarar a questão como um problema ou uma barreira cultural, como ouço 
muitas vezes de alguns serviços de saúde. Não é uma barreira. Eles têm cultura, 
línguas diferentes, uma riqueza imensa. <BR>&nbsp;<BR>E nós temos de aprender 
essas línguas. Não há um não-indígena que fale guarani no Brasil. Isso é um 
absurdo. Temos 50 mil guaranis no Brasil e ninguém fala a língua deles, que são 
obrigados a falar português, a língua do dominador. Não ficamos bravos quando um 
americano vem aqui trabalhar e não sabe falar nossa língua? É a mesma coisa em 
relação aos indígenas. As pessoas que trabalham com saúde e educação indígena 
têm de aprender o mínimo das línguas e culturas indígenas, de modo que possam 
respeitá-las, pois aquilo que não conhecemos não respeitamos, mesmo sem querer. 
<BR>&nbsp;<BR>Portanto, acho que os serviços de educação e saúde aos Guaranis 
Kaiowá, embora estejam melhorando com algumas boas iniciativas, ainda deixam 
muito a desejar. Muito mesmo. Há muita coisa que poderia ser feita e, por falta 
de vontade política, não é.&nbsp;<BR>&nbsp;<BR><STRONG>- CC: Que interesses mais 
específicos impediriam a resolução mais rápida de tais impasses e também a 
inserção das comunidades indígenas no processo econômico regional, uma vez que a 
produção de suas terras também poderia se inserir na economia de 
mercado?</STRONG> <BR>&nbsp;<BR>- MA: Na verdade, nas reservas antigas, quase 
não há espaços para produzir. Nas áreas de roça, como no Alto do Solimões, os 
grandes provedores de alimentação da cidade são os indígenas, que provêm os 
mercados regionais com toda a produção de roça. <BR>&nbsp;<BR>No MS, é muito 
urgente fazer, por parte do governo federal e estadual, mesas de concertação, 
discussão, de produção de consenso, que poderiam ser paritárias. Ninguém abre 
diálogo com os guaranis, que se reúnem apenas entre eles e vão entregar suas 
demandas ao governo. Depois, um ou outro funcionário vai conversar com eles. Mas 
não existe uma sistemática, como essas mesas, onde suas idéias possam ser 
expressadas em sua língua. É como se nós tivéssemos de expressar nossas demandas 
em francês. <BR>&nbsp;<BR>Já avançaríamos muito com uma medida dessas. Poderia 
ao menos reduzir um pouco essa violência tão grande que há por lá. É necessária 
alguma mediação de conflitos, talvez com especialistas contratados. Creio que 
esse seria o caminho para os guaranis entrarem no mercado regional. 
<BR>&nbsp;<BR><STRONG>- CC: Como tem sido a solidariedade a esse movimento? Além 
do engajamento dos guaranis da Bolívia, Paraguai e Argentina, há um movimento 
forte por parte de outros atores da sociedade civil, ou a luta dos índios é 
isolada?</STRONG> <BR>&nbsp;<BR>- MA: Lá no MS, se você for a Campo Grande ou 
qualquer cidade por ali, verá que estão isolados, exceto por algumas iniciativas 
de universidades. Não existem grupos de apoio, nas escolas não há material para 
que as crianças compreendam quem são esses seus vizinhos guaranis... 
<BR>&nbsp;<BR>O que podemos fazer são matérias que saiam na mídia e expressem 
solidariedade, pois não há muitos caminhos. Os guaranis, por sua própria 
característica cultural, não possuem uma organização unificada, onde se possa 
falar com algum presidente. Não existe isso, justamente por serem guaranis. Se 
quisermos que eles formem alguma organização, estaremos desrespeitando a sua 
organização social e política. <BR>&nbsp;<BR>É muito difícil conseguir exercer 
solidariedade. Assim, o que podemos fazer é veicular cada vez mais material em 
português e tentar influenciar mais escolas do estado a estudar um pouco mais 
sobre eles, para que as crianças não sejam simplesmente ensinadas a chamá-los de 
bugres e reproduzir preconceitos. <BR>&nbsp;<BR>Temos de abrir cada vez mais o 
leque, aprender a língua, além de divulgar na internet e outras mídias, já que 
não há muitos tele-centros ou sites sobre o tema. No Amazonas, por exemplo, tem 
muito mais. É importante constituir alguma rede ao lado deles. 
<BR><STRONG>&nbsp;<BR>- CC: O processo eleitoral que teremos neste ano traz 
esperanças, angústias, que sentimentos aos povos da região? Há alguma 
perspectiva de melhora na luta desses povos ou os dias que lhes esperam se 
mostram sombrios?</STRONG> <BR>&nbsp;<BR>- MA: Conversando com algumas mulheres 
Kaiowá de uma comunidade, perguntei a elas o que mais querem, o que lhes traria 
mais esperança. Sabe o que responderam? "Dar documentos aos nossos filhos". Eles 
não têm carteira de identidade, e fora da cidade não são aceitos em nada. A 
coisa lá é tão complicada que... não sei. <BR>&nbsp;<BR>Gostaria muito que os 
próximos governos federal e estadual mudassem essa situação. Mas gostaria muito 
mais que a questão indígena não fosse objeto de trabalho e reflexão por parte de 
um partido só, pois não se trata de uma questão partidária. Claro que os modelos 
e tratamentos da questão serão diferentes em cada partido. Quanto a isso, tudo 
bem. <BR>&nbsp;<BR>Nesse sentido, acho que a questão indígena está mais bem 
incorporada no projeto de governo da Marina Silva atualmente. Gosto muito do PT 
e do governo do Lula, e espero que a Dilma consiga articular tal questão um 
pouco melhor no Mato Grosso do Sul, mas depende muito de quem for o governador. 
<BR>&nbsp;<BR>Tenho muita esperança, mas o que gostaria de verdade é que esta 
não se tornasse uma questão partidária. E foi isso que aconteceu no Mato Grosso 
do Sul. Como lá o governo é do PMDB, o governo federal não se mete, não briga, 
porque não pode perder os aliados de lá. Isso é um absurdo! É uma população que 
sofre uma violência terrível em função de uma aliança partidária. 
<BR>&nbsp;<BR>A questão indígena é humanitária, deveríamos ter uma visão um 
pouco mais larga a respeito do 
assunto.&nbsp;<BR>&nbsp;<BR><U><STRONG></STRONG></U></DIV>
<DIV align=justify><U><STRONG>Nota</STRONG></U></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>1) Relatorio: <A 
href="http://assets.survival-international.org/documents/208/Survival_Guarani_Report_Portuguese-2.pdf">http://assets.survival-international.org/documents/208/Survival_Guarani_Report_Portuguese-2.pdf</A></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV></BODY></HTML>