<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<HTML><HEAD>
<META http-equiv=Content-Type content="text/html; charset=iso-8859-1">
<META content="MSHTML 6.00.6002.18278" name=GENERATOR>
<STYLE></STYLE>
</HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff background=""><FONT face=Arial size=2>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><U>boletín solidario de
información</U><BR><FONT color=#800000 size=5>Correspondencia de Prensa</FONT>
<BR><U>4 de octubre 2010</U><BR><FONT color=#800000 size=5>Colectivo Militante -
Agenda Radical</FONT><BR>Gaboto 1305 - Montevideo - Uruguay<BR>redacción y
suscripciones: </FONT></STRONG><A
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A></DIV>
<DIV>
<HR>
</DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT size=3>Arrancada de Marina, voto de SP e queda
de Dilma na classe C explicam o 2º turno</FONT></STRONG> <BR><BR></DIV>
<DIV align=justify><STRONG>Fernando Canzian</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><STRONG>Folha de Sa Paulo, 4-10-10</STRONG></DIV>
<DIV align=justify><A
href="http://www1.folha.uol.com.br/"><STRONG>http://www1.folha.uol.com.br/</STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify><BR><BR>Já Dilma Rousseff (PT) manteve sua trajetória de
perda de apoio das últimas semanas. De franca favorita até meados de setembro,
terá de enfrentar Serra no próximo dia 31 de outubro. <BR></DIV>
<DIV align=justify>O resultado de ontem repete o padrão das eleições
presidenciais desde 1994. Desde então, os melhores colocados ou vencedores no
primeiro turno tiveram pouco menos ou pouco mais de 50% dos votos válidos.
<BR></DIV>
<DIV align=justify>O resultado das urnas também seguiu e reforçou a tendência
captada pelas últimas pesquisas eleitorais realizadas pelo Datafolha. Elas
começaram a sinalizar a partir de terça passada a probabilidade de haver uma
nova rodada eleitoral. </DIV>
<DIV align=justify><BR>As pesquisas captaram três tendências principais,
confirmadas pelos resultados da votação de ontem: <BR></DIV>
<DIV align=justify>1) O desembarque de parcela expressiva do eleitorado da
candidatura Dilma, especialmente entre os eleitores da chamada nova classe C
(com renda mensal entre R$ 1.020 e R$ 2.550) e entre os menos escolarizados;
</DIV>
<DIV align=justify><BR>2) Uma "onda verde" a favor de Marina nessa mesma classe
C, com tendência de crescimento no Sul, Sudeste e Nordeste; e um apoio inédito
do eleitorado feminino na reta final da campanha; </DIV>
<DIV align=justify><BR>3) Um movimento de recuperação das intenções de voto de
Serra em sua base eleitoral, São Paulo (maior colégio eleitoral do país, com
30,3 milhões de eleitores); e sua vitória no "arco do agronegócio", que
compreende Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e
Rondônia. <BR><BR>Entre esses fatores, pesaram mais a arrancada de Marina e
a queda de Dilma. Em dez dias, a candidata do PV cresceu 5,5 pontos percentuais,
considerando os votos válidos; Dilma recuou 7. Serra subiu 1,7 ponto. Assim,
ganha relevância no segundo turno o espólio eleitoral da candidata do PV e seu
posicionamento em favor ou não de PSDB ou PT. </DIV>
<DIV align=justify><BR>Após a contagem dos votos, Marina quase conseguiu dobrar
o total de sufrágios válidos que tinha projetados no início do ano em relação
aos que efetivamente conquistou no primeiro turno. Segundo projeção do Datafolha
realizada na semana passada, 51% dos eleitores de Marina migrariam para a
candidatura Serra em um eventual segundo turno. Dilma receberia o apoio de 31%.
Outros 15% dizem que votariam em branco ou anulariam o voto. E 3% responderam
ainda não ter decidido o que fazer em uma eventual segunda rodada eleitoral.
Segundo projeções do Datafolha feitas antes da votação de ontem, Dilma teria 53%
das intenções de voto no segundo turno. Serra, 39%. <BR><BR>Mantida a
migração de votos de Marina no dia 31 de outubro para os dois candidatos
projetada pelo Datafolha, do total de votos de Dilma, 8% viriam dos eleitores da
candidata do PV. No caso de Serra, seriam 18%. A imposição de um segundo turno
para Dilma pelos eleitores começou a ganhar corpo a partir da segunda quinzena
de setembro. <BR></DIV>
<DIV align=justify>A então favorita nesta eleição passou a cair nas pesquisas
por conta dos escândalos envolvendo a quebra de sigilos fiscais de tucanos e a
queda de sua ex-braço direito na Casa Civil, Erenice Guerra. Entre a eclosão dos
escândalos e a véspera da eleição, Dilma perdeu seis pontos junto aos eleitores
com renda familiar mensal entre dois e cinco salários mínimos. <BR></DIV>
<DIV align=justify>Cerca de 36% dos eleitores pertencem a essa faixa de renda,
que agrupa a nova classe C brasileira. Ironicamente, o mesmo eleitorado que
progrediu economicamente no governo Lula obrigará Dilma a se submeter a nova
votação.
<HR>
</FONT></DIV></BODY></HTML>