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<HR>
</DIV>
<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><U>boletín solidario de 
información<BR></U><FONT color=#800000 size=5>Correspondencia de Prensa 
<BR></FONT><U>16 de octubre 2010<BR></U><FONT color=#800000 size=5>Colectivo 
Militante - Agenda Radical<BR></FONT>Gaboto 1305 - Montevideo - 
Uruguay<BR>redacción y suscripciones: </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A></DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify><BR><STRONG><FONT size=3>Brasil<BR><BR>PSOL opta por “nenhum 
voto em Serra”<BR></DIV></FONT></STRONG></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Opções seriam voto nulo ou crítico 
em Dilma. Plínio declara voto nulo</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Nenhum voto a Serra <BR>(Executiva 
Nacional do PSOL)<BR></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Manifesto à 
Nação</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><STRONG><FONT face=Arial>(Plínio de Arruda 
Sampaio)</FONT><BR></STRONG></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><STRONG>Brasil de Fato, da 
redação</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><A href="http://www.brasildefato.com.br/"><FONT face=Arial 
size=2><STRONG>http://www.brasildefato.com.br/</STRONG></FONT></A></DIV>
<DIV align=justify><BR><BR><FONT face=Arial size=2>Após reunião de sua 
executiva, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) definiu como posição para a 
eleição presidencial do segundo turno “nenhum voto em Serra” e recomenda entre 
seus militantes o “voto crítico em Dilma ou voto nulo/branco”.</FONT></DIV><FONT 
face=Arial size=2>
<DIV align=justify><BR>Por meio de nota divulgada ao público, a executiva 
nacional se coloca como oposição independente de esquerda, não apoiando nenhuma 
das duas candidaturas devido às diferenças programáticas.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Se por um lado o partido considera que a candidatura José 
Serra um “retrocesso a uma ofensiva neoliberal, de direita e conservadora no 
País”, por outro critica a candidatura Dilma, que segundo a nota “se recusou 
sistematicamente ao longo do primeiro turno a assumir os compromissos com as 
bandeiras defendidas pela candidatura do Psol e manteve compromissos com os 
banqueiros e as políticas neoliberais”.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Independente do próximo governo, o partido ressalta como 
pontos principais de sua agenda as lutas pela “saúde e educação, redução da 
jornada de trabalho para 40 horas semanais, defesa do meio ambiente, defesa dos 
direitos humanos segundo os pressupostos PNDH3, reforma agrária e urbana 
ecológica e por ampla reforma política – fim do financiamento privado e em favor 
do financiamento público exclusivo, como forma de combater a corrupção”.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Via twitter, o deputado federal reeleito pelo Psol de São 
Paulo, Ivan Valente, declarou voto crítico em Dilma. “Dar voto crítico a Dilma 
não significa fazer aliança ou subir no palanque do PT. Mantemos nossa 
independência, mas é hora de barrar o tucanato” divulgou o psolista. Além de 
Valente, outras lideranças partidárias declaram “voto crítico a 
Dilma”.<BR><BR><STRONG>Voto de Plínio é nulo </STRONG></DIV>
<DIV align=justify><BR>Entre o “voto crítico em Dilma ou voto nulo/branco”, o 
candidato a presidente da República pelo Psol, Plínio de Arruda Sampaio, 
anunciou que fica com a segunda opção: o nulo. As justificativas para o voto 
nulo foram expostas em um “Manifesto à Nação” assinado pelo candidato.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Para Plínio, entre Dilma, Serra e Marina, as diferenças 
são “meramente adjetivas”. “Isto ficou muito claro diante da recusa assustada e 
desmoralizante das três candidaturas a firmar compromissos com propostas de 
entidades populares - como a CPT, o MST, as centrais sindicais, o ANDES, o 
movimento dos direitos humanos - nas questões chaves da reforma agrária, redução 
da jornada de trabalho sem redução salarial, aplicação de 10% do PIB na 
educação, combate à criminalização da pobreza”, argumenta.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Na opinião do psolista, Serra representa “a burguesia 
mais moderna, mais organicamente ligada ao grande capital internacional, mais 
truculenta na repressão aos movimentos sociais”. Já sobre a petista, Plínio 
coloca uma interrogação: “a candidata Dilma Rousseff é uma incógnita. Se 
prosseguir na mesma linha do seu criador - o que não se tem condição de saber - 
o tratamento aos movimentos populares será diferente: menos repressão e mais 
cooptação. Do mesmo modo, Cuba, Venezuela, Equador e Bolívia continuarão a ter 
apoio do Brasil”.</DIV>
<DIV align=justify><BR>Apesar de observar vantagens na candidatura Dilma, Plínio 
questiona aquilo que entende como cooptação dos movimentos populares, 
enfraquecimento das pressões sociais sobre o sistema capitalista e divisão das 
organizações do povo. “O que é melhor para a luta do povo? Enfrentar um governo 
claramente hostil e truculento ou um governo igualmente hostil, porém mais 
habilidoso e mais capaz de corromper politicamente as lideranças 
populares?”.</DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify><BR><BR><STRONG><FONT size=3>Posiçâo do PSOL sobre o segundo 
turno <BR><BR>Nenhum voto a Serra<BR></FONT></STRONG><BR></DIV>
<DIV align=justify>Diante do voto e na atual conjuntura, duas posições são 
reconhecidas pela Executiva Nacional de nosso partido como opções legítimas 
existentes em nossa militância: voto crítico em Dilma e voto 
nulo/branco<BR><BR>O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) mereceu a confiança 
de mais de um milhão de brasileiros que votaram nas eleições de 2010. Nossa 
aguerrida militância foi decisiva ao defender nossas propostas para o país e 
sobre ela assentou-se um vitorioso resultado.<BR><BR>Nos sentimos honrados por 
termos tido Plínio de Arruda Sampaio e Hamilton Assis como candidatos à 
presidência da República e a vice, que de forma digna foram porta vozes de nosso 
projeto de transformações sociais para o Brasil. Comemoramos a eleição de três 
deputados federais (Ivan Valente/SP, Chico Alencar/RJ e Jean Wyllys/RJ), quatro 
deputados estaduais (Marcelo Freixo/RJ, Janira Rocha/RJ, Carlos Giannazi/SP e 
Edmilson Rodrigues/PA) e dois senadores (Randolfe Rodrigues/AP e Marinor 
Brito/PA). Lamentamos a não eleição de Heloísa Helena para o Senado em Alagoas e 
a não reeleição de nossa deputada federal Luciana Genro no Rio Grande do Sul, 
bem como do companheiro Raul Marcelo, atual deputado estadual do PSOL em São 
Paulo.<BR><BR>Em 2010 quis o povo novamente um segundo turno entre PSDB e PT. 
Nossa posição de independência não apoiando nenhuma das duas candidaturas está 
fundamentada no fato de que não há por parte destas nenhum compromisso com 
pontos programáticos defendidos pelo PSOL. Sendo assim, independentemente de 
quem seja o próximo governo, seremos oposição de esquerda e programática, 
defendendo a seguinte agenda: auditoria da dívida pública, mudança da política 
econômica, prioridade para saúde e educação, redução da jornada de trabalho para 
40 horas semanais, defesa do meio ambiente, contra a revisão do código 
florestal, defesa dos direitos humanos segundo os pressupostos do PNDH3, reforma 
agrária e urbana ecológica e ampla reforma política – fim do financiamento 
privado e em favor do financiamento público exclusivo, como forma de combater a 
corrupção na política.<BR><BR>No entanto, o PSOL se preocupa com a crescente 
pauta conservadora introduzida pela aliança PSDB-DEM, querendo reduzir o debate 
a temas religiosos e falsos moralismos, bloqueando assim os grandes temas de 
interesse do país. Por outro lado, esta pauta leva a candidatura de Dilma a 
assumir posição ainda mais conservadora, abrindo mão de pontos progressivos de 
seu programa de governo e reagindo dentro do campo de idéias conservadoras e não 
contra ele. Para o PSOL, a única forma de combatermos o retrocesso é nos 
mantermos firmes na defesa de bandeiras que elevem a consciência de nosso povo e 
o nível do debate político na sociedade brasileira.<BR><BR>As eleições de 2002, 
ao conferir vitória a Lula, traziam nas urnas um recado do povo em favor de 
mudanças profundas. Hoje é sabido que Lula não o honrou, não cumpriu suas 
promessas de campanha e governou para os banqueiros, em aliança com oligarquias 
reacionárias como Sarney, Collor e Renan Calheiros. Mas aquele sentimento 
popular por mudanças de 2002 era também o de rejeição às políticas neoliberais 
com suas conseqüentes privatizações, criminalização dos movimentos sociais – que 
continuou no governo Lula -, revogação de direitos trabalhistas e 
sociais.<BR><BR>Por isso, o PSOL reafirma seu compromisso com as reivindicações 
dos movimentos sociais e as necessidades do povo brasileiro. Somos um partido 
independente e faremos oposição programática a quem quer que vença. Neste 
segundo turno, mantemos firme a oposição frontal à candidatura Serra, declarando 
unitariamente “NENHUM VOTO EM SERRA”, por considerarmos que ele representa o 
retrocesso a uma ofensiva neoliberal, de direita e conservadora no País. Ao 
mesmo tempo, não aderimos à campanha Dilma, que se recusou sistematicamente ao 
longo do primeiro turno a assumir os compromissos com as bandeiras defendidas 
pela candidatura do PSOL e manteve compromissos com os banqueiros e as políticas 
neoliberais. Diante do voto e na atual conjuntura, duas posições são 
reconhecidas pela Executiva Nacional de nosso partido como opções legítimas 
existentes em nossa militância: voto crítico em Dilma e voto nulo/branco. O mais 
importante, portanto, é nos prepararmos para as lutas que virão no próximo 
período para defender os direitos dos trabalhadores e do povo oprimido do nosso 
País.<BR><BR>Executiva Nacional do PSOL </DIV>
<DIV align=justify>15 de outubro de 2010</DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV>
<DIV align=justify><BR></FONT><STRONG><FONT face=Arial>Manifesto à 
Nação<BR></DIV></FONT><FONT face=Arial></FONT></STRONG>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Plínio de Arruda 
Sampaio</STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Para os socialistas, a conquista de 
espaços na estrutura institucional do Estado não é a única nem a principal das 
suas ações revolucionárias. Em todas estas, os objetivos centrais e prioritários 
são sempre os mesmos: conscientizar e organizar os trabalhadores, a fim de 
prepará-los para o embate decisivo contra o poder burguês.</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Fiel a esta linha, a campanha do PSOL 
concentrou-se no tema da igualdade social, o que possibilitou demonstrar 
claramente que, embora existam diferenças entre os candidatos da ordem, são 
diferenças meramente adjetivas.</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Isto ficou muito claro diante da 
recusa assustada e desmoralizante das três candidaturas a firmar compromissos 
com propostas de entidades populares - como a CPT, o MST, as centrais sindicais, 
o ANDES, o movimento dos direitos humanos - nas questões chaves da reforma 
agrária, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, aplicação de 10% 
do PIB na educação, combate à criminalização da pobreza.</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Não há razão para admitir que se 
comprometam agora, nem para acreditar que tais compromissos sejam sérios, como 
se vê pelo espetáculo deprimente da manipulação do sentimento religioso nas 
questões do aborto, do casamento homossexual, dos símbolos religiosos - temas 
que foram tratados com espírito público e coragem pela candidatura do PSOL. Nem 
se fale da corrupção, que campeia ao lado dos escritórios das duas candidaturas 
ora no segundo turno.</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Cerca de um milhão de pessoas 
captaram nossa mensagem. Constituem a base de interlocutores a partir da qual o 
PSOL pretende prosseguir, junto com os demais partidos da esquerda, a caminhada 
do movimento socialista no Brasil.</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>O segundo turno oferece nova 
oportunidade para dar um passo adiante na conscientização. Trata-se de esmiuçar 
as diferenças entre as duas candidaturas que restam, a fim de colocar mais luz 
na tese de que ambas são prejudiciais à causa dos trabalhadores.</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>O candidato José Serra representa a 
burguesia mais moderna, mais organicamente ligada ao grande capital 
internacional, mais truculenta na repressão aos movimentos sociais. No plano 
macroeconômico, não se afastará do modelo neoliberal nem deterá o processo de 
reversão neocolonial que corrói a identidade moral do povo brasileiro. A 
política externa em relação aos governos progressistas de Chávez, Correa e 
Morales será um desastre completo.</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>A candidata Dilma Rousseff é uma 
incógnita. Se prosseguir na mesma linha do seu criador - o que não se tem 
condição de saber - o tratamento aos movimentos populares será diferente: menos 
repressão e mais cooptação. Do mesmo modo, Cuba, Venezuela, Equador e Bolívia 
continuarão a ter apoio do Brasil.</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Sob este aspecto, Dilma leva vantagem 
sobre a candidatura Serra. Mas não se deve ocultar, porém, o lado negativo dessa 
política de cooptação dos movimentos populares, pois isto enfraquece a pressão 
social sobre o sistema capitalista e divide as organizações do povo, como, 
aliás, está acontecendo com todas elas, sem exceção.</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>O que é melhor para a luta do povo? 
Enfrentar um governo claramente hostil e truculento ou um governo igualmente 
hostil, porém mais habilidoso e mais capaz de corromper politicamente as 
lideranças populares?</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>Ao longo dos debates do primeiro 
turno, a candidatura do PSOL cumpriu o papel de expor essa realidade e cobrar 
dos representantes do sistema posicionamento claro contra a desigualdade social 
que marca a história do Brasil e impõe à grande maioria da população um muro que 
a separa das suas legítimas aspirações. Nenhum deles se dispôs a comprometer-se 
com a derrubada desse muro. Essa é a razão que me tranqüiliza, no diálogo com os 
movimentos sociais com os quais me relaciono há 60 anos e com os brasileiros que 
confiaram a mim o seu voto, de que a única posição correta neste momento é do 
voto nulo. Não como parte do "efeito manada" decorrente das táticas de 
demonização que ambas candidaturas adotam a fim de confundir o povo. Mas um 
claro posicionamento contra o atual sistema e a manifestação de nenhum 
compromisso com as duas candidaturas.</FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2>15 de outubro de 2010</DIV>
<DIV align=justify>
<HR>
</DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV></BODY></HTML>