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<DIV align=center><STRONG><FONT size=4><U>boletín solidario de 
información<BR></U><FONT color=#800000 size=5>Correspondencia de Prensa 
<BR></FONT><U>22 de octubre 2010<BR></U><FONT color=#800000 size=5>Colectivo 
Militante - Agenda Radical<BR></FONT>Gaboto 1305 - Montevideo - 
Uruguay<BR>redacción y suscripciones: </FONT></STRONG><A 
href="mailto:germain5@chasque.net"><STRONG><FONT 
size=4>germain5@chasque.net</FONT></STRONG></A></DIV>
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<HR>
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<DIV>&nbsp;</DIV>
<DIV><STRONG><FONT size=3>Brasil</FONT></STRONG></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG>Mais de 500 mil pessoas votam por 
limite à propriedade <BR></STRONG></DIV></FONT>
<DIV align=justify><FONT face=Arial><STRONG></STRONG></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2><STRONG><FONT size=3>Votação 
aconteceu em 23 estados brasileiros e no Distrito 
Federal<BR></FONT></STRONG><BR><BR><STRONG>Fórum Nacional pela Reforma Agrária e 
Justiça no Campo<BR></STRONG><A 
href="http://www.brasildefato.com.br/"><STRONG>http://www.brasildefato.com.br/</STRONG></A></FONT></DIV>
<DIV align=justify><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV><FONT face=Arial 
size=2>
<DIV align=justify><BR>O Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo 
entrega à sociedade brasileira o resultado do Plebiscito Popular sobre o Limite 
da Propriedade, realizado de 1º a 12 de setembro de 2010.<BR><BR>Participaram 
deste plebiscito 519.623 pessoas, em 23 estados brasileiros e no Distrito 
Federal. Só não participaram do mesmo Santa Catarina, Amapá e Acre, que optaram 
por fazer o abaixo-assinado, somente. Eram admitidas à votação pessoas acima de 
16 anos, portanto em condições de votar.<BR><BR>Duas foram as perguntas 
formuladas às quais se devia responder sim ou não.<BR><BR>A primeira: Você 
concorda que as grandes propriedades de terra no Brasil, devem ter um limite 
máximo de tamanho?<BR><BR>A segunda: Você concorda que o limite das grandes 
propriedades de terra no Brasil possibilita aumentar a produção de alimentos 
saudáveis e melhorar as condições de vida no campo e na cidade?<BR><BR>95,52% 
responderam afirmativamente à primeira pergunta; 3,52, negativamente; 0,63% 
foram votos em branco e 0,34%, votos nulos.<BR><BR>Em relação à segunda pergunta 
os que responderam sim foram 94,39%; 4,27% responderam não; 0,89 % foram votos 
em branco e 0,45%, votos nulos.<BR><BR>Considerando as dificuldades enfrentadas 
tanto na produção, quanto na distribuição de um mínimo de material, pela falta 
de recursos e de pessoal disponível; considerando que o Fórum e outras entidades 
envolvidas não tiveram acesso a qualquer veículo de comunicação de massas; 
considerando o momento, quando as atenções estão voltadas e os militantes 
envolvidos nas campanhas eleitorais, pode-se saudar o resultado como muito 
positivo.<BR><BR>Mais de meio milhão de pessoas se posicionou afirmativamente em 
relação à necessidade e à conveniência de se colocar um limite à propriedade da 
terra. Este é um indicador expressivo de que a sociedade brasileira vê a 
proposta como adequada. É uma amostragem do que pensa boa parcela do povo 
brasileiro. As pesquisas de opinião ouvem duas ou três mil pessoas e seus dados 
são apresentados como a expressão da vontade da sociedade!<BR><BR>Mas o que se 
pode ressaltar como o mais positivo, e que os números não expressam, é todo o 
trabalho de conscientização que se realizou em torno do plebiscito. Foi 
desenvolvida uma pedagogia que incluiu reflexão, debates, organização de 
comitês, divulgação e outros instrumentos sobre um tema considerado tabu, como é 
o da propriedade privada.<BR><BR>Em quase todos os estados foram realizados 
debates em universidades, escolas, igrejas e outros espaços em que se pôde 
colocar a realidade agrária em toda sua crueza. Para muitos, cujo contato com o 
campo é praticamente nulo, estes debates abriram um horizonte novo no 
conhecimento da realidade brasileira. Também se pode saudar como fruto precioso 
deste processo, os inúmeros trabalhos e textos produzidos pela academia sobre o 
arcabouço jurídico que se formou em torno à propriedade da terra e sobre 
aspectos históricos, sociológicos e geográficos da concentração fundiária no 
Brasil. Não fosse a proposta do plebiscito esta reflexão não teria vindo à tona 
com a força com que veio.<BR><BR>Este ensaio está também a indicar que um 
Plebiscito Oficial deveria ser proposto para que todos os cidadãos e cidadãs 
pudessem se manifestar diante de um tema de tamanha importância para o resgate 
da cidadania de milhões de brasileiros e brasileiras que lutam, muitas vezes sem 
sucesso, buscando um pedaço de chão onde viver e de onde retirar o sustento. O 
Fórum vai continuar firme na luta para que seja colocado um limite à propriedade 
da terra.<BR><BR>A população brasileira também foi convidada a participar de um 
abaixo-assinado que continua circulando em todo país até o final deste ano. O 
objetivo desta coleta de assinaturas é entrar com um Projeto de Emenda 
Constitucional (PEC) no Congresso Nacional para que seja inserido um novo inciso 
no artigo 186 da Constituição Federal que se refere ao cumprimento da função 
social da propriedade rural.<BR><BR>Já o plebiscito popular, além de consultar a 
população sobre a necessidade de se estabelecer um limite máximo à propriedade 
da terra, teve a tarefa de ser, fundamentalmente, um importante processo 
pedagógico de formação e conscientização do povo brasileiro sobre a realidade 
agrária do nosso país e de debater sobre qual projeto defendemos para o povo 
brasileiro. Além disso, o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade de Terra 
veio como um instrumento para pautar a sociedade brasileira sobre a importância 
e a urgência de se realizar uma Reforma Agrária justa em nosso país.<BR><BR>A 
proposta da Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade de Terra visa 
pressionar o Congresso Nacional para que seja incluído na Constituição Federal 
um novo inciso que limite o tamanho da terra em até 35 módulos fiscais - medida 
sugerida pela campanha do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo 
(FNRA).<BR><BR>Além das 54 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma 
Agrária e Justiça no Campo, também promovem o Plebiscito Popular pelo Limite da 
Propriedade da Terra, a Assembléia Popular (AP) e o Grito dos Excluídos. O ato 
ainda conta com o apoio oficial das Pastorais Sociais da Conferência Nacional 
dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil 
(Conic). 
<HR>
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