Brasil: gobierno decide nuevas privatizaciones [Correio da Cidadania - portugués]

Ernesto Herrera germain5 en chasque.net
Dom Feb 4 08:26:33 GMT+2 2007


--------------------------------------------------------------------------------

boletín informativo - red solidaria de revistas
Correspondencia de Prensa
Año IV - 4 de febrero 2007 - Redacción: germain5 en chasque.net

--------------------------------------------------------------------------------


Brasil

Mais direto de Davos, impossível!

Privatizações por baixo do pano

Aconteceu antes mesmo do que se previa: o governo já decidiu realizar uma nova rodada de privatizações. Só que vai fazê-lo de forma marota: por baixo do pano

Correio da Cidadanía Nº 555
Editorial
http://www.correiocidadania.com.br/


O instrumento é o PAC - um pacote de medidas que mistura uma porção de coisas boas (a maioria das quais não será executada), a fim de camuflar as nocivas aos trabalhadores (que serão executadas). 

O Correio da Cidadania antecipou essa manobra há bastante tempo. Só não previu que viessem tão cedo. Calculou - erradamente - que Lula esperaria, ao menos um pouco de tempo, a fim de que seus eleitores - um povo conhecido pela memória fraca - esquecessem o discurso anti-privatista que usou na campanha.

A retórica é grandiloquente: o governo vai criar uma "Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União", a fim de passar "a agir como um proprietário informado e ativo", em relação às 117 empresas sob seu controle orçamentário. Quem pode ser contra uma coisa dessas?

Que ninguém se iluda: é esse decretinho sinuoso que vai lastrear, por exemplo, a venda de ações do Banco do Brasil a capitais privados, como, de resto, já foi anunciado por alguns jornais. Aguardemos.

O governo negará a venda com o argumento de que continuará retendo a maioria das ações e, portanto, o controle do Banco.

Mas este não é o aspecto central da questão.

O Banco do Brasil, formado com a poupança do povo brasileiro, dá lucro e esse lucro engrossa o caixa da União, ou seja, fica com quem poupou para criar a instituição. Vendendo parte das ações, uma parte do lucro total, que hoje volta inteirinho para o povo, será desviado para as mãos de um punhado de ricaços. A troco do quê?

Há um argumento ainda mais forte: o aumento substancial da participação do capital privado no capital do Banco muda a lógica da atuação dessa instituição - ela deixa de ser uma ferramenta de promoção do desenvolvimento do país para converter-se em um "negócio" governado pelo critério do lucro.

Aliás, entre os cinco critérios para avaliação das empresas estatais, mencionados no decreto que institui a "governança corporativa", não consta, uma vez sequer, a palavra desenvolvimento. Pelo decreto, o que conta é: "desempenho econômico-financeiro"; "práticas de governança corporativa"; "gestão empresarial"; "porte e ações negociadas em bolsas de valores nacionais e internacionais". Mais direto de Davos, impossível! 
--------------------------------------------------------------------------------
La información difundida por Correspondencia de Prensa es de fuentes propias y de otros medios, redes alternativas, movimientos sociales y organizaciones de izquierda.Suscripciones, Ernesto Herrera: germain5 en chasque.net 
--------------------------------------------------------------------------------
------------ próxima parte ------------
Se ha borrado un adjunto en formato HTML...
URL: http://listas.chasque.net/pipermail/boletin-prensa/attachments/20070204/3615832e/attachment.html


Más información sobre la lista de distribución Boletin-prensa