Brasil: la desigualdad entre ricos y pobres se mantiene elevada [Luís Brasilino - portugués]]

Ernesto Herrera germain5 en chasque.net
Vie Oct 5 13:17:58 GMT+3 2007


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boletín informativo - red solidaria
Correspondencia de Prensa
Año V - 5 de octubre 2007
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Brasil
 
Economia cresce; desigualdade entre pobres e ricos segue elevada

Especialistas não se empolgam com o crescimento de 5,4% do PIB: concentração não se altera em virtude do modelo econômico 
 
Luís Brasilino


Brasil del fato
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Em un ano, a economia do Brasil cresceu 5,4%. Passados mais de 20 anos de estagnação, a notícia parece boa. De forma isolada, isso é verdade. Porém, para especialistas, essa elevação do Produto Interno Bruto (PIB) não tem correspondência com a conformação de uma sociedade mais justa e igualitária porque a distribuição de renda não se alterou. 

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 12 e comparam o segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2006. José Carlos de Assis, do Instituto Desemprego Zero, explica que a riqueza segue concentrada por causa da condução da macroeconomia, com superavit primário e taxas de juros muito elevados. "Esse modelo retira recursos da sociedade, inclusive dos pobres, para transferir aos ricos. Para se ter uma idéia, entre 1993 e 2006, a renda dos juros atingiu, em média, 29% de toda a renda gerada na sociedade; e, desses, apenas 7% são de bancos, os demais 22% são de empresas e famílias ricas. Enquanto existir uma situação como essa, vai ser impossível distribuir renda", projeta. 


Trabalho vs. capital

Dessa forma, Rosa Maria Marques, professora de economia da PUC-SP, observa que o crescimento aumenta, de fato, a renda dos setores que ganham menos; por outro lado, os ricos também estão ganhando mais. "Isso significa que está havendo uma distribuição entre os trabalhadores ou, se você quiser, entre a classe média e as de baixa renda", analisa. 

No entanto, outro número divulgado pelo IBGE no dia 14 pode levar a uma ilusão. A mídia corporativa e o governo ressaltaram dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), apontando leve redução na desigualdade social. O estudo apontou que o índice de Gini recuou de 0,547 (2004) para 0,543 (2005) e, finalmente, chegou a 0,540 (2006). Quanto maior o indicador, mais elevada a concentração de renda.. 

Paulo Passarinho, vicepresidente do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecon-RJ), avalia que o indicador leva a uma conclusão equivocada. "A distribuição de renda não está melhorando", afirma. O economista explica que a Pnad considera apenas a renda dos trabalhadores, excluindo a do setor financeiro."Dentro daqueles que vivem da renda do trabalho, entre os remediados e os miseráveis, temos sim um quadro de distribuição por causa do salário mínimo, dos programas assistenciais. Na sociedade como um todo, porém, a renda do capital (juros, aluguéis e lucros) está se expandindo com relação à renda do trabalho. Nos anos de 1970, os dois grupos possuíam cerca de 50%. Hoje, segundo Marcio Pochmann (economista da Unicamp e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea), a renda do trabalho é de 39%", completa. (Colaborou Eduardo Sales de Lima, da Redação) 

Para entender

Índice de Gini - Medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero (onde todos possuem valores iguais) até um (onde apenas um possui todos os recursos). 

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