Brasil: militante de Vía Campesina asesinado en Paraná [Brasil de Fato - portugués]

Ernesto Herrera germain5 en chasque.net
Mar Oct 23 21:35:55 GMT+3 2007


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boletín informativo - red solidaria
Correspondencia de Prensa
Año V - 23 de octubre 2007
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Brasil

Militante da Via Campesina é executado por milícia no Paraná

Após camponeses ocuparem área da Syngenta, um grupo de 40 pistoleiros assassina trabalhador e deixa cinco feridos, entre eles uma mulher espancada


Brasil de Fato, da redação
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Uma milícia integrada por cerca de 40 pistoleiros invadiu o acampamento da Via Campesina, montado no campo de experimento da transnacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste (Paraná), e assassinou o militante Valmir Mota, neste domingo (21), pouco depois do meio-dia.

O ataque do grupo armado deixou outros cinco trabalhadores gravemente feridos. Gentil Couto Viera, Jonas Gomes de Queiroz, Domingos Barretos, Izabel Nascimento de Souza e Hudson Cardin foram encaminhados para os hospitais da região. Izabel está em coma e sua vida corre risco. Há suspeitas de que um dos pistoleiros tenha sido morto.

A área da Syngenta foi reocupada na manhã do domingo por cerca 150 trabalhadores da Via Campesina. Os camponeses já haviam entrado no campo de experimento da empresa em março de 2006, para denunciar o cultivo ilegal de reprodução de sementes transgênicas de soja e milho. A ocupação tornou os crimes da transnacional conhecidos em todo o mundo.

Após 16 meses de resistência, no dia 18 de julho deste ano, as 70 famílias desocuparam a área, deslocando-se para um local provisório no assentamento Olga Benário, também em Santa Tereza do Oeste. Na reocupação deste domingo, os trabalhadores rurais soltaram fogos de artifício e os seguranças, que estavam na fazenda, abandonaram o local.

Ação homicida

Por volta da 13h30, um micro-ônibus parou em frente ao portão de entrada. Uma milícia com aproximadamente 40 pistoleiros fortemente armados desceu atirando em direção às pessoas que se encontravam no local. Arrombaram o portão, executaram o militante Valmir Mota com dois tiros, balearam outros quatro agricultores e espancaram Isabel.

A Syngenta contratava serviços de segurança que atuavam de forma irregular na região, articulados com a Sociedade Rural da Região Oeste (SRO) e o Movimento dos Produtores Rurais (MPR). Uma das diretoras da empresa de segurança NF foi presa e o proprietário fugiu durante uma operação da Polícia Federal neste mês de outubro, quando foram apreendidas munições e armas ilegais.

Há indícios de que a empresa funciona como fachada e que na hora das operações são contratados mais seguranças de forma ilegal, formando uma milícia armada que atua praticando despejos violentos e ataques a acampamentos. Na última quinta-feira, dia 18, a denúncia da atuação de milícias armadas ligadas à SRO, ao MPR e à Syngenta, na região Oeste, foi reforçada durante uma audiência pública, com a coordenação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal dos Deputados (CDHM), em Curitiba.

A Via Campesina cobra da Justiça a apuração do ataque contra os trabalhadores do acampamento, que juntamente com os trabalhadores do assentamento Olga Benário, continuam lutando para transformar a área num Centro de Agroecologia e de reprodução de sementes crioulas para a agricultura familiar e para a reforma agrária.

Os moradores do assentamento Olga Benário, que faz divisa com a área de experimento da Syngenta, também são contrários aos experimentos transgênicos no local. Isso porque a produção transgênica vai contaminar a produção de sementes crioulas do assentamento e trazer prejuízos para a alimentação, a saúde e o meio ambiente.

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