Brasil: MST ocupa sedes del Incra en siete estados [Michelle Amaral - portugués]

Ernesto Herrera germain5 en chasque.net
Vie Jul 25 00:36:17 GMT+3 2008


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25 de julio 2008
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Brasil

MST ocupa Incra em sete estados

Movimento cobra ações efetivas do governo na Reforma Agrária e protesta contra o favorecimento ao agronegócio
 

Michelle Amaral, da Redação
Brasil de Fato
http://www.brasildefato.com.br/


Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam as sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em sete estados, na manhã desta segunda-feira (21). Os trabalhadores protestam contra as políticas adotadas pelo governo Lula em relação à questão agrária e denunciam que a Reforma Agrária no país está parada.

De acordo com nota do movimento, o objetivo das ocupações é "chamar atenção da sociedade quanto a recusa do governo federal em tratar da reforma agrária". O MST aponta que as políticas do governo favorecem o agronegócio, destinando as terras que deveriam ser para os trabalhadores rurais aos grandes produtores.

Segundo o MST, a jornada de lutas pela reforma agrária "denuncia a lentidão no processo de criação de assentamentos, as promessas não cumpridas e a prioridade do governo ao modelo do agronegócio. As ações condenam também a criminalização dos movimentos sociais, especialmente no Rio Grande do Sul e no Pará".

Também é reivindicado pelos trabalhadores rurais a revogação da Medida Provisória 2.027-38, editada em maio de 2000 no governo de Fernando Henrique Cardoso e que vigora ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, impedindo a vistoria e a desapropriação de propriedades rurais ocupadas. Conforme o MST, a MP é "totalmente contrária aos avanços da reforma agrária".

São Paulo

Na capital do estado, os trabalhadores ocuparam a sede do Incra por volta das 6hs da manhã. Segundo a assessoria de imprensa do movimento, não houve repressão da polícia nem dos funcionários do órgão. Cerca de 400 pessoas ocuparam o prédio do Incra e permanecem no local. A ação dos trabalhadores no estado integra a jornada de luta pela reforma agrária, realizada pelo MST, e cobra soluções para o problema das famílias acampadas no estado.
O movimento aponta que em São Paulo cerca de "1,6 mil famílias permanecem acampadas, e 700 não tiveram acesso a crédito e infra-estrutura para terem possibilidade de sobreviver do trabalho no campo".

Bahia

Desde as 7hs da manhã desta segunda-feira(21), cerca de 450 integrantes do MST ocupam a Superintendência Regional do Incra em Salvador. De acordo com o movimento, é exigido "o cumprimento de um acordo realizado em abril do ano passado, quando o MST realizou uma marcha com 5 mil pessoas de Feira de Santana a Salvador e foi recebido publicamente pelo Governador Jaques Wagner". 

Segundo o MST, após a ocupação da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) com cerca de três mil pessoas em março, e de um acampamento na Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA) em maio, durante 20 dias, parte da pauta foi atendida.

Ceará

Em Fortaleza, a ocupação da sede do órgão foi feita por cerca de mil tralhadores e trabalhadoras rurais que, conforme nota divulgada pelo MST, "reivindicam celeridade nos processos de vistoria, desapropriação e imissão de posses para as terras ocupadas pelos acampamentos, além de infra-estrutura hídrica e social para os assentamentos de Reforma Agrária".

Maranhão

Com a ocupação da sede do Incra em São Luís, os integrantes do MST exigem melhorias nos assentamentos existentes no Maranhão e agilidade no assentamento de trabalhadores rurais acampados. De acordo com o movimento, os militantes permanecerão no local até que seja enviado um representante do órgão com respostas concretas às reivindicações dos trabalhadores, com objetivo de avançar as negociações.

O MST aponta que no estado existem 2,5 mil famílias acampadas e cerca de 7 mil assentadas, e denuncia que faltam "estruturas básicas para sobrevivência nos assentamentos". 

O escritório nacional do Incra informou, por meio da assessoria de imprensa, que não deve se posicionar sobre o assunto porque as reivindicações costumam ser regionais, e cada superintendência deve responder por si. Ainda não há posicionamento oficial do Incra no Maranhão.

Paraíba

Já em João Pessoa, a reivindicação é o assentamento das mais de 2,6 mil famílias acampadas no estado, além de investimento publico para crédito rural e infra-estrutura nas áreas de assentamentos.
Na manhã desta segunda-feira(21) cerca de 800 pessoas ocuparam a sede do Incra na cidade. De acordo com o movimento, existe 52 acampamentos no estado, com famílias que vivem nas beiras da estradas, muitas delas há mais de 7 anos, como no caso dos acampamentos Novo Conquista e Ouro Verde.

Alagoas

Em conjunto com a Comissão Pastoral da Terra(CPT), a ação do movimento no estado reivindica uma posição do governo federal em relação à criminalização dos movimentos sociais. 

Cerca de 800 pessoas ocuparam a sede do Incra em Maceió, e pedem a imediata desapropriação e aquisição de terras para as famílias acampadas no estado.
O MST também coordenou a ocupação da Fazenda Carolina, em Teotônio Vilela, uma área pertencente ao complexo de terras que faz parte da dívida da Produban e que deveria ser destinada à Reforma Agrária. O movimento denuncia que parte das terras está abandonada, e outra parte foi arrendada por usinas.

Goiás

Em Goiânia, a ocupação da sede do Incra foi feita por 500 lavradores de acampamentos e assentamentos, que reivindicam o assentamento das 4 mil famílias acampadas no estado, além de negociar com o órgão a liberação de crédito e infra-estrutura nos assentamentos. É aguardada pelo movimento uma reunião com a superintendência do órgão ainda nesta segunda (21).

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