Brasil/ Plinio de Arruda Sampaio, militante de la izquierda socialista cristiana [Joao Machado - portugués]

Ernesto Herrera germain5 en chasque.net
Lun Jul 21 11:40:43 UYT 2014


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Correspondencia de Prensa

boletín informativo – 21 de julio 2014

germain5 en chasque.net

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Brasil

Plínio de Arruda Sampaio (1930-2014)

No dia 8 de julho, no mês em que completaria 84 anos, faleceu em São Paulo
Plínio de Arruda Sampaio, um dos militantes mais destacados da esquerda
socialista cristã do Brasil.

Joao Machado *

De família abastada, Plínio começou sua militância na Juventude
Universitária Católica. Advogado de profissão, antes do golpe militar de
1964, foi eleito deputado federal pelo Partido Democrata Cristão, de cuja
esquerda foi um dos principais líderes. Logo após o golpe militar teve seu
mandato cassado e seus direitos políticos suspensos. Exilou-se primeiro no
Chile, e depois nos EUA.

Voltou ao Brasil em 1976, ainda antes do fim da ditadura militar. Logo
começou a articular a formação de um partido socialista. A tentativa não foi
bem sucedida, mas pouco depois Plínio participou da formação do PT (Partido
dos Trabalhadores), fundado em 1980. Pelo PT foi eleito deputado federal (em
1986), e candidato ao governo de São Paulo (1990).

Nos primeiros anos do PT, Plínio era considerado um líder do seu setor mais
moderado. Entretanto, quando o PT começou seu processo de integração à ordem
burguesa, Plínio foi gradativamente se tornando um dos líderes da esquerda
do partido. Especialista em questões agrárias, foi um dos dirigentes do
partido mais próximos do MST (Movimento dos Trabalhadores sem Terra).

No início do governo Lula, a partir de 2003, Plínio, embora já crítico aos
rumos do partido, ainda colaborou com ele, especialmente na formulação do
programa de reforma agrária. O fato de esta reforma não ter sido realizada
foi um dos elementos decisivos que o convenceram de que a integração do PT à
ordem era irreversível.

Em setembro de 2005, Plínio foi um dos líderes de cerca de 2.000 militantes
de esquerda que romperam com o PT e se incorporaram à construção do PSOL
(Partido Socialismo e Liberdade). Então com 75 anos, não se assustava em
constatar que “é preciso recomeçar”. Sua saúde já era frágil, mas seu papel
na construção do PSOL foi decisivo. Em 2006 foi candidato a governador de
São Paulo, e desde os debates do 1º Congresso do PSOL, em 2007, tornou-se um
dos líderes da esquerda do partido. Definia-se como “um comunista que
acredita em Deus”.

Foi como representante da esquerda do PSOL que disputou internamente, e
ganhou, a indicação para candidato a presidente da República pelo partido em
2010. Provavelmente, foi um dos casos mais notáveis de uma campanha
eleitoral que teve relativamente poucos votos (886.800 votos, 0,87% do
total) ter tido um impacto muito positivo politicamente. Já com 80 anos, fez
uma campanha voltada para a juventude e para o futuro, e teve uma acolhida
que foi muito além dos votos (muitos eleitores que se identificaram com as
ideias defendidas por ele escolheram o “voto útil”).

Em junho de 2013, esteve presente nas grandes manifestações. No Congresso do
PSOL realizado neste ano, participou do Bloco de Esquerda.

As homenagens fúnebres que recebeu reuniram cristãos, militantes do PSOL,
militantes da esquerda de antes da ditadura militar, antigos companheiros do
PT, representantes de outros partidos de esquerda (PSTU e PCB), militantes
do MST, sindicalistas. E muitos jóvenes.

* Economista, miembro de la dirección del Partido Socialismo e Liberdade
(PSOL) y de la corriente Insurgencia.

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