Brasil: gobierno Lula, sin reforma agraria y más violencia en el campo [Raquel Casiraghi - portugués]

Ernesto Herrera germain5 en chasque.net
Dom Mar 4 11:55:55 GMT+2 2007


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boletín informativo - red solidaria de revistas
Correspondencia de Prensa
Año IV - 4 de marzo 2007 - Redacción: germain5 en chasque.net

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Brasil

Violência no campo cresceu no governo Lula

No primeiro ano de gestão, assassinatos subiram 69% e depois entraram em declínio; segundo Antonio Canuto, da CPT, violência poderia diminuir se a reforma agrária fosse realizada, de fato.

Raquel Casiraghi, de Porto Alegre 

Brasil de Fato
http://www.brasildefato.com.br/


Ao contrário do que organizações sociais e movimentos de direitos humanos esperavam, os conflitos e os casos de violência no meio rural cresceram nos três primeiro anos do governo Lula. A constatação está no livro Direitos Humanos no Brasil 2 - Diagnóstico e Perspectivas, escrito por organizações do campo e do movimento de direitos humanos.

Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) utilizados no estudo mostram que o número de ocupações de terra, que no início de 2002 estavam em 26, chegou a 437 em 2005. Já a ocorrência de assassinatos cometidos pelos poderes público e privado aumentou 69% de 2002 para 2003. 

No entanto, em 2004, as mortes caíram para 39; e em 2005 para 38. Antônio Canuto, coordenador da Comissão Pastoral Terra, afirma que a redução dos assassinatos se deve à retração dos atos dos ruralistas - e não da violência empregada por eles. 

"Os números da violência cresceram assustadoramente no primeiro ano de governo, sobretudo. Os movimentos sociais imaginavam que o Lula faria a reforma agrária e, então, foram para cima. Já o latifúndio também achava que o Lula iria fazer a reforma agrária. Então, usou de todos os instrumentos que tinha em mãos para tentar barrar a reforma. Agora, já no 2º, 3º e 4º anos, o número de conflitos diminuiu porque os fazendeiros viram que o Lula não iria fazer nada", avalia Canuto.

O estudo também aponta que, nos casos de conflitos no campo, a Justiça atua como uma forte aliada dos ruralistas. No período analisado pelo livro, mais de 100 mil pessoas por ano sofreram despejo de terra. Somente de 2002 a 2003, quando o número de ocupações aumentou consideravelmente, os despejos tiveram um acréscimo de 263%.

Antônio Canuto, da CPT, diz que a aceleração da reforma agrária e o combate das grilagens de terra por parte do governo federal são formas eficazes de pacificar o campo. "A minimização da violência seria fazer a reforma agrária. Tentar assentar as famílias e colocar um freio na grilagem de terras, porque é nessas áreas em que acontecem o maior número de casos de violência. Outro fator seria incentivar a mudança no modelo agrícola, incentivando ainda mais a agricultura familiar e não o agronegócio", diz.

Atualmente, cerca de 120 mil famílias vivem em beiras de estrada no Brasil. Somente em 2006, o Ministério do Desenvolvimento Agrário anunciou o assentamento de quase 200 mil famílias, mas especialiastas contestam o número e afirmam que foram pouco mais de 80 mil famílias em todo o país. 
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